Sair do muro.

Os políticos tradicionais, aqueles que são corruptos apenas no limite da irresponsabilidade, que se alojam no PMDB, PP e PR, que mesmo sendo aliados sempre foram tratados a gritos, chutes e pontapés pela toda-poderosa da Casa Civil, estão com as barbas (que adotaram para compor o visual mais sujinho da esquerda) de molho. Há uma crescente esquerdização e retrocesso no discurso do PT de Dilma Rousseff, além de uma união siamesa com o que existe de mais podre na política brasileira, como Sarney, Jucá, Temer e Barbalho. Estes políticos adeptos do "murismo" começam a perceber que a convivência com um governo sem a liderança inquestionável de Lula, dominado pelos Marco Aurélio Garcia, Ricardo Berzoini e, especialmente, José Dirceu, será um inferno para eles. Dilma Rousseff, no exercício do cargo, não tem capital político para exercer qualquer tipo de autoridade frente à máquina petista. Será uma espécie de rainha do Power Point. Assim, no mínimo por precaução estes políticos devem escolher o lado em que vão estar, se apoiando um governo bolivariano ou fortalecendo a democracia brasileira. Hoje estão em cima do muro. Amanhã serão inapelavelmente empurrados ribanceira abaixo pelo aparelhamento final do estado brasileiro.