De U$ 700 mi a U$ 7,7 bi.

Se depender da compra dos aviões de caça, está definitivamente provado que o Brasil da Era Lula ficou mais rico, mais poderoso, mais desenvolvido. Em agosto de 2001, a FAB lançou a primeira concorrência para aquisição de 12 a 24 aviões, com um valor de U$ 700 milhões. Leia aqui uma série de matérias da Folha de São Paulo. Hoje os jornais informam que, para adquirir 36 aviões, o valor aumentou em onze vezes. Alcança U$ 7,7 bilhões. Um estranho fenômeno, tendo em vista que a tendência, com o correr dos anos, é que os preços diminuam, ainda mais em cenário de crise global. Ao ler os velhos jornais, o debate continua o mesmo. Vai ser feito aqui? Vai transferir tecnologia? Quem vai tomar decisão? De uma coisa podemos ter certeza: àquela época, Fernando Henrique Cardoso não fez como Lula, praticamente tomando uma decisão sozinho sobre de quem os aviões deveriam ser comprados. Tanto é que a compra acabou não saindo. Talvez este exagerado apetite de Lula para demonstrar poder a qualquer custo é que esteja multiplicando o preço por dez. É bom ficar de olho.
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Vejam como são as coisas. Em 3 de agosto de 2001, Luiz Nassif, então na Folha de São Paulo, escrevia uma coluna intitulada "O PT e a licitação da FAB". Nela destacava a seguinte posição de Paulo Delgado(PT-MG), presidente da Comissão de Defesa da Camara: "É pedir sacrifício demais ao povo jogar US$ 700 milhões no exterior, produzindo empregos lá fora, quando se tem uma empresa, a Embraer, que foi criada dentro do ambiente de defesa". E continuava Nassif: Essa sua bandeira conquistou o apoio do seu próprio partido, o PT. Delgado considera que essa licitação é a questão mais importante para o país, na atualidade. E considera ruim que as centrais sindicais estejam caladas. No requerimento enviado às autoridades, Delgado levanta as seguintes questões a respeito da licitação: 1) haverá garantia de fornecimento de materiais de reposição, em todas as circunstâncias? 2) os materiais considerados sigilosos seriam colocados à disposição de países como o Brasil? 3) os armamentos hoje existentes nos aviões serão liberados a compradores de nossa categoria? 4) existe a predisposição a transferir tecnologias atualizadas de produção de materiais ou de integração de equipamentos? A pergunta que fica é: onde andam as perguntas do PT sobre o assunto?