Pelo segundo dia consecutivo, o jornal O Globo, um dos maiores do Brasil, segue em silêncio obsequioso diante das graves denúncias contra o governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), que já respingam no prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB-RJ), que dão conta de benefícios concedidos pelo poder público x benefícios auferidos pela pessoa física dos governantes. O tema está em todos os jornais e revistas, em todos os blogs, só não está no "grande jornal" O Globo.
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Trecho de reportagem da Veja, já nas bancas:
Na semana passada, apenas três dias depois de Cabral voar para a Bahia a bordo de um dos jatinhos de Eike Batista, o estado concedeu ao empresário a licença ambiental que faltava para que ele colocasse de pé a portentosa obra de um estaleiro no Porto do Açu, no norte do Rio. Não é a primeira vez que Eike presta gentilezas a Cabral, nem que o governador se empenha em ajudá-lo no ato seguinte. Em 2008, o bilionário vendeu uma parte de sua empresa de mineração, a MMX, ao gigante do setor Anglo American. Finda a transação, era necessário realizar a transferência da autorização do governo federal para a exploração de uma empresa para a outra. A burocracia poderia arrastar-se por uma eternidade, não fosse o governador ter atendido a um pedido de socorro de Eike. Temeroso de que o negócio de 5 bilhões de dólares desse para trás. Cabral telefonou para o então presidente Lula - que determinou a imediata liberação das licenças.
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O jornal O Globo não repercute nem mesmo matéria da Revista Época, que pertence à Rede Globo:
Licenciado por uma semana, Cabral isolou-se em sua casa de R$ 1,5 milhão em Mangaratiba, na Costa Verde fluminense, para descansar. Foi lá também que Cabral passou o Réveillon de 2010, marcado por uma tragédia em Angra dos Reis, onde deslizamentos de encostas, provocados pelas chuvas, causaram dezenas de mortes. Apesar da proximidade entre Mangaratiba e Angra, Cabral demorou a aparecer em público. Localizada dentro de um condomínio, a casa é usada como refúgio pelo governador, mas tem sido também uma fonte de aborrecimentos para ele. Há anos Cabral tem sido cobrado a explicar como conseguiu comprá-la com os modestos salários de político.
Documentos obtidos por ÉPOCA mostram que, no período em que adquiriu o imóvel, Cabral recebeu empréstimos de familiares e assessores. Em cinco anos, R$ 474.852,17 entraram em sua conta. Entre 1996 e 1997, quando ainda era deputado estadual, Cabral obteve empréstimos de R$ 54 mil de Aloysio Neves Guedes, seu chefe de gabinete. Guedes recebia R$ 5.400 mensais, dez vezes menos que o valor do empréstimo. Outro financiador foi o assessor Pedro Lino, que ganhava o mesmo que Guedes e emprestou R$ 46 mil. Subchefe de gabinete, Sérgio Castro Oliveira colaborou com R$ 31 mil. Outros R$ 79 mil caíram na conta de Cabral vindos da Araras Empreendimentos, empresa de sua ex-mulher Suzana Neves. O ex-sogro Gastão Lobosque emprestou R$ 264 mil. Em 1998, Cabral tomou emprestados R$ 150 mil da Sociedade Três Orelhas para a compra da casa de Mangaratiba, com a promessa de pagar em 18 meses. A Três Orelhas administra o condomínio (Portobello) onde foi erguido o imóvel.
Cabral não deu detalhes sobre as operações. Qualquer documento referente a esses anos tão remotos já foi descartado, tendo em vista que a prescrição é de cinco anos”, disse sua assessoria. Ele informou, porém, que pagou os empréstimos. Os assessores dos empréstimos são amigos de Cabral e trabalharam em suas campanhas. Aloysio foi indicado para o Tribunal de Contas do Estado, onde hoje é conselheiro. Ele diz não se lembrar de nada: “Faz muito tempo. É coisa muito pequena para eu recordar”. O mesmo diz Pedro Lino. “Se foi feito, está em meu Imposto de Renda”, afirma. Sérgio Castro não respondeu aos pedidos de entrevista.
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Trecho de reportagem da Veja, já nas bancas:
O acidente escancarou uma relação público-privada [entre Sérgio Cabral e Fernando Cavendish] que já dura trinta anos e foi se estreitando à medida que a carreira política de Cabral prosperava. Os dois ficaram tão próximos que compraram mansões no mesmo condomínio de Mangaratiba, nos arredores de Angra dos Reis, onde costumam veranear grandes empresários e celebridades. Jantares e viagens com as respectivas famílias se tornaram freqüentes. No Jacumã Ocean Resort, onde ocorreriam os festejos naquele fatídico dia 17 (em que Cavendish perdeu a mulher e o enteado de 3 anos), eles já passaram duas temporadas juntos. Cabral sempre ia como convidado do empreiteiro, um dos sócios do lugar, e ali desfrutava luxuosos bangalôs com até 300 metros quadrados e jantares regados a vinhos do calibre do Château Petrus. Entre as presenças constantes, outros dois sócios do resort. O primeiro, Marcelo Mattoso de Almeida, um ex-doleiro, pilotava o helicóptero e é conhecido no mercado financeiro por ter fugido para os Estados Unidos depois de pilhado em fraudes com guias de exportação. O segundo, Romulo Pina Dantas, já foi preso pelo crime de adulteração de combustíveis.
