Post de Yoani Sanchez, do Generación Y, maior e mais respeitado blog cubano:
A bola está na área cubana depois que Obama a lançou ontem, anunciando novas flexibilizações em sua política para Cuba. Os jogadores do lado de cá parecem algo confusos, hesitando entre pegar a bola, criticá-la ou simplesmente ignorá-la. O contexto não podia ser melhor: a fidelidade ao governo nunca havia parecido mais perversa e o fervor ideológico não havia estado - como agora - tão por baixo. Ainda por cima, poucos acreditam todavia no conto do poderoso vizinho que virá nos atacar e a maioria sente que esta confrontação durou muito tempo.A próxima jogada cabe ao governo de Raúl Castro, porém pressinto que nós ficaremos esperando. Deveria “despenalizar a discrepância política“, o que deixaria sem efeito - imediatamente - as longas condenações ao cárcere dos que foram castigados por delitos de opinião. A bola que desejaríamos que ele lançasse seria abrir espaços para a iniciativa cidadã, permitir a livre associação e - num gesto de grande honestidade política - por seu posto a disposição de verdadeiras eleições populares. Num ousado salto sobre o campo, “o eterno segundo” teria que se atrever a dar algo mais que um ramo de oliveira. Esperamos que elimine as restrições migratórias, que ponha fim a esse negócio extorsivo que se converteu a permissão para sair ou para retornar à Ilha.O jogo se tornaria mais dinâmico se deixassem o povo cubano pegar a instável bola das mudanças. Muitos a chutaríamos para que termine a censura, o controle estatal sobre a informação, a seleção ideológica para ocupar certos empregos, o doutrinamento na educação e o castigo ao que pensa diferente. A lançaríamos para que nos deixem navegar na internet sem páginas bloqueadas ou para que nos microfones abertos possamos dizer a palavra “liberdade” e não sermos acusados - por ele - de fazer “uma provocação contra-revolucionária”.Vários de nós descemos das distantes arquibancadas, de onde olhávamos a partida. Se o governo cubano não pega a bola, há milhares de mãos dispostas a usar sua vez de lançamento.
A bola está na área cubana depois que Obama a lançou ontem, anunciando novas flexibilizações em sua política para Cuba. Os jogadores do lado de cá parecem algo confusos, hesitando entre pegar a bola, criticá-la ou simplesmente ignorá-la. O contexto não podia ser melhor: a fidelidade ao governo nunca havia parecido mais perversa e o fervor ideológico não havia estado - como agora - tão por baixo. Ainda por cima, poucos acreditam todavia no conto do poderoso vizinho que virá nos atacar e a maioria sente que esta confrontação durou muito tempo.A próxima jogada cabe ao governo de Raúl Castro, porém pressinto que nós ficaremos esperando. Deveria “despenalizar a discrepância política“, o que deixaria sem efeito - imediatamente - as longas condenações ao cárcere dos que foram castigados por delitos de opinião. A bola que desejaríamos que ele lançasse seria abrir espaços para a iniciativa cidadã, permitir a livre associação e - num gesto de grande honestidade política - por seu posto a disposição de verdadeiras eleições populares. Num ousado salto sobre o campo, “o eterno segundo” teria que se atrever a dar algo mais que um ramo de oliveira. Esperamos que elimine as restrições migratórias, que ponha fim a esse negócio extorsivo que se converteu a permissão para sair ou para retornar à Ilha.O jogo se tornaria mais dinâmico se deixassem o povo cubano pegar a instável bola das mudanças. Muitos a chutaríamos para que termine a censura, o controle estatal sobre a informação, a seleção ideológica para ocupar certos empregos, o doutrinamento na educação e o castigo ao que pensa diferente. A lançaríamos para que nos deixem navegar na internet sem páginas bloqueadas ou para que nos microfones abertos possamos dizer a palavra “liberdade” e não sermos acusados - por ele - de fazer “uma provocação contra-revolucionária”.Vários de nós descemos das distantes arquibancadas, de onde olhávamos a partida. Se o governo cubano não pega a bola, há milhares de mãos dispostas a usar sua vez de lançamento.
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Um pequeno texto feito por uma cubana aprisionada, sob medida para a pequenez de Celso Amorim, o ministro pequeno de Lula, que disse que Obama fez um "pequeno gesto". Pequeno para este pequeno rato amestrado de quem seria exagerado esperar que tivesse uma visão de quem sofre na pele e no estômago a ditadura do assassino Raul Castro, o "eterno segundo", aquele que vendava os olhos das vítimas para os fuzilamentos à sangue frio comandados por Fidel e Che.
6 comentários
Coronel
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"Cuba si, Castro no."
Na minha opinião de caribenho, pois moro ao sul de Porto Rico
numa das Ilhas Virgens, OBAMA É O CARA,
sem dúvida.
E principalmente é muito inteligente.
Obama sabe decidir.Explico: Todas as ilhas pobres e paradisíacas daqui vivem com liberdade
de informação e milhares de dólares que todo dia são trazidos pelos turistas americanos
ou remetidos por ilhéus emigrantes que hoje moram nos
US na Florida, em Louisiana ou no Texas. Muita gente na Califórnia e
em New York.
