Santa e bela Catarina.

É impressionante. Chove há 15 semanas em Santa Catarina, mais especificamente no litoral. Chove dois dias, pára um dia. Chove à noite, pára durante o dia. Ninguém notou que tudo estava chegando ao limite. De repente, nos últimos três dias, o copo transbordou. Cidades inundadas. Queda de barreiras. Deslizamentos. Estradas e ruas bloqueadas. Mortes. É preciso recuperar o estado, pois faltam apenas 30 dias para o início das férias e por mais que reclamemos do trânsito, da falta de água e dos argentinos no verão, vivemos de turismo. Toda a ajuda é bem-vinda. E todos vocês serão bem-vindos a partir de dezembro, pois vamos, a partir de hoje, reerguer tudo na bela e Santa Catarina.

8 comentários

Pois vocês catarinenses tem toda minha torcida para a recuperação.
Claro que tambem sou parte interessada: devo aproveitar meu verão por aí a aprtir de janeiro.

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DO BOB JEFF


Ele sai, mas fica

Conta a revista Veja que as esperanças do presidente Lula em ver o delegado Paulo Lacerda reconduzido à direção da Abin estão definhando. Lula afastou Lacerda da agência quando tudo o que existia era o escândalo de ter o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, grampeado. Nestes três meses em que Lacerda ficou de molho, muito mais foi descoberto, inclusive a legião de mais de 80 arapongas agindo na Operação Satiagraha, que devia ser toda e apenas da Polícia Federal. O presidente sabe que não pode recolocar o delegado na Abin, mas sabe também que não pode joga-lo na fogueira como outros tantos companheiros. Ao que tudo indica, em breve Paulo Lacerda, ex-diretor-geral da Polícia Federal e da Abin terá um novo cargo.

Semente plantada

Ali, perdida no meio da matéria sobre o futuro de Paulo Lacerda, a Veja plantou uma preocupante semente. Diz a reportagem que os mais de 80 arapongas envolvidos na Satiagraha acreditavam que estavam cumprindo uma "missão presidencial". A revista esclarece que "até onde se sabe" Lula nada tinha a ver com este quiprocó entre Abin e PF, mas instiga: "imagine se tudo o que foi descoberto realmente tiver origem em uma 'missão presidencial'. Melhor nem imaginar". A semente de um escândalo bombástico está plantada, mas não podemos esquecer que o presidente nunca sabe de nada, então porque saberia da Abin?

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Ontem eu ia dizer que havia muita coisa acontecendo por aí com aviso prévio reiterado. De fato.

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Devagar com o carro-pipa...

Comparar tragédias é mesmo coisa delicada, quem sabe inútil, mas a retrospectiva não aponta a de agora como sendo a 'maior tragédia' de SC, como está a cantar o LHS na TV, com aquela cara de viúvo compungido...

Evidentemente que para os que estão sendo atingidos agora , pela primeira vez,nada há de pior.
O que dizer, então,dos que estão sendo pegos pela segunda vez,tirando os alagamentos localizados a cada chuva,sobretudo os torós de verão, todo fim de tarde.

Para governador nenhum existe drama.Nunca foram atingidos onde moram,nem mesmo suas famílias.No Palácio da Agronômica nunca tem nem poça d'água.

Pulando essa parte,consideremos que a cobertura jornalística-urubulística evoluiu muito em tecnologia, em recursos de cobertura,em tempo real,em coleta e armazenamento de imagens.Impensáveis em 83,na enchente que deixou DOIS TERÇOS do estado debaixo d'água!Foi maior em extensão e profundidade.
Não se trata de um campeonato de desgraças disputando o troféu de 'a maior de'...

Quem viveu a enchente de Tubarão( e entorno), a então 'cidade azul',que virou cidade marrom,pelos idos de 74,
mais localizada, porém não menos trágica, que o diga.Até hoje não se sabe exatamente o número de mortos e desaparecidos.O desespero de tentar localizar corpos levados pelo rio,na área de encontro com o mar,que a gente chamava de barra(a foz),tudo em vão.
O refluxo das águas revelaria ainda mais terror, sobretudo nos interior dos municípios.As casas invadidas,quantas escaparam?,quando foram arrombadas pelas equipes de socorro,estavam literalmente entupidas até os sótãos de uma lama que endureceu rapidamente.Famílias inteiras foram achadas 'sepultadas' na lama, dentro de suas casas.O que não foi levado pela água ficou destruído pela lama entranhada que não saía por nada no mundo.Documentos pessoais, públicos etc.
Tive uma colega de colégio que tinha vindo estudar em Fpolis,a certidão de nascimento dela era barro puro.
Por uma dessas razões que não se sabe explicar,a cidade foi poupada de nova tragédia dez anos depois, em 83, quando houve a grande enchente que já citei antes.

