FMI: ainda sobre a balela de Lula.

Editorial deste domingo, no Estadão:

Com o anúncio(de subscrever U$ 10 bilhões em títulos do FMI), o País cumpre compromisso assumido na reunião de cúpula do G-20, em Londres, em abril. O FMI deverá receber aportes de US$ 750 bilhões para enfrentar a crise e financiar a retomada, sobretudo do comércio global. Do montante total, US$ 500 bilhões deverão ser aportados pelos países-membros do G-20. No grupo dos Brics, a China comprometeu-se a aplicar US$ 50 bilhões e a Rússia, US$ 10 bilhões, mas a Índia ainda não anunciou o montante. Os Estados Unidos se comprometeram a destinar US$ 108 bilhões ao FMI, mas o Congresso ainda não aprovou a aplicação dos recursos.A decisão de investir em títulos do FMI é plenamente justificada por razões econômicas que transcendem o desejo do País de " ajudar a comunidade internacional", a que se referiram as autoridades locais. Ao subscrever títulos do FMI, o Brasil poderá pressionar por reformas na instituição, como ressaltaram o ministro da Fazenda e o diretor-gerente do Fundo. As autoridades brasileiras mostraram "seu engajamento no processo total de reforma e expansão dos recursos do FMI", declarou Strauss-Kahn, segundo o noticiário divulgado no site da organização. Ficará para mais tarde, se for conveniente, a subscrição de novas cotas do Fundo pelo Brasil, o que permitiria aumentar de fato o peso do País nas decisões do FMI.