Um abrangente estudo sobre assassinatos de opositores ao governo e militantes da esquerda armada durante a ditadura (1964-1985), elaborado pelos próprios familiares e lançado em forma de livro em abril último, acrescentou 69 novos casos aos já conhecidos e admitidos pelo governo federal. O número final ficou em 426 mortos e desaparecidos políticos dentro e fora do país no período.Há dois anos, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos narrou 357 casos de mortos e desaparecidos no livro "Direito à Memória e à Verdade", segundo as contas feitas pelos familiares.
(A indústria dos desaparecidos continua florescente, graças às crescentes indenizações e à estrutura muito bem remunerada criada pelo petismo, que emprega centenas de pessoas regiamente pagas para encontrar casos que possam ser enquadrados nos "abrangentes" estudos. Esta indústria não tem crise e cresce à base de 20% ao ano).
...Descobriu-se que há cinco casos de desaparecidos na Argentina cujos pais ou mães são brasileiros. O dossiê vinculou esses crimes à Operação Condor, que mobilizou as ditaduras da América do Sul no combate às organizações de esquerda na década de 70.
(É como se Che Guevara tivesse sido morto pela repressão na Bolívia, longe de seu país, Cuba, e que estivesse ali como um pobre refugiado político. Estes terroristas estavam participando da luta armada em outro país. Mas aos seus familiares também será dada uma polpuda indenização, saída, quem sabe, do confisco da caderneta de poupança).
Alguns dos casos "novos" são exemplos de como o Estado militar atingiu pessoas com pouca ou nenhuma atividade política. José Sabino, por exemplo, foi morto a tiros em uma manifestação em maio de 1966, no Rio.
(Se acontecesse hoje, os mortos por balas perdidas no Rio de Janeiro, que tanto podem ter sido atingidos por balas da polícia quanto de terroristas armados seriam computados como assassinados pela "ditadura". Ei, comissão, se um morto por bala perdida no Rio o foi por bala saída de uma arma roubada de um quartel, não seria culpa da ditadura? Olha que aí está um novo filão!)
O dossiê relaciona mortes de pessoas que passaram por intensa tortura e se mataram depois, como o estudante de engenharia Juan Antônio Forrastal, torturado no quartel de Quitaúna (SP), em 1969. Três anos depois, ele se matou num hospital em Madri, na Espanha, segundo familiares.
(Este caso, então, é emblemático. É preso, é solto, volta para o seu país e se mata. Culpa da "ditadura" ou se suicidou por que lhe cobravam denúncias que resultaram na morte de companheiros? Ou simplesmente porque era um esquisofrênico?Que tal incluir todos os suicidas do período como mortos por profunda depressão frente a tão brutal ditadura?)
"À medida que se abre a questão da ditadura, que se discute mais e que o governo abre seus arquivos, as famílias passam a se manifestar, a procurar as reparações. Por isso, o número conhecido de vítimas cresceu", disse Criméia Almeida, integrante da comissão dos familiares. Criméia lutou na guerrilha do Araguaia.
(Bom, aqui só cabe comentar o nome. Não poderia haver nome melhor para a investigadora: Criméia.).
8 comentários
Bom dia a todos.Do jeito que fazem,de um certo modo todos nos somos vitimas da ditadura,podendo teoricamente receber indenizaçao.So arranjar uma istoria falsa como tem muitas por ai.E tortura de aguentar os relinchos do muLLa pagam também?
ReplyFlorescer dá uma ideia equivocada da coisa. Fica a impressão que é algo que se inicia, exuberante. Na verdade já estamos na geração transgênica que sucedeu colheitas silvestres, lavouras mecanizadas e agora sai direto dos laboratórios da corrupção no governo petista.
Reply.
Caro Cel.,
ReplySeria bom que quando esta turminha perder esta mamata, que se criasse uma comissão para reavaliar estas doações e que se mandasse devolver aos cofres públicos o que foi retirado desonestamente.
Anônimo está certo. No FSM entre os processos julgados: Maurice Politi, egípcio e militante ALN já pegou o dele; Pedro Augusto Celso Portugal: Academico de Direito disse ser militante da U.E.Paraenses. Pichador de muro foi preso em flagrante, ao invés de molho de pimenta malagueta no ..levou o dele também.No Diário do Pará´de l7.05., um outro pichador foi flagrado e levou tapas e cadeia na terra "direitos". Por que não indeniza-lo também?
ReplyCoronel
ReplySafa!!! É demais!
Em nenhum país do mundo, se viu tanto desavergonhado requerer indenizações após ditaduras.
Só mesmo no Brasil, que nunca mais deixa de ser emergente do terceiro mundo.
Para estas indenizações putativas, há sempre dinheiro, pois a farra é grande, já que as tetas da Viúva são gordas.
Tantos exemplos poderia dar, mas por agora indico apenas estes:
1 - "Mais um jornalista entrou para o rol de anistiados políticos a receber indenização milionária. Hermano de Deus Nobre Alves deverá receber uma indenização de R$ 2 milhões, além de salário mensal no valor de R$ 14 mil. Antes dele, o jornalista Carlos Heitor Cony também conseguiu indenização de R$ 1,5 milhão e remuneração mensal de R$ 19 mil. A alegação nos dois casos é a mesma: a perda de emprego por razões políticas à época da ditadura militar.
