As contas são rápidas e o Blog agradece se as mesmas forem refeitas por algum economista que possa colocá-los com maior exatidão. No início da semana, o IPEA aparelhado pelos "cumpanhêros" publicou um estudo em que mostra que não existe inchaço na máquina pública do Brasil. Fez um estudo quantitativo, como se estivesse contando uma boiada. E trombeteou: o Brasil tem apenas 6% da população economicamente ativa em emprego público, contra 14,8% dos Estados Unidos da América. Uma conta feita por estelionatários estatísticos. Abaixo, vamos dar alguns números qualitativos, retirados de fonte oficial:
- De 2002 até 2008, o funcionalismo público, que consumia R$ 75 bilhões aumentou a sua despesa para R$ 144 bilhões por ano. Um explosivo aumento de 92% na era Lula.
- No mesmo período, o número de funcionários públicos ativos saltou de 958 mil para 1.118 mil, um aumento de 160 mil colaboradores, cerca de 17%. No geral, cresceu de 1,7 milhões para 2,1 milhões, 390 mil pessoas a mais, crescimento de 23%!
- Desta forma, na era Lula, o número de funcionários ativos aumentou 17%, a inflação foi de 26% e o aumento dos custos foi de 92%. Não há dúvida sobre qual categoria foi beneficiada, em primeiríssimo lugar, pela suposta melhoria de renda do brasileiro.
- Em média, um servidor público federal custa aos cofres públicos R$ 74 mil por ano.
- Em média, um trabalhador brasileiro custa em média aos cofres privados R$ 23 mil por ano, considerando sobre o salário mais 100% de tributos(o salário real anual é de R$ 11,5 mil).
- Resumo: um funcionário público custa ao país 160% do que um empregado da iniciativa privada.
Se o Brasil seguisse a premissa do IPEA e tivesse 14,8% da população empregada no funcionalismo público, chegaríamos a 4,1 milhões de empregados, considerando ativos e inativos, a um custo anual de R$ 300 bilhões por ano. Só mesmo virando uma ditadura socialista, como a petralha sonha.
13 comentários
E O SONHO 'DELES' (PARA O MEU DESGOSTO) ESTA É MUITO PERTO...
ReplyAFINAL, OS "NINGUEM" NADA FAZEM !
CAPISCE ?
;-(
Muito cuidado que o IBGE tambem está seguindo o mesmo caminho do IPEA...
ReplyCoronel, dei uma lida rápida (um pouco "diagonal") e constatei o seguinte: a pegadinha lá no estudo do aparelhadíssimo IPEA é uma coisa muito simples: eles comparam "empregos públicos" em relação ao "total de ocupados". Em outras palavras, eles se referem aos assalariados dos países participantes. Só que na hora de comparar a quantidade de barnabés por habitante o estudo se restringe às diferenças regionais do Brasil. Cadê a comparação com outros países? Quantos funcionários públicos por HABITANTE os países desenvolvidos tem? Ou ainda: quanto custa o funcionalismo público nos países comparados em relação aos seus respectivos PIB´s?
Francamente viu. E pensar que o IPEA já foi bom...
Que eu saiba os EUA tem 2 milhões de funcionários públicos nas forças armadas o que é justificavel devido a importância deste tema naquele país,portanto o problema do IPEA é que para burrice não existe transplante.
ReplyCoronel,
ReplyO quê mais esperar do IPEA sob a gestão de Marcio Pochmann? Economista e professor da Unicamp que se apóia nesta pretensa autoridade para a prevalência de sua argumentação, Pochmann não passa de um apparatchik petista na comunidade acadêmica.
Este senhor é useiro e vezeiro em torturar a verdade para praticar o que os petistas mais gostam de fazer: atacar a reputação e os feitos de seus oponentes. Usa também estas "qualidades" de prestidigitador intelectual para propagar a idéia de que a visão socialista é a que oferece um amanhã radioso aos brasileiros.
Exemplo do que falo: em artigo publicado há cerca de um ano, Pochmann afirmou que
“À medida que o Brasil vai se distanciando da visão neoliberal, o emprego assalariado volta a crescer, permitindo que o desemprego comece a diminuir. O país está longe do ideal, mas não há por que deixar de acreditar que o desemprego possa voltar às taxas inferiores a 3% da população economicamente ativa.”
Salta aos olhos a desonestidade intelectual desta argumentação. Se houve - e ainda há - condições para diminuição do desemprego e retomada do crescimento (mesmo que discretamente) isso se deve justamente às políticas adotadas por FHC - desestatização, redução do gasto público, regime de metas de inflação, âncora cambial e superávit primário, entre outras.
Mas, petista até a medula que é, Pochmann taxa de "neoliberais" estas políticas, o que para a laia da igrejinha socialista significa uma grave ofensa. Este termo, cunhado pelas esquerdas ocidentais após a queda do Muro de Berlin, retoma o ataque ao liberalismo por parte dos socialistas, coisa que ficou demodé após os povos da Europa Oriental, da Rússia e das repúblicas ex-soviéticas jogarem na lata de lixo o socialismo.
