Chique de podre.

Com um cachê não revelado, o contratado de honra das centrais sindicais para a festança do Dia do Trabalhador é o ator negro Danny Glover, de Máquina Mortífera I, onde era um policial pacato à espera da sua aposentadoria, sem correr o risco de perder a metade do salário com o fator previdenciário. Se no filme teve a parceria de Mel Gibson para enfrentar uma quadrilha de traficantes, na sua visita ao Brasil não correrá riscos, pois vai conviver com uma quadrilha de pelegos oficiais que, à base do tráfico de influência, estão arrancando milhões de estatais para o patrocínio do evento. Apenas a Petrobras está entrando com R$ 600 mil,  enquanto o rombo na importação de derivados de petróleo, em 2011, chegará aos U$ 18 bilhões. Glover, em Máquina Mortífera II enfrenta um traficante de drogas com imunidade diplomática, como os filhos do guru dos metalúrgicos, que estará presente na festa. No último episódio da série, a trama em que o ator americano está envolvido é uma investigação contra o uso de chineses como mão-de-obra escrava, como aqueles da Usina de Jirau, que precisaram tocar fogo nos alojamentos para receber o apoio da pelegada.Não poderia haver um convidado mais simbólico para uma festa chique de podre.