ONU confunde refugiado com fugitivo.

Neste vídeo do ACNUR, aos 31:27, é dada a definição de refugiado. A fonte não poderia ser mais confiável: o próprio ACNUR.

Hoje, não surpreendentemente, o ACNUR, Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, colocou-se em defesa do assassino Cesare Battisti, emitindo uma nota enviada ao STF onde pressiona os ministros a não extraditar o criminoso para a Itália. O espanhol Javier López-Cifuentes, representante do ACNUR no Brasil, que freqüenta mais as colunas sociais e os eventos da esquerda escocesa do que os lares dos refugiados no país, receia que o governo descumpra a regra prevista na convenção da ONU de 1951, ratificada pelo Brasil, que impede a extradição de refugiados, e que isso sirva de precedente para ações similares em outros países. "O Acnur prevê que a decisão que vier a ser tomada neste caso pode influenciar a maneira pela qual as autoridades de outros países aplicam a definição de refugiado e lidam com casos de extradição que envolvam refugiados reconhecidos formalmente", afirmou o representante do órgão no Brasil, em documento encaminhado aos ministros do Supremo. Acontece que Cesare Battisti pode ser tudo, menos um refugiado. E é bom não confundir refugiado com fugitivo. Fugitivo da polícia por uma série de crimes cometidos a sangue frio. Segundo o ACNUR, este é o conceito de refugiado, desde 1951, quando a agência nasceu:

" Qualquer pessoa que tenha sido forçada a deixar o seu país e não possa ou não queira retornar por causa de um fundado temor de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opinião política".

Sem dúvida alguma, Cesare Battisti não se enquadra em nenhuma das categorias acima. Seu crime é assassinato e não de "opinião política", por exemplo. Um grupo terrorista que mata inocentes, como aquele que o italiano liderava, não pode ser chamado de "grupo social". Da mesma forma, um governo democrático e signatário do acordo já avisou que o bandidão esquerdista não será perseguido, apenas terá que cumprir a sua pena pelos crimes cometidos, pelos quais foi julgado dentro das leis italianas e sem ferir nenhuma lei internacional. O Alto Comissário da ONU quer comparar um terrorista com um refugiado etíope, somali ou afegão, travestindo um assassino de perseguido. Que o STF atenha-se ao que está escrito, especialmente na própria definição de "refugiado", que a ONU cunhou em 1951 e que permanece até os dias de hoje, independente de opiniões pessoais e parciais dos seus representantes.