Auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) apontou indício de superfaturamento de R$ 5,58 milhões no custo de pavimentação de 50 km da rodovia BR-163, no norte de Mato Grosso, executada pelo 9º Batalhão de Engenharia de Construção do Exército.A obra vai de Guarantã do Norte à divisa com o Pará e é considerada essencial para o escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste para o porto de Santarém, no Pará.Ao questionar o custo de pavimentação, o TCU deixa sob suspeita as 103 obras em execução pelo Exército, porque, segundo o comandante do 9º Batalhão, coronel Fernando Miranda, os 11 batalhões de Engenharia seguem os mesmos procedimentos. Só no âmbito do Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes), o Exército tem 57 convênios para obras rodoviárias, que somam R$ 1,624 bilhão.O TCU questionou o Exército por incluir no custo depreciação dos equipamentos comprados com verba da União, pagamento de horas improdutivas de mão-de-obra e equipamentos e percentual para cobertura de custos indiretos.Os preços orçados pelo Exército, segundo o TCU, ultrapassam os do Sicro (Sistema de Custos Rodoviários), que são a referência de preços máximos para contratação de obras pelo Dnit. Daí ter sido identificado o sobrepreço de R$ 5,58 milhões.O TCU determinou que o Exército ajuste seus preços, ou, na impossibilidade de redução, que o Dnit licite a obra para o setor privado. Segundo a auditoria, o Exército não paga impostos, recebe adiantado para executar a obra e tem mão-de-obra custeada pela União e seus preços deveriam ser inferiores.O Exército e o Dnit entraram com recurso no TCU contra parte das determinações, mas o recurso ainda não foi julgado.
Disputa de mercado
Há uma crescente reação das empreiteiras ao crescimento da atuação do Exército nessa área. O presidente do Sinicon (Sindicato Nacional da Indústria de Construção Pesada), Luiz Fernando dos Santos Reis, diz que o Exército tem obras que poderiam ser feitas por empresas.Segundo o Sinicon, as obras do Exército deveriam custar de 30% a 40% menos do que as das construtoras, pelos motivos apontados na auditoria do TCU: não paga impostos, não tem encargos, recebe adiantado para executar as obras.""Se o soldado está na folha de pagamentos da União, o Exército não pode ter o mesmo preço por metro cúbico de terra escavada de uma construtora privada", afirma Santos Reis.A crise global deve aumentar a disputa por espaços entre construtoras e Exército. "Antes, as construtoras estavam ocupadas com indústrias siderúrgicas, de papel e celulose, petróleo e gás. As contratações do setor privado vão diminuir, e o Exército está ocupando as obras públicas. Essa é a briga", afirma o presidente do Sinicon. Antes de ser repassada ao Exército, a pavimentação da BR-163 foi delegada a Mato Grosso, que chegou a licitá-la.Ela foi orçada, inicialmente, em R$ 41 milhões. As empreiteiras Geosolo Engenharia e Empresa Brasileira de Construções venceram a licitação, que acabou anulada. Em fevereiro, o Dnit assinou o convênio com o Exército, no valor de R$ 49 milhões, e liberou o pagamento de R$ 25 milhões para o começo da empreitada.Segundo o TCU, o Exército teria superdimensionado canteiro de obras, alojamento, serviços de terraplenagem, pavimentação e desmatamento em relação às necessidades do projeto básico, feito pela empresa Agritop. Ele previa alojamento de 1.518 m2. O Exército aumentou para 4.665 m2.
9 comentários
só para não criar alarde em pleno Natal.
Replyalojamento de 1.518 m2 É UM GALINHEIRO PARA ENGORDA DE FRANGOS.
Não comporta nadaaaaaaa.
passem as ameixas...eheheheh
abraços
Coronel,
ReplyInfelizmente Tá Tudo Dominado!
Cadê, a vaia da galera
PeTralha, Traficante, Milícia tá dominando tudo
Meche e remeche e estes parasitas continuam lá
Mostram com o dedo, mas tá tudo dominado
Ta dominado
Ta tudo dominado
Ta dominado
Ta tudo dominado
BRASIL um país de corruptos.
Tamu Fú....
Guga
Coronel, tudo dominado como câncer, metástase tomou conta do tecido.
