O samba da oposição doida.

É ou não é um partido sem liderança? Sérgio Guerra é o presidente do PSDB e é pernambucano. Deixou de ser senador, porque não tinha voto, virando deputado. Mas quem fala em nome dos tucanos é Roberto Feire, presidente do PPS, que é pernambucano, mas eleito deputado federal por São Paulo. Segundo a Folha,  Freire, chamou nesta segunda-feira de "equívoco provinciano" a disputa entre paulistas e mineiros pelo controle do PSDB após a derrota de José Serra na campanha presidencial. "É uma briga que, além de prejudicar mineiros e paulistas, prejudica o Brasil. Precisa acabar com esse equívoco provinciano. São os dois maiores Estados em qualquer ponto de vista, mas o Brasil é muito mais", afirmou. Não seria o paradão Guerra que deveria dar a declaração a seguir? "Mal terminou a eleição e a gente já vai se dividindo? Isso só interessa aos nossos adversários. O PSDB tem um papel muito mais importante do que ficar enredado em disputas regionais ou de lideranças, por mais expressivas que elas sejam". Pois quem deu esta declaração foi o Roberto Freire, que completou, ainda, argumentando que a oposição não tem um discurso porque não é unida, mas sim formada por forças de direita e de esquerda. "A oposição tem um programa para ser governo, mas não um programa de oposição com forças que não representam muitas vezes o pensamento nosso ou a nossa ideologia", afirmou, rifando, obviamente, o DEM e fazendo exatamente o que critica, que é dividir a oposição. Para quem já esqueceu, o PPS é o antigo PCB da foice e martelo e Freire foi líder de Itamar Franco no seu governo. Não é à toa que saiu em defesa de Aécio Neves: "Aécio é uma liderança que já teve papel significativo agora em 2010 e tudo leva a crer que terá importância nesses próximos anos no Brasil. Vai ter, se isso lhe faltava um pouco, a dimensão nacional. E eu, como parceiro desse campo democrático de esquerda, tudo farei também para que ele se afirme como uma grande liderança", afirmou. Hoje foi o dia em que Aécio Neves foi à luta. E justamente em São Paulo, dando entrevista para o Roda Viva e usando a boa índole do chuchu Alckmin, que deu escada para quem o apunhalou em 2006. Ainda bem que os 44% tem boa memória. E que a maioria não vota em traíra.