Lula toma decisão de Estado em cima do palanque de Dilma. É o maior crime eleitoral da campanha.

Luia Inácio Lula da Silva, presidente da República, pode tomar decisões de Estado em cima de um palanque eleitoral, em hora de folga? Se ele não está exercendo a presidência, justamente para poder fazer campanha política para a sua candidata, usando de subterfúgios para burlar a lei, como é que ele pode informar ao Brasil que aceita o refúgio da mulher condenada à morte no Irã? Comunicou ao país a decisão do Estado brasileiro, em cima de um palanque. É ou não é crime eleitoral? Agir como presidente da República ao mesmo tempo em que pede votos para a sua candidata é ou não é crime eleitoral? Veja a declaração de Lula:

"Eu tenho que respeitar a lei de um país, mas se vale minha amizade e o carinho que tenho pelo presidente do Irã (Mahmoud Ahmadinejad) e pelo povo iraniano, se esta mulher está causando incômodo, nós a receberíamos no Brasil...Já que minha candidata é uma mulher, eu queria fazer um apelo a meu amigo Ahmadinejad, ao líder supremo do Irã e ao governo do Irã."

Lula deveria respeitar, em primeiro lugar, as leis do próprio país. Não é mais o caso de multa. O caso é de impugnação. A tese que a Oposição deve defender é uma só: Lula não pode estar ali como Presidente da República. Não pode se referir ao cargo. Não pode ostentar o poder que tem. Ele está ali como cidadão e como militante do PT. Quando é que a Oposição vai acordar para isso? Não há como contestar este argumento. Se os juízes entenderem que é impossível separar as duas coisas, ele não pode fazer campanha política. Tão simples como. E o que vale para o palanque também vale para a TV.