Persistindo na desonestidade intelectual, Pochmann "se esquece" de taxar Lula de neoliberal, mesmo tendo sido mantidas desde 2003 TODAS as políticas herdadas de FHC exceto a desestatização e a redução do gasto público - porque os ratos magros do PT precisavam se refestelar, é claro. Pochmann et caterva chamaram as reformas de FHC de "herança maldita" mas preservaram tudo, rasgando o programa econômico do PT. Que certamente foi feito com a colaboração de Pochmann, estrela da inteligentzia petista - que Paulo Francis chamaria de burritzia, a propósito...
Com gente assim na Academia e no IPEA, o quê esperar como resultado? Apenas trabalhos que partem de uma tese fajuta e ajustam os fatos a ela, que em seguida empurram goela abaixo dos brasileiros, sem ligar para aqueles que tem um mínimo de miolos.
Se fosse só um caso de desonestidade intelectual, já seria ruim. Mas Pochmann é também excelente prova de que socialistas só gostam de liberdade como instrumento de tomada do poder, e depois disso se tornam adeptos incondicionais da ditadura. Fiel ao modo de ser socialista, Pochmann não tolera a pluralidade e a divergência, e com seu viés totalitário, no mais puro corte stalinista, fez vários pesquisadores do primeiro time deixarem o IPEA pouco tempo após ser empossado na presidência do instituto. Um verdadeiro expurgo.
Tristes trópicos, estes...
Abraços gerais.
EMPREGO TRANQUILO.
ReplyCom esses empregos todos, a petralhada vai poder passar a crise com tranquilidade.
Afinal, a vaca tetuda vai alimentá-los por algum tempo.
Coronel,
ReplyVeja que os dados dos EUA devem incluir as estatais como correio, depts. ade agua e esgoto etc e tal... Que na conta do brasil devem ter ficado de fora.
PÔ!
Reply...esse Brainiac é bom, uma grata surpresa.
Espero não "queimar a lingua" ao me precipitar no julgamento. |Mas o cara é uma grata revelação, pelo menos no que tenho lido. Pega em pontos pouco percebidos mas de grande importancia. Show!
Abs
C. Mouro
Sobre o correio nos EUA:
Reply"The U.S. Postal Service announced Friday [em fevereiro] it is closing six of its 80 district offices, cutting 15 percent of its administrative staff positions, eliminating more than 1,400 supervisory positions around the country and offering early retirement to about 150,000 workers in an effort to save $100 million a year."
http://www.kbtx.com/national/headlines/41593077.html
E aqui em banania, quando comeca o corte de cargos publicos?
Coronel, boa tarde.
ReplyEntendo que o senhor tocou em um dos tópicos que mais deveriam ser objeto de investigação pelas pessoas sérias de nosso país. Posso, modestamente, colaborar com alguns dados: foram feitos concursos públicos em vários órgãos do governo federal para preenchimento dos quadros que estão ocupados por contratados(leia-se: "cumpanheros"). Isso foi exigênçia do Ministério Público. Pois bem, após realizados os concursos, com a posse dos aprovados, nenhum contratado foi demitido! Só para exemplificar melhor e dar nomes aos bois (êpa!): no Ministério da Saúde em Brasília, existem hoje 3 funcionários contratados para cada 1 funcionário do quadro do MS. E onde está o zeloso Ministério Público que não aciona o sr. ministro e a senhora secretária executiva, que foi quem fêz os concursos?
Acho que esse tema deveria ser objeto do verdadeiro jornalismo investigativo, para que a nação tenha uma idéia mais precisa do que está ocorrendo no serviço público federal
Será que esses lambe-botas do Ipea não têm nem um pingo de vergonha cara?
ReplyFuncionários públicos são importantes sim, em determinadas funções.
ReplyAgora, em um mundo real, os salários da iniciativa privada devem ser superiores aos do setor público pq os da iniciativa privada são mais exigidos e não têm a estabilidade do
setor público.
No Brasil, é frequente ocorrer o contrário.
E, muito triste, a maior parte da população sonha com um emprego no
setor público não por vocação e sim por causa da estabilidade!
O resto é conversa mole pra boi dormir, vaca engordar e bezerro mamar! (peguei essa outro dia no blog do Noblat - rs)
Brainiac:
Replythanks for the brilliant analysis.
É preciso retirar o imbecil socialista do Lulla de seu emprego no Palácio do Planalto, antes que elle declare fundada a República Popular do Brasil.
Infelizmente, não podemos contar nessa tarefa com a grande imprensa, ups eu quiz dizer com a equipe de estenógrafos do Lulla.
Como diria Roberto Campos, Lulla tem aquele olhar dos que já se despediram da Razão.
Hereticus
PS. Seria bom que Harvard se enforcasse coletivamente! Depois de nos brindar com Obama e seu professor Mangabeira Unger, este seria o único gesto decente.
O inchaço da maquina publica serve para inchar o bolso da canalhada. E viva o PT, o partido limpo(?).
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