ReplySe militares, soldados e oficiais engenheiros estão na folha de pagamento do EB não devem mesmo contar como gasto com mão-de-obra.Ok.
ReplyMas esses militares estão trabalhando onde?Depois do serviço voltam pra casa e gastam só com seu transporte casa-trabalho?Ou vaõ ter de tirar do bolso gastos com passagens pra visitar a família que ficou compulsoriamente longe?Gastam além do que gastariam se trabalhassem onde moram?Com transporte, moradia, hospedagem e alimentação por fora, que não gastariam em situação 'normal'?
Pergunto porque andam dizendo por aí, por aqui e tal, que se tem salário e estabilidade não precisam de diárias para compensar alimentação e deslocamentos para outros lugares que NÃO o de trabalho...Imagino todos tirando do salário minguado pra sustentar família e ainda os extras a que são obrigados a arcar,posto que são convocados...
Se forem cargos de confiança até concordo que paguem mesmo.
Mas um funcionário sair, digamos, do litoral, pra dar treinamento num lugar que não permita voltar no mesmo dia( no oeste do estado,ou que ainda podendo voltar tenha de tirar do salário passagens de ônibus mais caras do que o busão diário,ou ainda combustível e desgaste do próprio carro(se tiver um) e alimentação, além do que prevê no seu orçamento,dentro do que ganha,sem compensação?Viramos todos missionários voluntários e não avisaram?
Ademais,voltando ao ,milicos empreiteiros. que qualidade de estradas teremos? tão ruins e caras como das empreiteiras comuns,com asfaltocasca de ovo? Ou melhorzinha um cadinho? E depois a estrada, a ponte etc.,feita com dinheiro PÚBLICO!!!vai ser explorada pela iniciativa privada com pedágios?
Estrada pedagiada deve ser construída pela iniciativa privada com recursos próprios.Se usou recursos estatais,como BNDES, portanto foi paga pelo contribuinte!!,vão cobrar pedágio pelo quê?Manutenção??Então tirem dos pedágios os valores que correspondam à obra em si, deixem apenas os que são só da manutenção terceirizada.
Quando empreiteira deixa obra pela metade,afana o dinheiro do mané,como a Encol,sem falar no cafofo que dasaba, afunda, racha,mal foi ocupado,as empreiteiras não se unem pra cobrar planilhas, né não?
Já levaram o tutu...Casa? apartamento?estrada? Ponte? não foram entregues?Caíram?ahhh problema do banco que financiou, né não?A empreiteira, bem empreiteira já não te pertence mais...nem o bem.E dona Justa nem tá aí.
Temos um caso emblemático em Floripa.Empreiteira picareta faz onra que danifica um prédio de apartamentos inteiro,obriga todos os moradores a saírem com a roupa do corpo,não podem voltar pra tirar seus pertences pela interdição da Defesa Civil,vivem a insegurança de onde morar, infernizam a vida de todo mundo e dona Justa nem faz nem desocupa a moita...Mas o prediozinho da empreiteira não parou, não foi interdiado,não sofreu desvaloriazação, subiu, subiu e está quase entregue...
Fico imaginando se fosse obra militar...
E sem precisar imaginar...Se com moradores de classse média alta fizeram o que fizeram,nem vou levantar a lebre sobre o que acontece com os chapéus de palha de Cohabão.
¬¬
Lia
Nesse desgoverno e proido não ROUBAR!
ReplyCoronel,
ReplyNao sobrou mais nada. So fechando para balanco.
O problema mesmo é que com o Exército não tem como cobrar uma comissão "por fora" !!
ReplyA postagem anterior foi esclarecedora. A "iniciativa privada" tem o péssimo hábito de aplicar "aditivos de preços e prazos" depois de iniciadas as obras, ou seja, quando sua continuidade torna-se imperativa. Tal prática, aceita como normal pelas "otoridades", é o que faz com que as "obras" terminem custando duas ou três vezes a previsão inicial (vide gastos do Pan, até hoje não explicados). Assim é fácil apresentar uma "planilha" menor, onde não consta nem a propina que será destinada aos que irão "fiscalizar" as obras.
ReplyEsqueci de fazer a observação sobre o comentário muito bem feito da sra. (ou srta.) Lia, das 11:59.
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