A democracia continua, apesar do Lula.

Apesar de toda a pressão internacional comandada diretamente por Luiz Inácio Lula da Silva, a vida e a democracia continuam em Honduras. Ontem foi aprovada a cédula eleitoral que será utilizada nas eleições presidenciais de novembro. Que ironia! São seis candidatos, não é apenas um. O atual presidente não pode concorrer. Não há um general na cédula, onde já se viu? Ao contrário, seis partidos diferentes disputam o pleito, o que mostra um cenário muito mais decente do que no Brasil, por exemplo, onde os conchavos são inomináveis. A vida e a democracia continuam em Honduras. Ontem, Lula bradou a sua ira contra as eleições democráticas de Honduras e a ONU retirou o seu "apoio eleitoral". O "mundo", como afirmou Lula com o olhar fixo no teleprompter exige a volta ao poder de Zelaya, o nosso hóspede, e o fim da "ditadura" hondurenha. Lula não quer esperar pelo voto dos hondurenhos. Lula tem pressa para cumprir o seu papel medíocre de avalista de "democracias" bolivarianas ao estilo chavista, evista ou correista. Lula entende que o voto das comissões aparelhadas da ONU e da OEA tem mais valor. Lula defende que grupelhos de embaixadores bolivarianos trazidos às pressas para Honduras terão mais força do que uma população pobre, mas limpinha de princípios, entre os quais o amor à pátria. Em novembro próximo, 4,601,032 hondurenhos vão escolher um novo presidente. Ele não será Zelaya. Ele não será Michelleti. Ele será um destes aí de cima, cuja foto aparece na cédula eleitoral aprovada ontem. Este é o desespero de Lula e de seus compadres socialistas. O eleito tomará posse, pacificará o país e nunca mais ouviremos falar de Manuel Zelaya.