O inglês e os dólares são correntes em qualquer ilha caribenha.
Mesmo possessões francesas ou holandesas falam inglês e
transacionam em dólares ou euros, no caso.
Graças a Deus.
Cuba estava impedida por Fidel e pelos US de participar
dessa quermesse diária de dólares e agora Obama abriu uma janela no muro socialista.
Um cavalo de tróia que pode abalar a Revolução Cubana.
Dólares e telecomunicações. Poder aquisitivo e liberdade de informação.
"Cuba si, Castro no." Obama repercutiu em alto e em
bom espanhol, a famosa frase de R.Reagan de tempos atrás.
Fidel não gostou. Disse que para o povo cubano é pouco.Cadê os turistas americanos?
E humildemente nada oferece em troca. Bravateia e é só. É esmola.Obamanodrama por outro lado, sabe que Lululalá
é vaidoso, despreparado e adora ser bajulado e elogiou-o
chamando-o de líder, de “o cara” e “boa pinta” no G-20.
Disse para seus eleitores em off: Este cara é diferente do maluco do Chavez.
Lululalá adorou Obama e agora “Obama é gente como a gente.
Como um carioca ou um baiano”. Lululalá amancebou-se por Obama.Agora (Obama) deu um “gambito triplo” nos Castro+Chaves+Lula e etc.
esvaziando o discurso bolivariano dos 3 na próxima Cúpula das Américas.
Além de um xeque-mate nos Castro.
Resultado: livre informação e milhares de dólares que encherão o bolso
e a consciência do sofrido povo cubano. Com a visita de parentes com melhor
nível de vida, entrada de dólares, Internet, celulares e acesso por satélite
às TVs e rádios americanas, daqui a alguns anos os Castro serão apenas
o triste passado. Serão expulsos pela corrupção de seus ex-seguidores
interessados apenas em lucrar com os novos milhares de dólares dos
cubanos ilhéus, trazidos ou remetidos por seus parentes imigrantes
que moram nos US.
No futuro, restarão da Cuba atual apenas fotografias envelhecidas
de Castro ou de Guevara, na época da Revolução empoeiradas na
parede ou escondidas no fundo dos baús das famílias cubanas mais
conservadoras. Ainda um pouco ressabiadas ao votar pra Presidente
e essas coisas comuns nos países democráticos.
"Cuba si, Castro no."
Assim penso,
Abs.4/14/2009
Three months into his presidency, Barack Obama stands
out as perhaps the most trusted figure in American politics.
In a new Public Strategies Inc./POLITICO national survey of 1,000 registered voters,
Obama outdistances figures
on both the left and the right in earning the public’s trust, with two-thirds of respondents
saying they trust the president
“to identify the right solutions to the problems we face as a nation.”Leia mais http://www.politico.com/.
Coronel:
Replynão se iluda. A verdadeira intenção de Lulla e seu pequeno chanceler é ver o Brasil regredir à era stalinista.
Na área da Educação superior teremos a USP rebatizada de Universidade Karl Marx, e a sua Faculdade de Economia terá um Departamento de Planejamento Central, com a Dilma como chefe do departamento.
Todos os alunos da graduação terão que frequentar por dois anos letivos a disciplina "Materialismo dialético". É verdade que as mudanças necessárias para tanto serão mínimas...
Hereticus
Coronel,
Replyassim como escrevei no RA, escrevo aqui a mesma coisa.
O embargo de Cuba é absolutamente irrelevante, pois somente os Eua tem embargo. A questao toda é o fato de que Cuba nao consegue produzir nada, nem produtos, nem servicos a precos ou qualidades competitivas no mercado internacional.
A China comunista se da bem pois consegue exportar varios produtos abaixo do preco de mercado usando de metodos como mao de obra escrava. Mas, enfim, Cuba so consegue mesmo exportar charutos; de resto Cuba nao pode comprar nada porque nao tem dinheiro; nem consegue vender nada, pois nao tem realmente nada para vender.
"Dar um gambito" significa dar "uma rasteira"?!
ReplyQue engraçado! Vivendo e aprendendo.
Agora é fácil condenar o embargo. Cada coisa no seu tempo. Enquanto o povo cubano estava babando nas partes intimas de Fidel e da "revolucion" aos Estados Unidos não cabia outra coisa a não ser privá-los do tão detestado "american way of life". Hoje a situação é outra. O povo cubano está cansado, desiludido, descrente da promessa do "novo mundo possível" e por isso a decisão de Obama será sucesso. Vejam que mesmo ele, sabiamente, coloca restrição a que o dinheiro caia nas mãos do governo cubano. O fluxo será de cidadãos para cidadãos. Grande sacada. E os petralhas de lá se quiserem pôr a mão na grana terão que inventar expedientes quaisquer que irritarão mais o povo cubano já "emputecido".
ReplyJ.Carraro
Coronel, hora do aproveitamento do êxito:
Reply"DIRETAS JÁ, EM CUBA!!!"
Em eleição com supervisão internacional.