O artigo abaixo, indicado por Ciro Siqueira, que vem fazendo um extraordinário trabalho de informação no seu Blog do Código Florestal, sintetiza a luta que a agropecuária brasileira vem travando contra os interesses internacionais representados por Marina Silva, Greenpeace, WWF e outras ongs financiadas a peso de euro e dólar. Leiam e decodifiquem o Código Florestal.
A cumprir-se toda a legislação ambiental, indigenista e outras leis que regulam a posse e uso da terra, dos 851 milhões de hectares do território brasileiro 229 milhões são Unidades de conservação e áreas indígenas; 144 milhões são (ou deveriam ser) Áreas de Preservação Permanente; e 258 milhões são (ou deveriam ser) Reserva Legal. Sobram 209 milhões para a agricultura, cidades, indústrias, rodovias etc. Como em 2009 usamos 180 milhões de hectares para pastagens e 80 milhões de hectares para a agricultura, teríamos que abrir mão de 51 milhões de hectares. Poderíamos escolher as opções:
a) eliminar as culturas anuais (soja, milho, trigo, arroz, feijão);
b) eliminar metade da área de cultivos anuais e todas as culturas perenes (florestas plantadas, frutas);
c) reduzir um terço da produção de carne do País, o maior item individual das exportações do Brasil.
Não se trataria, apenas, de cortar a produção de alimentos. Juntos iriam para o ralo alguns milhões de empregos, forçando cidadãos brasileiros a abrigar-se na periferia das cidades, muitos derivando para a criminalidade, o tráfico, a prostituição...
E lá fora?
Passei um mau bocado tentando explicar para agricultores americanos o que era reserva legal. Foi impossível. Nenhum agricultor presente na plateia aceitava a ideia de doar 20 a 80% de sua propriedade para beneficiar a sociedade como um todo, inclusive os estrangeiros. Durante a discussão, ouvia sempre o mesmo argumento: este é um problema do governo. Ele que preserve o ambiente, em benefício da sociedade, com o dinheiro dos impostos. Argumento irrefutável, porque nos EUA o governo aluga, por prazos longos, áreas de agricultores para que estes não plantem e deixem o solo em pousio.
Do outro lado do Atlântico, recomendo a quem for à Europa olhar com cuidado a margem dos rios. Praticamente não existe mata ciliar, é uma ou outra árvore esparsa, o oposto da dura legislação brasileira. Quero deixar claro que não sou contra preservar o ambiente, nem pugno pelo desmatamento – muito antes, pelo contrário. Entretanto, acho que não é justo que produtores rurais paguem, com o seu patrimônio e a sua renda, para que todos se beneficiem. Devemos manter o conceito, mas também devemos discutir quem deve pagar a conta.
E lá fora?
Passei um mau bocado tentando explicar para agricultores americanos o que era reserva legal. Foi impossível. Nenhum agricultor presente na plateia aceitava a ideia de doar 20 a 80% de sua propriedade para beneficiar a sociedade como um todo, inclusive os estrangeiros. Durante a discussão, ouvia sempre o mesmo argumento: este é um problema do governo. Ele que preserve o ambiente, em benefício da sociedade, com o dinheiro dos impostos. Argumento irrefutável, porque nos EUA o governo aluga, por prazos longos, áreas de agricultores para que estes não plantem e deixem o solo em pousio.
Do outro lado do Atlântico, recomendo a quem for à Europa olhar com cuidado a margem dos rios. Praticamente não existe mata ciliar, é uma ou outra árvore esparsa, o oposto da dura legislação brasileira. Quero deixar claro que não sou contra preservar o ambiente, nem pugno pelo desmatamento – muito antes, pelo contrário. Entretanto, acho que não é justo que produtores rurais paguem, com o seu patrimônio e a sua renda, para que todos se beneficiem. Devemos manter o conceito, mas também devemos discutir quem deve pagar a conta.
O autor do artido é Décio Luiz Gazzoni, Engenheiro Agrônomo, assessor da SAE/Presidência da República.
Nesta semana, duas grandes notícias dadas pela agropecuária brasileira. Haverá uma safra recorde em 2010/2011, acima de 162 milhões de toneladas. Um crescimento de mais de 8% na produção, com apenas 4% a mais de uso da terra. E, segundo estudos das maiores consultorias, o agronegócio vai gerar um superavit de U$ 68 bilhões,tapando os buracos de toda a economia brasileira. Para que o resultado fique bem claro! O agronegócio vai exportar U$ 78,5 bilhões e importar apenas U$ 10,6 bilhões.
Esta "reserva legal" de bilhões de dólares ninguém questiona, muito antes pelo contrário.
Esta "reserva legal" de bilhões de dólares ninguém questiona, muito antes pelo contrário.
2 comentários
Coronel,
Replyo Código Florestal já deveria ter sido aprovado há muito. A turma da canalha Marina Santa do Pau Oco sabe que não tem chance de retorno. Agora quer aparecer para ficar na mídia e continuar fazendo seu papel de ganhar dinheiro das ONGs "salvadora da Pátria".
Cel,
Reply...Passei um mau bocado tentando explicar para os americanos o que era reserva legal...
...Nenhum agricultor presente na platéia aceitava a idéia de doar 20a 80% de sua propriedade ...
O Sr. Décio, autor do artigo supra, deveria ter levado a tiracolo a Santa Marina do Xapurí e o "cumpanhêro" Gilney Viana (PT-MT) para explicar o que é reserva legal.
O "cumpanhêro" Gilney é o autor da emenda que modificou a reserva legal na região amazônica para o nível atual, ou seja, 80%. Antes dessa emenda a reserva era de 50% e baseada no código florestal de 1.965 (IBDF). Essa emenda se transformou em MP e foi reeditada inúmeras vezes até que por decurso de prazo acabou virando lei. Ou seja, deixaram rolar tanto tempo, ninguém assumiu, só omissão, e acabou se transformando em lei.
A partir dessa medida "marota" os que estavam na região amazônica "INTEGRANDO PARA NÃO ENTREGAR", ficaram na ilegalidade.
E agora, a Santa Marina do Xapurí, as ONG's e um bando de otários querem a punição dos inocentes.
Vão à Puta que pariu. Brasil, país de tolos.
Índio Tonto/SP