Da Veja:
O assessor para assuntos internacionais de Lula, Marco Aurélio Garcia, declarou que "o governo golpista de Honduras é feito de mentirosos". O senhor o conhece?
Não o conheço, mas quero dizer a Marco Aurélio Garcia que tenho 29 anos como congressista e ninguém nunca, nunca disse de Roberto Micheletti que era corrupto ou mentiroso. Nunca! Diga a ele que jamais minto e que posso afirmar no momento que quiser que é ele quem está mentindo, porque aceitou que havíamos queimado a embaixada e lançado gases, que estávamos envenenando as pessoas e instalando aparelhos israelenses lá para enlouquecê-las. Colocou o estado de Israel no meio disso tudo! Outro senhor, esse falastrão do Hugo Chávez, disse que Israel tinha sido o único país que nos havia reconhecido. Não é verdade. Nenhum país do mundo nos reconheceu, mas nos manteremos firmes, com fé em Deus que tudo vai sair bem.
E o que o senhor tem a dizer sobre o segundo adjetivo: "golpista"?
Eu sou presidente do Congresso Nacional e, por isso, obedecendo à Constituição de Honduras, fui nomeado presidente da República por seis meses, na ausência desse senhor que cometeu delitos contra o país, incluindo traição à pátria, além de atos de corrupção que deixam pasmo qualquer um. A mim me cabem seis meses de governo, durante os quais preciso garantir que as eleições aconteçam. Essas eleições não foram programadas pelo meu governo. Estão programadas desde 2008. E o que eu vou fazer é entregar o poder no dia 27 de janeiro de 2010 ao candidato vitorioso, porque assim ordenam que eu faça a lei eleitoral e a Constituição da República. Não pode ser um golpista nem um ditador um homem que assumiu a Presidência obedecendo à Constituição do seu país e que vai embora para casa no dia 27 de janeiro porque assim o determina a lei.
Como funciona hoje o poder em Honduras? Diz-se que as Forças Armadas mandam em tudo e que o senhor obedece.
Isso é mais uma mentira do seu amigo, o senhor Garcia!
Não, não foi ele que disse isso.
Ah, bom, mas quero que diga a ele: este país é constituído por três poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário, e os três somos civis. No Executivo manda Roberto Micheletti – e seus ministros. No Legislativo manda o senhor advogado José Alfredo Saavedra, que é o presidente do Congresso. Na Suprema Corte de Justiça, mandam Jorge Avilés e seus catorze magistrados. São os três poderes do estado, fora o Supremo Tribunal Eleitoral, que também é uma entidade independente dos poderes do estado. Aqui, as Forças Armadas só cumprem com sua obrigação constitucional.
Fechar TV, rádio, decretar estado de exceção são coisas que remetem à velha e infeliz tradição de golpismo. Por que o senhor achou necessário tomar essas medidas?
Quer saber por quê? Porque o Brasil, por meio de seu presidente, permitiu que Zelaya convocasse à insurreição e à violência da varanda da sua embaixada. Porque o senhor Lula da Silva não teve a cortesia de chamar esse senhor e dizer a ele: "Pare de fazer isso porque você está prejudicando a população hondurenha". Essa é a resposta. Depois, a lei me ordena que proteja a vida dos cidadãos hondurenhos. A determinação que tomei foi para evitar derramamento de sangue.
O Exército lançou algum tipo de gás dentro da embaixada brasileira?
Essa é uma acusação patética, mais um teatro de Zelaya. Mandamos peritos, médicos para lá, não houve nada. Nada.
Mas um funcionário brasileiro disse ter sentido cheiro de gás.
O que me informaram foi que a embaixada tem três banheiros e estava naquela altura com 160 ou 180 pessoas. Estava com os dutos totalmente cheios, e esses dutos produzem gases. Uns dizem que foi isso. Dizem outros que o que houve foi uma falsidade completa. Por que os vizinhos não sentiram nada? Os jornalistas perguntaram aos vizinhos do lado direito, aos do lado esquerdo e aos da frente da embaixada e ninguém sentiu nada.
O senhor parece bem-disposto para alguém que está à frente de uma crise que já dura três meses.
Sabe por quê? Porque Deus está comigo sempre. Não sou católico de passar na igreja todos os dias, mas rezo sempre e carrego o meu rosário quando vou enfrentar situações difíceis – peço a Deus que me ajude a enfrentar as coisas, porque ele sabe que o meu coração é limpo. Encaro a Presidência interina como uma missão que me foi confiada pelo meu país. Eu era muito feliz como presidente do Congresso.
O assessor para assuntos internacionais de Lula, Marco Aurélio Garcia, declarou que "o governo golpista de Honduras é feito de mentirosos". O senhor o conhece?
Não o conheço, mas quero dizer a Marco Aurélio Garcia que tenho 29 anos como congressista e ninguém nunca, nunca disse de Roberto Micheletti que era corrupto ou mentiroso. Nunca! Diga a ele que jamais minto e que posso afirmar no momento que quiser que é ele quem está mentindo, porque aceitou que havíamos queimado a embaixada e lançado gases, que estávamos envenenando as pessoas e instalando aparelhos israelenses lá para enlouquecê-las. Colocou o estado de Israel no meio disso tudo! Outro senhor, esse falastrão do Hugo Chávez, disse que Israel tinha sido o único país que nos havia reconhecido. Não é verdade. Nenhum país do mundo nos reconheceu, mas nos manteremos firmes, com fé em Deus que tudo vai sair bem.