Hermano Alves era colunista político do jornal Folha de S. Paulo quando os militares tomaram o poder em 1964.
A indenização ao jornalista foi concedida por decisão da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça constituída para reparar eventuais prejuízos de perseguidos políticos durante o regime militar. A Comissão paga indenizações para os parentes de pessoas desaparecidas, assassinadas ou torturadas, como para profissionais que perderam o emprego por supostas razões políticas." (...)
http://www.conjur.com.br/2005-out-25/hermano_alves_recebe_milhoes_indenizacao
2 - "A viúva do ex-presidente João Goulart, Maria Thereza Fontella Goulart, recebeu ontem, oficialmente, anistia política. A portaria do Ministério da Justiça foi publicada na edição de ontem do "Diário Oficial da União". Além do perdão político, a Portaria nº 436 prevê o pagamento de indenização correspondente a 480 salários mínimos, respeitando o teto legal de R$ 100 mil.
Maria Thereza Fontella Goulart foi primeira-dama de 1961 a 1964, a mais nova da história do país, com 21 anos de idade à época da posse.
No início do mês, foi publicada portaria declarando Jango anistiado político "post mortem". A portaria também informou que a viúva de Jango, Maria Thereza Goulart, receberá indenização mensal de R$ 5.425. Ela também terá direito a esse valor retroativo a 1999, num total de R$ 643.947,50, e terá isenção de imposto de renda." (...)
https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/
cadastros/noticias/2009/3/13/viuva-de-jango-recebe-anistia-e-indenizacao/
Num país que há falta de educação, segurança e principalmente saúde e os pobres continuam cada vez mais pobres (basta ver a miséria que vai pelo Norte e Nordeste) com as recentes chuvadas, é de ficar realmente revoltada.
Coronel
ReplyÉ tal a pouca vergonha, que não posso deixar de mencionar mais casos:
(...)"Indústria da Anistia — Goiás, a exemplo de outros Estados, está às voltas com a indústria da anistia. Há 316 “perseguidos políticos” esperando benesses do Estado. Eles pretendem dividir um botim de 6,2 milhões de reais por ano em pensões, pagas mensalmente, mais 2,8 milhões de reais em 105 indenizações de parcela única. Entre esses caroneiros da história, há contumazes parasitas do erário. Empresários e políticos bem-sucedidos também se encontram entre os beneficiários do trem da anistia. Muitos deles, ao invés de receber pensões e indenização, deveriam agradecer o que o regime militar fez por eles — sem a aparente perseguição de que foram vítimas, jamais teriam conquistado o sucesso profissional e político. Há quem ficou rico à custa desse falso passado. Inclusive, há jornalistas que não se pejam de escrever artigos em defesa da indústria da anistia sem contar a seus leitores que eles próprios serão beneficiados com mais uma polpuda pensão — de 6 mil reais por mês." (...)
http://www.jornalopcao.com.br/index.asp?secao=Editorial&idjornal=40
Outro caso:
"Eles foram julgados na terça-feira em sessão da Caravana da Anistia.
Indenizações a serem pagas pelo Tesouro vão de R$ 37.350 a R$ 345 mil.
Mais quatro perseguidos políticos pelo regime militar que se instalou no Brasil após 1964 vão receber indenização e, em dois casos, prestações mensais do Tesouro. Eles foram julgados nesta terça-feira (15) em sessão da Caravana da Anistia, evento promovido pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça para julgar em bloco casos semelhantes.
Julio Prata, João Roberto Villares, Pedro Rocha Filho e Bernardo Boris Jorge Vargaftig, todos com militância política em São Paulo, foram julgados na sede do Sindicato dos Professores da Rede Estadual (Apeoesp) no centro da capital. Julio Prata teve direito a uma indenização de R$ 345 mil e prestações mensais de R$ 3 mil para sua mulher. Ele morreu em 2005.
Ex-professor e líder do movimento estudantil Pedro Rocha Filho, que chegou a ser preso no famoso Congresso de Ibiúna em 1968, vai receber R$ 257 mil de indenização e prestações mensais de R$ 1,7 mil.
O médico formado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Bernardo Boris Jorge Vargaftig receberá R$ 100 mil de indenização em prestação única, sem direito a prestação mensal.
Militante da Vanguarda Armada Revolucionária (VAR-Palmares), João Roberto Villares vai receber R$ 37.350, o equivalente a 90 salários mínimos, de indenização, sem direito a prestação mensal. Ele, que foi preso na Operação Bandeirante (Oban) não conseguiu comprovar vínculo de trabalho. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".(...)
http://www.cmnat.rn.gov.br/noticiaexterna.asp?id=4102
Todos aqueles que pegaram em armas para combater o governo vigente na época sabiam dos riscos inerentes à essa contenda. Então, não venham chorar as consequências desses atos. Muitos se esquecem que a nossa vida é regulada pela lei da causa e efeito.
ReplyQueria saber se alguém tem essa listagem atualizada:
Replyhttp://www.conjur.com.br/2005-mar-09/mpf_investigacao_indenizacoes_milionarias?pagina=3
Depois disso já concederam tantas outras, e temos direito de saber. Tb esses valores já foram reajustados muito acima da inflação.