Ontem, alguns comentaristas saíram com pedras e paus contra o post "O ovo de Colombo", onde louvamos o "tapa de luva" que Raimundo Colombo(DEM-SC), governador do estado, estava dando na ala sem voto do Democratas, quando propôs a imediata fusão com o PSDB. Afirmou que, inclusive, seria bom até porque os tucanos já tem o mineiro como candidato à presidência e os democratas não possuem nenhum nome. Segue, abaixo, o ponto-de-vista do comentarista político Moacir Pereira, decano da "raça" em Santa Catarina:
Nos últimos dias, aqueles que se interessam pelo futuro do DEM voltaram os olhos para Santa Catarina. A avaliação é de que partido não resistiria à perda do Estado onde teve os melhores resultados eleitorais em 2010. Entre os diversos veículos da imprensa nacional que o procuraram, Colombo falou com Jozias de Souza, com quem mantinha boa relação nos tempos de senador. Escolheu o jornalista e o veículo porque sabia o que ia dizer e a quem queria fazer chegar a mensagem. Um recado público ao DEM: ou inicia o processo de fusão com o PSDB ou ele não termina o semestre na sigla. Dito assim, soa como um ultimato. Mas é possível encaminhar em dois meses uma discussão que envolve acomodações políticas nos 27 estados e 5.565 munícipios?
Sem falar que a fusão daria a todos os filiados o direito de trocar de partido. Se um PSD que ainda nem existe já provoca tanto estrago no DEM, como enfrentar a cooptação por parte de estruturas mais sólidas, como a do PMDB, por exemplo? Por essas e outras o processo de fusão de dois grandes partidos é inédito na história política brasileira, encontra resistências em ambas as cúpulas partidárias e dificilmente seria viabilizada no período de tempo proposto por Colombo. Colocada dessa forma, passa a impressão de ser uma falsa alternativa. Mas ninguém vai poder acusar o catarinense de não ter oferecido uma opção aos demistas antes de trocá-los pelo PSD.
Sem falar que a fusão daria a todos os filiados o direito de trocar de partido. Se um PSD que ainda nem existe já provoca tanto estrago no DEM, como enfrentar a cooptação por parte de estruturas mais sólidas, como a do PMDB, por exemplo? Por essas e outras o processo de fusão de dois grandes partidos é inédito na história política brasileira, encontra resistências em ambas as cúpulas partidárias e dificilmente seria viabilizada no período de tempo proposto por Colombo. Colocada dessa forma, passa a impressão de ser uma falsa alternativa. Mas ninguém vai poder acusar o catarinense de não ter oferecido uma opção aos demistas antes de trocá-los pelo PSD.
Aos comentaristas revoltados: entenderam ou precisa desenhar?
2 comentários
Muito bem dito. Ok.
ReplyAcontece que Lulla se movimenta mais rápido e não demora deixa esse povo comendo poeira.
Não lhe custa nada abraçar o eleitor conservador que ascendeu no consumo desprezando o ideologismo direita, centro, esquerda, pois prá essa massa isso faz muito pouca diferença.
Lulla foi contra o aborto, se exime de debater drogas, seguiu a ortodoxia do Real enquanto não preciso cabalar voto, etc etc e diz a torto e a direito que dirige um partido de aloprados e costuma ser traído. Tá bom, assim ?!!
O Moacir está de férias. A coluna é assinada por um interino
Reply