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O jornal O Globo não repercute nem mesmo matéria da Revista Época, que pertence à Rede Globo:
Licenciado por uma semana, Cabral isolou-se em sua casa de R$ 1,5 milhão em Mangaratiba, na Costa Verde fluminense, para descansar. Foi lá também que Cabral passou o Réveillon de 2010, marcado por uma tragédia em Angra dos Reis, onde deslizamentos de encostas, provocados pelas chuvas, causaram dezenas de mortes. Apesar da proximidade entre Mangaratiba e Angra, Cabral demorou a aparecer em público. Localizada dentro de um condomínio, a casa é usada como refúgio pelo governador, mas tem sido também uma fonte de aborrecimentos para ele. Há anos Cabral tem sido cobrado a explicar como conseguiu comprá-la com os modestos salários de político.
Documentos obtidos por ÉPOCA mostram que, no período em que adquiriu o imóvel, Cabral recebeu empréstimos de familiares e assessores. Em cinco anos, R$ 474.852,17 entraram em sua conta. Entre 1996 e 1997, quando ainda era deputado estadual, Cabral obteve empréstimos de R$ 54 mil de Aloysio Neves Guedes, seu chefe de gabinete. Guedes recebia R$ 5.400 mensais, dez vezes menos que o valor do empréstimo. Outro financiador foi o assessor Pedro Lino, que ganhava o mesmo que Guedes e emprestou R$ 46 mil. Subchefe de gabinete, Sérgio Castro Oliveira colaborou com R$ 31 mil. Outros R$ 79 mil caíram na conta de Cabral vindos da Araras Empreendimentos, empresa de sua ex-mulher Suzana Neves. O ex-sogro Gastão Lobosque emprestou R$ 264 mil. Em 1998, Cabral tomou emprestados R$ 150 mil da Sociedade Três Orelhas para a compra da casa de Mangaratiba, com a promessa de pagar em 18 meses. A Três Orelhas administra o condomínio (Portobello) onde foi erguido o imóvel.
Cabral não deu detalhes sobre as operações. Qualquer documento referente a esses anos tão remotos já foi descartado, tendo em vista que a prescrição é de cinco anos”, disse sua assessoria. Ele informou, porém, que pagou os empréstimos. Os assessores dos empréstimos são amigos de Cabral e trabalharam em suas campanhas. Aloysio foi indicado para o Tribunal de Contas do Estado, onde hoje é conselheiro. Ele diz não se lembrar de nada: “Faz muito tempo. É coisa muito pequena para eu recordar”. O mesmo diz Pedro Lino. “Se foi feito, está em meu Imposto de Renda”, afirma. Sérgio Castro não respondeu aos pedidos de entrevista.
10 comentários
Cel,
ReplyÉ a mídia chapa branca, O Globo já perdeu a sua pífia credibilidade. Só tolos acreditam no que ele diz.
É a vergonhosa submissão à quem está no poder.
Barao de Itauna
off topic,mas tãããão in:
ReplyCoronel,entendo que estamos vivendo dias,talvez,de grandes "escancaramentos" e muita gentalha deste desgoverno vai ficar como que nú!"O rei está nú!O rei está nú!" vem da história infantil!Hospeda teu site lá fora,porque eles(os ratos nojentos)vão procurar pelos hackers(nossos novos heróis!)e,sei não,o despreparo da tchurma é tão latente,mas...vão procurar e "achar" culpados...
Torço por um novo amanhecer!
“Faz muito tempo. É coisa muito pequena para eu recordar”, claro que é pequena, que são R$ 54 mil para garantir uma boca de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado
ReplyAloysio Neves Guedes, fez um "empréstimo" e garantiu seu futuro.
Eçe é o paiz do PT.
É realmente "coisa pequena"(de gente do mesmo tamanho). Pela foto se vê que trata-se de um reles casebre caiçara, tão comum naquela região.
ReplyE haja óleo de peroba...
Casona, hein, meu. Pobrezinho do Cabral. E cada edificada em Área de Preservação Permanente, o cavalinho de batalha de ongueiros, marineiros, ambientalóides e histéricos em geral anti-reforma do Código Florestal. Mas cadê os valentes quando se trata de um companheiro de viagem deles? Aí pode tudo. Chama o Ciro Siqueira!
ReplyR$ 1,5 MILHÃO coisa nenhuma! Se ele colocar essa MANSÃO à venda por esse preço, vai aparecer uma lista de no mínimo uns 1.000 interessados na porta dele!
ReplyEssa casa vale muito mais de R$ 5,0 MILHÕES e qualquer corretor de imóveis sabe muito bem disso!
Pode procurar aqui, Coronel:
http://www.judicearaujo.com.br/venda_angra.php
Se duvidar, pode ligar para essa imobiliária e perguntar!
Vamos investigar o motivo do apoio da globo, coturneiros?
ReplyA muito tempo, eu bato nessa mesma tecla, a globo, só mostra más notícias de S.P.do Rio, absolutamente NADA.
ReplyA quem na globo interessa desmoralizar São Paulo,É inveja?? ou será pelas verbas publicitarias??
Izabel/SP
A Globosta sempre foi govenista... No governo petralha/Cabral então nem se fala... Submissa é pouco.
ReplyTrês Orelhas e uma boca enorme prá comer nosso dinheiro!
ReplyFrancisco