Toma lá, dá cá.

Depois de exibir força ao votar unido pelo salário mínimo de R$ 545, o PMDB espera ser recompensado pela presidente Dilma Rousseff na distribuição de cargos na máquina federal. O governo entendeu o recado e promete começar a pagar antes da votação do projeto no Senado. A cúpula peemedebista decidiu trabalhar para ter o apoio integral da sua bancada de 77 deputados para ficar credora e cobrar compromissos do Palácio do Planalto. A tática funcionou e nomeações solicitadas pelo partido na Caixa Econômica Federal devem ser efetivadas nos próximos dias, antes da votação do projeto do salário mínimo no Senado, prevista para a próxima quarta-feira.O PMDB sugeriu os nomes do ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima e do ex-governador da Paraíba José Maranhão para as vice-presidências de Crédito da Pessoa Física e de Fundos e Loterias da Caixa.
 
O PMDB já possui seis ministérios no governo Dilma, mesmo número que tinha no fim do governo Lula. O partido ocupa Agricultura, Minas e Energia, Defesa, Previdência Social, Turismo e Assuntos Estratégicos.
A grande briga agora é por cargos no segundo escalão. Além da Caixa, o PMDB quer diretorias do Banco do Brasil, de empresas estatais do setor elétrico e da Funasa (Fundação Nacional de Saúde). A estratégia peemedebista na votação de anteontem foi montada pelo vice-presidente Michel Temer e pelo líder da bancada, Henrique Eduardo Alves (RN), diante da conclusão de que não bastava garantir maioria, mas era preciso aparecer como o partido mais fiel para ter força na divisão de poder.

Temer disse ontem à Folha que o PMDB "não votou pensando em cargos". Em seguida, deixou implícito que o partido espera reconhecimento. "Agora, está nas mãos do governo fazer o que deve ser feito e o que achar melhor", afirmou. Logo após a votação, o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, ligou para Alves e lhe cumprimentou. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse ontem que o "PMDB saiu fortalecido e tem o reconhecimento do governo". 

Em reunião com a bancada anteontem, Temer afirmou aos peemedebistas que "não adiantava estar unido pela metade", diante da expectativa inicial de conseguir 55 dos 77 votos do partido para o governo. Em sua opinião, "outra posição enfraqueceria o partido", que precisava demonstrar união num momento que é acusado de fisiologismo e criticado por causa de suas divisões. Temer disse que o PMDB "surpreendeu" e que os deputados entenderam que dar "uns 50 votos ao governo era o mesmo que zero para efeito de força política". O vice-presidente afirmou que na votação de quarta-feira o PMDB buscou "demonstrar que é governo, quer ser tratado como governo e continuará sendo governo". ( Folha de São Paulo)

8 comentários

A "criatura" está crescendo, crescendo...

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E foda-se o país inteiro...

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Coronel

Só tem uma palavra: VERGONHA.

Oportunismo desta corja de vagabundos, em colocar, "sutilmente", um "caco" na lista de itens a serem votados, o salário por decreto.

O problema não é o valor votado, mas a fragilidade que isto coloca aquilo que deveria ser a base de toda uma Nação: sua Constituição.

Se não tomarmos cuidado, se não protestarmos, se não cobrarmos, logo teremos a inclusão, por "cacos", em outras votações, do PNDH3.

Alo Brasil - acorda.
Alo Oposição - acorda.

General Maximus Decimus Meridius

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levaram em conta tudo nessa votação...

cargos, prestigio politico, demonstração de força coletiva e individual, apoio ao governo...

o único interessado nisso tudo, o trabalhador, era o que menos contava...

impressionante a podridão desse Congresso!!!

e isso eh só o começo, mal começaram os trabalhos...

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O termo em voga é "convencimento". A unanimidade vai mostrar a dona deelma o poder de quem tem poder.

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Cel

o PMDB é igual animal adestrado!

Depois de cumprir qualquer ordem do ADESTRADOR ele recebe uma pequena recompença!

Só o PSDB e o DEM é que não viram quando estavam no poder como era o PMDB.

INCOMPETENTES!

Átila

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Cel.


Quem colocou este bando no Congresso Nacional????? A população através do voto!!!!


Chris/SP

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O PDT (com suas abstenções) e sobretudo o PV (com seus votos contra) é que entraram na linha do pênalti.

O PV, quem diria, votou em peso com a oposição.

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