Imprensa oficial.

Nunca na história deste país tivemos uma imprensa tão cooptada e tão alinhada com um governo. Vejam que descalabro: o maior telejornal do país responde com uma nota oficial a uma declaração feita  no twitter por um rastaquera  de quinto escalão, para não ficar mal com meia dúzia de gatunos pingados. Objetivo: inteferir na pauta, a alma do jornalismo independente, para que seja dada maior exposição a Lula. Isto depois da emissora que hospeda o programa tirar a sua campanha institucional de 45 anos do ar, porque o número poderia favorecer a um candidato. A cobertura ao debate de ontem é de uma pobreza absurda. Um debate é para que sejam analisadas propostas, idéias e, principalmente, o desempenho dos candidatos. A capacidade de expressão. O domínio da palavra. A rapidez de raciocínio. A inteligência. O preparo. No entanto, os veículos de comunicação pautaram-se em bloco para transformar um imbecil em vencedor, dando destaque para as suas tiradas e piadinhas, sem ao menos avaliar os absurdos que ele apresentou como propostas de um eventual governo. Seus pontos altos foram chamar um candidato de ecocapitalista e outro de hipocondríaco. A candidata oficial, por sua vez, mostrou que não consegue expressar um ponto-de-vista, que é completamente desqualificada para o cargo. Para os jornalistas, condescendentes com as limitações pessoais da candidata, ela estava apenas nervosa. Para o Bruno, a imprensa chamou bancas de psicólogos. Para a Dilma, que daqui a pouco pode estar presidindo o Brasil, não fazem nenhuma avaliação neste sentido, quando qualquer psicólogo poderia atestar a completa insegurança e incapacidade da candidata para enfrentar uma situação tão corriqueira quanto um debate engessado, com regras que praticamente inviabilizavam qualquer situação desconfortável. Ao contrário, Serra sempre esteve no controle. Mas para os jornalistas foi apenas a maior experiência de Serra "em debates". Sabem que não foi e nem é só isso. É experiência em gestão e maturidade, além de inteligência e domínio sobre o que está falando.  Já em relação a Dilma, o que assistimos ontem é o que está sendo constatado e comprovado ao longo de toda a campanha: gafes, falta de coordenação motora, dificuldades imensas de comunicação, assassinato da gramática, manipulação de dados e números, nenhuma qualidade que a coloque acima de seu oponente. Os traços apresentados pela candidata são de incapacidade mental, esta é a verdade. Se depois de dois anos não melhorou em nada, com batalhões de assessores e centenas de horas de treinamento, é como disse a sua companheira Marta Suplicy: não tem jeito mesmo. A imprensa não deve tomar partido, mas deve analisar os fatos com isenção. Está protegendo a candidata do Lula. Só pode ser por dinheiro. Muito dinheiro. Recebido como renda própria ou como renda familiar e o Portal da Transparência está aí para comprovar. Recebido através do departamento comercial na forma de autorização de mídia. Pior ainda é quando esta parcialidade é fruto de ideologia. Por escolha política. No fundo, não precisamos temer o controle social da mídia, proposto por Dilma no seu programa de governo. Não precisamos temer porque ele já está aí, só faltando prender meia dúzia de blogueiros e tocar fogo na revista Veja.