O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) pode ser de direita, mas é antes de tudo um autoritário, a ver pela medida que fez passar ontem na Comissão de Constituição e Justiça. Mesmo que o seu partido tenha rasgado a ata e vendido a alma para Aécio Neves (PSDB-MG), ele acha que mais da metade dos filiados está errado em querer fundar um novo partido. Demóstenes quer criar um Muro de Berlim, uma cortina de ferro para os políticos. O senador goiano deveria lembrar que o DEM que o elegeu não é mesmo DEM onde ele está. A matéria é da Folha de São Paulo:
O Senado aprovou ontem uma proposta que ameaça com perda de mandato os políticos que deixarem seus partidos para participar da fundação de outra sigla. Batizada de "emenda Kassab", a mudança elimina a principal brecha nas regras de fidelidade partidária instituídas pela Justiça Eleitoral. A proposta ainda precisa ser aprovada na Câmara para virar lei. Se isso acontecer, a desfiliação para criar uma nova legenda passará a ser considerada "justa causa" para a perda de mandato. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e a ex-senadora Marina Silva devem ser os maiores prejudicados.
Eles tentam convencer aliados a abandonar o DEM e o PV, respectivamente, para acompanhá-los na criação de novos partidos. O texto também ameaça os mandatos de políticos que deixarem suas legendas durante processo de fusão, que afrontem o programa partidário ou que cometam "grave discriminação pessoal". A mudança foi sugerida pelo senador Demóstenes Torres (DEM-GO), cujo partido tenta estancar a debandada promovida por Kassab.
8 comentários
O que é isso Coronel? O Senador está com a razão! Esse povo pensa que é assim? Se elege com o apoio do partido e depois debanda em vez de ajudar a engrossar o caldo da legenda?
ReplyNesse sistema eleitoral o investimento do partido para cada um desses eleitos é muito grande! O Senador está corretíssimo em impor a fidelidade!
Quer dizer que o partido é bom para ajudá-los a se eleger, mas não é bom o suficiente para receber a contrapartida deles?
Sem falar que esse PSD é meio estranho. Até agora ninguém sabe a que ele se presta, se vai apoiar o governo ou se vai fazer oposição. Eu não sei o que a Senadora Kátia Abreu está fazendo nesse partido de tridores.
Não é fácil,não. Toda e qualquer matéria que inplica o PSD passo batido. Vamos ver no que vai dar.
ReplyConcordo com o @newclair disse...,
Replyessas políticos que querem mudar de partido não foram eleitos somente com os votos que receberam, precisaram com uma grande quantidade de votos do partido.
Acho uma traição sair do partido levando o mandato que foi conquistado com o esforço de todos.
Quem quer mudar de partido deve ter o desapego ao mandato e conquistar outro na nova sigla.
Coronel,
Replyo Senador que tenho por ele uma grande admiração, deveria se empenhar na reforma política de maneira ampla e realmente representativa. Querer mudar as regras depois do jogo iniciado não dá.
Eu acho que o Senador Demóstenes Torres está certo. Esse negócio de sair de partido pra criar outro está virando zona, deixou de ser coisa séria. Agora é Marina Silva. Ora bolas, se desentende, se manda...e tudo o que aconteceu antes, tudo o que teve de apoio da sigla em que (e COM que) se elegeu, fica por isso mesmo, larga pra lá e pronto? Quê que é isso...
ReplyCalma ai, coronel. Chamar um grande democrata como Demostenes Torres de "autoritário" é exagero. Eu entendo que o senador com o seu projeto queira moralizar um pouco a politica brasileira e se existem equivocos na proposta, que seja modificado naquilo que for contrario às Leis e a Constituição.
ReplyÉ o verdadeiro samba do criolo doido. Ninguem se entende. Nao falam a mesma lingua.
ReplyAo inves de estarem ocupados desde o dia 1 de janeiro fazendo oposição e defendendo os brasileiros, ficam ai de conversa mole.
Cade a reforma politica?
Cade as outras reformas???
Esse gente só ganha para rir da nossa cara.
Admiro o Senador Demóstenes Torres e nunca o vi como autoritário. E nem hoje.
ReplyContinuo muito desconfiada deste PSD e do chefe Kassab.