E o que o senhor tem a dizer sobre o segundo adjetivo: "golpista"?
Eu sou presidente do Congresso Nacional e, por isso, obedecendo à Constituição de Honduras, fui nomeado presidente da República por seis meses, na ausência desse senhor que cometeu delitos contra o país, incluindo traição à pátria, além de atos de corrupção que deixam pasmo qualquer um. A mim me cabem seis meses de governo, durante os quais preciso garantir que as eleições aconteçam. Essas eleições não foram programadas pelo meu governo. Estão programadas desde 2008. E o que eu vou fazer é entregar o poder no dia 27 de janeiro de 2010 ao candidato vitorioso, porque assim ordenam que eu faça a lei eleitoral e a Constituição da República. Não pode ser um golpista nem um ditador um homem que assumiu a Presidência obedecendo à Constituição do seu país e que vai embora para casa no dia 27 de janeiro porque assim o determina a lei.
Como funciona hoje o poder em Honduras? Diz-se que as Forças Armadas mandam em tudo e que o senhor obedece.
Isso é mais uma mentira do seu amigo, o senhor Garcia!
Não, não foi ele que disse isso.
Ah, bom, mas quero que diga a ele: este país é constituído por três poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário, e os três somos civis. No Executivo manda Roberto Micheletti – e seus ministros. No Legislativo manda o senhor advogado José Alfredo Saavedra, que é o presidente do Congresso. Na Suprema Corte de Justiça, mandam Jorge Avilés e seus catorze magistrados. São os três poderes do estado, fora o Supremo Tribunal Eleitoral, que também é uma entidade independente dos poderes do estado. Aqui, as Forças Armadas só cumprem com sua obrigação constitucional.
Fechar TV, rádio, decretar estado de exceção são coisas que remetem à velha e infeliz tradição de golpismo. Por que o senhor achou necessário tomar essas medidas?
Quer saber por quê? Porque o Brasil, por meio de seu presidente, permitiu que Zelaya convocasse à insurreição e à violência da varanda da sua embaixada. Porque o senhor Lula da Silva não teve a cortesia de chamar esse senhor e dizer a ele: "Pare de fazer isso porque você está prejudicando a população hondurenha". Essa é a resposta. Depois, a lei me ordena que proteja a vida dos cidadãos hondurenhos. A determinação que tomei foi para evitar derramamento de sangue.
O Exército lançou algum tipo de gás dentro da embaixada brasileira?
Essa é uma acusação patética, mais um teatro de Zelaya. Mandamos peritos, médicos para lá, não houve nada. Nada.
Mas um funcionário brasileiro disse ter sentido cheiro de gás.
O que me informaram foi que a embaixada tem três banheiros e estava naquela altura com 160 ou 180 pessoas. Estava com os dutos totalmente cheios, e esses dutos produzem gases. Uns dizem que foi isso. Dizem outros que o que houve foi uma falsidade completa. Por que os vizinhos não sentiram nada? Os jornalistas perguntaram aos vizinhos do lado direito, aos do lado esquerdo e aos da frente da embaixada e ninguém sentiu nada.
O senhor parece bem-disposto para alguém que está à frente de uma crise que já dura três meses.
Sabe por quê? Porque Deus está comigo sempre. Não sou católico de passar na igreja todos os dias, mas rezo sempre e carrego o meu rosário quando vou enfrentar situações difíceis – peço a Deus que me ajude a enfrentar as coisas, porque ele sabe que o meu coração é limpo. Encaro a Presidência interina como uma missão que me foi confiada pelo meu país. Eu era muito feliz como presidente do Congresso.
4 comentários
Micheletti pra presidente do Brasil
ReplyFeliz da nação que consegue expurgar os ditadores do poder. Não é o caso da Venezuela e brevemente, também, não será o caso do Brasil. A oposição brasileira é muita fraca e fácil de ser corrompida/comprada. É igual a uma criancinha pobre, é só dar uma balinha que eles saem pulando de contentes.
ReplyCoronel
ReplyEntrevista muito linda, muito querida, muito amorosa, muito simpatica, entrevista que nno fundo a mim nada me diz, pois o edificio da embaixada que já não funciona como embaixada mas como nucleo prgmático de incitamento constante à guerra civil, continua recebendo água, alimentos, gás e todo o necessario para os manter vivos e bem ativos!
Em um cerco, corta-se tudo e numa semana estavam todos fora desse
edificio!
Portanto, para mim, o senhor Roberto Micheletti, de 65 anos de idade, 29 de Congresso, presidente interino de Honduras, desiludiu-me, já que consciente ou incoscientemente, está dando apoio total ao ze laia e, com isso, apoiando o incitamento à sublevação nacional, ao teroror, à guerra civil, ao genocido dos hondurenhos!
Honduras tem muuuuito a ensinar ao Brasil.
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