Lula cancelou a sua agenda de hoje para voar de Brasília a São Paulo para velar um amigo sindicalista. "Bolinha"era um paciente em estado terminal, acometido de um câncer de pulmão. Era ex-presidente do "dindincato" dos metalúrgicos de Sorocaba, São Paulo. Para voar até Santa Catarina, onde dezenas de brasileiros morreram na tragédia das cheias e deslizamentos, o Presidente Lula demorou vários dias. À época, avisou que era impossível mudar a agenda para vir ao estado. Hoje cancelou todos os compromissos para dar o último adeus ao companheiro.
10 comentários
E lá vamos 'nóis' pagando as locomoções particulares do presidente. Esse seu Bolinha representa o quê para o país? É família?
ReplyHoje é dia de trabalho.
Que mandasse condolências e um representante.
Essa gente sindicalista não sabe separar mesmo as coisas. Acham que temos que lhes patrocinar tudo.
Lilyanne
Coronel,
ReplyO unico comentario publicavel que Dr Evil pode fazer, e: um a menos. Que o diabo o carregue.
Coronel
ReplyTem razão! Só um grande FDP pode proceder como ele hoje fez. Viajou à nossa custa para prestar homenagem a um bolchevique, desmarcando todos compromissos. Mas para SC só foi por pressão da midia, começando pelo seu Blog e, mesmo assim ,não falou com nenhum sinistrado nem foi a nenhum centro de acolhimento das vitimas.
Porque razão esse Aero lula 51 bolchevique, não cai?
Marechal,
ReplyNão há como lamentar o fato
mais 1qsifú
Amores, amores e negócios (trabalho) à parte.
ReplyFazer o quê, não é?
Sadismo explícito ou impressão minha?
ReplyJá perceberam que toda vez que ocorre uma tragédia aparece uma pesquisa com altos índices de popularidade?
Foi assim após os acidentes aéreos. No lugar de uma manifestação de apoio e pesar, comemorações, com direito a top-top.
Quando um barco afundou no Amazonas, matando centenas de pessoas, o presidente estava perto, num palanque, comemorando resultados de pesquisas.
Visitou o local da tragédia? Claro que não.
Suas lágrimas e sua suposta sensibilidade se resumem ao teatrinho armado pelos marqueteiros espertos.
Na verdade, seu coração é uma rocha inabalável.
Coronel, foi exatamente isso que pensei mas,confesso, não fiquei surpresa.
ReplyPedir sensibilidade a um cidadão que é narcisista ao extremo é "chover no molhado".
Quando daquela desgraça que ocorreu com a jovem na prisão no Pará foi a mesma coisa. Até a ministra Nilcéia não deu as caras por vários dias.
Coração de pedra é o que move essa gente, mas quando se trata de fender o$ seu$ intere$$e$ aí a coisa muda de figura.
sumy sm-b8
Coronel
ReplyO vagabundo comandante-em-chefe das nossas FA, almoçou com os generais. Melancias ou não, estiveram lá todos ou quase todos para lhe prestarem vassalagem e ouvirem comovidos seu discurso besta, mentiroso e demagógico.
Desculpou-se de não ter ajudado as nossas FA porque não tinha dinheiro em 2003, 2004, 2005 e 2006. Mas agora tem! E antes, quando ajudou África, Venezuela, Bolívia, Argentina, Equador, Peru, Paraguai, Uruguai, Cuba e outros do Foro de São Paulo. Aí sempre houve dinheiro! Mara o MST, PT, INCRA, FUNASA, FUNAI, UNE sempre houve dinheiro. Para as FA, nada! Mas agora há! Haverá mesmo? Ele è especialista em prometer e mentir! Ele odeia as nossas FA tal como FHC.
Falou no Conselho Bolchevique de Defesa na América do Sul e na UNASUL para o manter. Para isso, já há dinheiro, mas para nossas FA nunca houve! E os bilhões de US$ que andou oferecendo à Venezuela e Cuba?