A região da capital escapou quase sem danos.Foi a sorte porque aqui se concentraram as operações de ajuda, de coleta de donativos( terminal rodoviário Rita Maria, quem não se lembra, se ainda for vivo?Faltava de tudo, principalmente material hospitalar e de cuidados pessoais.A doação de roupas,comida que não precisasse de refrigeração e de preparo complicado , pois não tinha como preparar nada nem com fogão a gás, nem à lenha, a incrível falta de água potável por dias seguidos{ não havia tanta água mineral engarrafada como tem hoje, nem leite longa vida), jogadas de helicópteros!, e a loucura que era pedir de casa em casa quem tivesse pra dar uma, pelo menos uma,seringa descartável,material pra curativos,absorventes etc, porque não tinha como lavar nem as roupas hospitalares; e os bebês nascendo...
Sobre danos materiais é bom lembrar que em 83 havia menos adutoras de água, nenhuma de gás, casas,estradas SCs, a 401, não existia...Hoje tem mais coisa pra ser contabilizada do que naquela época aqui na província que era ainda mais...província.
Quem viveu aquilo tudo pessoalmente, ou pelos parentes, sabe bem medir o tamanho do desastre.A sorte agora foi não ter chovido nas 'cabeceiras' dos rios que descem pro litoral.Novamente se revela a maior fragilidade da região do vale do Itajaí.Blumenau na ponta, pra variar.Em 83,a grande enchente foi 'apenas' a de número 14 em exatos 12 meses na cidade...Tenho um primo advogado que morava lá, bem no centro; a casa de dois pisos tinha na garagem o carro e um barco.Depois daquela ele desistiu e voltou pra região de Floripa e aqui também saiu boiando em enchentes não faz muito tempo.Escolado, só mora em casa de dois andares, sempre com barco de alumínio na garagem...
Para quem é alcançado por catástrofes que não escolhem as ruas — qdo não afoga quem está no baixo, faz desabar quem está no alto[ o povo foi se mudando pros morros das cidades, como Blumenau, Rio do Sul etc.]—, sempre a tragédia é a pior para ele.Muitos pela segunda vez, ou a terceira, ou a quarta.

De qualquer forma, atualmente, a cobertura da imprensa é maior, mais precisa.O socorro chega mais cedo, as doações também.As equipes estão mais bem preparadas,a vida tem prioridade,os prejuízos materiais de cada um,coitados, que tentem recomeçar do nada.Os bens públicos , estradas etc, sempre terão grana dos impostos dos flagelado para recuperar; já os que ficaram até sem teto...Vamos ver se o LHS e seu amigo presidente Lula vão dar aos que perderam anos de trabalho financiamento como dão aos estrangeiros,a fundo perdido.Podem começar cancelando IPTU de todas as casas atingidas por dois ou três anos.Perdoando dívidas e dando moratória de impostos a recolher dos pequenos empresários com suas lojinhas,oficinas de todo tipo, fabriquetas,que serão forçados a demitir os empregados , que serão ferrados duplamente com preju e desemprego.

Daqui uns dias,quando o sol voltar, tudo estará esquecido, menos pros atingidos, claro.Os demais vão reclamar da poeira do barro que secou...da falta da chuva pra refrescar do calor saariano das praias...
Desta vez,Alemanha não mandará carretas e mais carretas de botes e roupas caras para o frio(era inverno em 83).
E me vem o pai do moribundo culpar o aquecimento global, com aquela cara de quem já tá chumbado logo de manhã, e não é insônia pela desgraça alheia nãooo.O Amin ,em 83, foi melhor ator.Não disse tanta bobagem.Não vou entrar no mérito das denúncias que choveram depois...fica pra outra hora.
A exemplo de Blumenau,SC se levantará mais uma vez, graças a fibra de seu povo, a solidariedade dos habitantes dos estados vizinhos e não graças a seus governantes, nenhum deles, embora sempre levem os louros da vitória...
¬¬
Lia
E a roda gira, mais uma vez.

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Coronel


Espero bem que SC venha a ter a mesma solidariedade de Lula, como aconteceu com Cuba e Haiti depois do furacão.
Bem podia indicar outras fontes sobre a notícia, mas preferi escolher esta, por ser insuspeita:

"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ofereceu nesta terça-feira ao presidente cubano Raúl Castro ajuda humanitária para aliviar os estragos causados pelas passagens dos furacões Gustav e Ike pela ilha.

Segundo disse uma fonte do Planalto à Reuters, Lula telefonou para Raúl Castro para prestar solidariedade e ficou comovido durante a conversa de cerca de uma hora. De acordo com a fonte, o presidente cubano relatou a Lula um cenário de devastação, em que plantações foram quase que totalmente destruídas.

Lula convocou reunião de emergência com sete ministérios para definir como e quando prestar apoio a Cuba. O grupo, formado pelos ministérios das Relações Exteriores, Minas e Energia, Agricultura, Integração, Casa Civil, Saúde e Justiça, se reunirá na quarta-feira para decidir as providências a serem tomadas."(...)

http://www.pt.org.br/portalpt/index.php?option=com_content&task=view&id=70642&Itemid=455

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Coronel,
Muito triste o que está acontecendo aí no seu belíssimo Estado. É lamentável a perda de vidas e a destruição de tantos bens. Estamos apelando a São Pedro para que feche logo as torneiras. Se precisar de umas galochas para seus coturnos, é só dizer o número que providenciarei.
Abraço solidário.
MCLXX

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vamos lançar o movimento:
"lula faça pelo seu país o que tem feito para cuba e outros ("cumpanheros"). aliás faça melhor. e rápido.

do abc que não é o berço de lula

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Bem,Coronel, pela distãncia que estou do seu belo Estado,não vejo mto como posso ajudar concretamente; mas uma coisa eu posso,e de todo coração: fazer orações; pedir que Ele dê consolo aos que perderam entes queridos, que Ele devolva os bens perdidos por esse povo tão sofrido,e que nos dê contínuo espírito de solidariedade não só com nossas orações, mas na medida do possível, com atos concretos...
Até,
Zinha

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