Falou do respeito que todos têm com o Brasil! Respeito? Isso do Equador? È respeito? Prefiro o insulto! E Bolívia, Venezuela e Paraguai dizendo que não pagam a s dividas para conosco e que vão rever os contratos, onde estarão bem visíveis as falhas contratuais colocadas propositadamente para que não paguem? Quem deu essa ordem traidora, senão ele? E isso è o Brasil respeitado?
Falou na crise econômica, que estranhamente por aqui, ela não è sentida. Como? Mentiroso relapso e contumaz. Malandro!
Falou na ajuda de alimentos e remédios pela Marinha e Aeronáutica para o Haiti, Jamaica e Cuba após os furacões mas não deu uma palavra de reconhecimento aos sinistrados em Santa Catarina e na ajuda que tiveram das nossas Forças Armadas. È por serem branquelas e não bolcheviques?
Tive asco e vergonha em ler o discurso todo. Só mesmo melancias conseguem gostar desse cachaceiro e adorá-lo!
Brasil, Si Fú!
"Eu tenho certeza de que vocês, como eu, aprenderam desde pequenos que em casa que não tem pão, todo mundo briga e ninguém tem razão. Os tempos difíceis que nós passamos em 2003, 2004 e 2005, onde os recursos da União funcionavam como se fossem um cobertor curto – quando a gente cobria a cabeça, os pés ficavam descobertos, e quando cobríamos os pés, a cabeça ficava descoberta – esse período passou. O Brasil se transformou numa nação economicamente mais justa, o Brasil se transformou, politicamente, num país mais respeitado."
(...)
"Conseguimos unanimidade para construir um Conselho de Defesa na América do Sul, estamos trabalhando seriamente para criarmos uma unidade na América do Sul através da Unasul, e estamos trabalhando como nunca trabalhamos para que o Brasil jogue o seu papel como maior economia, como maior nação da América do Sul na política de solidariedade para ajudar os países vizinhos a se desenvolverem."
(...)
"Vocês estão acompanhando o noticiário e estão notando que o governo tem feito todo o esforço, tomado todas as medidas para que a gente evite que essa crise chegue aqui do tamanho que ela já está nos Estados Unidos, na Europa e no Japão. É exatamente nesse momento de crise que nós temos que ter inteligência, maturidade e paciência, para não tomarmos nenhuma medida precipitada e tomarmos a medida para que a economia brasileira continue a crescer e que a gente não sofra a recessão que já está acontecendo na Europa e nos Estados Unidos."
(...)
"Transporte de alimentos e remédios pela Marinha e Aeronáutica para o Haiti, Jamaica e Cuba após os furacões."
(...)
http://www.defesanet.com.br/md1/lula_08dez08.htm
Deveriam ter enterrado o molusco juntamente c/ o companheiro sindicalista.
Replyé longo, mas explica porque o Lula foi no enterro do Bolinha. Evoé, Vinícius...
ReplyE o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o Diabo:
– Dar-te-ei todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e dou-o a quem quero; portanto, se tu me adorares, tudo será teu.
E Jesus, respondendo, disse-lhe:
– Vai-te, Satanás; porque está escrito: adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás.
Lucas, cap. V, vs. 5-8.
Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia, por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.
De fato, como podia
Um operário em construção
Compreender por que um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia...
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse, eventualmente
Um operário em construção.
Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
– Garrafa, prato, facão –
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário,
Um operário em construção.
Olhou em torno: gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem o fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.
Ah, homens de pensamento
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento!
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.
Foi dentro da compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário.
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois além do que sabia
– Exercer a profissão –
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.
E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.
E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia sim
Começou a dizer não.
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:
Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.
E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução.
Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão.
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação
– "Convençam-no" do contrário –
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isso sorria.
Dia seguinte, o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu, por destinado
Sua primeira agressão.
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!
Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras se seguiram
Muitas outras seguirão.
Porém, por imprescindível
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.
Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo vário.
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
– Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem bem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher.
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.
Disse, e fitou o operário
Que olhava e que refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria.
O operário via as casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!
– Loucura! – gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
– Mentira! – disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.
E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Com o medo em solidão.
Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão.
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão.
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção.