Jogo de interesses.

Segundo a Folha, nos bastidores, a reação(pelo fato da CEF ter emprestado ais de R$ 2 bi à Petrobras) do senador Tasso Jereissatti (PMDB-CE) é atribuída à desistência da construção de uma refinaria no Ceará, projeto orçado em R$ 10 bilhões. Diante da crise, é dado como certo o adiamento -ou até eventual desistência- da refinaria.A Petrobras nega que tenha postergado o projeto. Diz apenas que seu plano estratégico está em reavaliação e que não há nenhuma definição ainda.Na cúpula da Petrobras, há uma outra versão corrente: a de que as críticas de Tasso Jereissati decorrem mesmo da suposta negativa do empréstimo da Caixa à Oi. O banco público, por sua vez, não se furtou a fechar uma operação de financiamento de R$ 2 bilhões à estatal petrolífera.O fato, acredita a direção da Petrobras, irritou Tasso e o levou a trazer à tona o empréstimo à Petrobras. Segundo o senador, a estatal está numa situação tamanha de dificuldade que teve de recorrer ao financiamento para capital de giro e pagamento de impostos e está atrasando o pagamento de fornecedores. Quem conhece o empresário Tasso, ex-presidente dos tucanos, sabe que tudo o que ele faz tem um interesse econômico-financeiro-comercial. Antes de sangue de brasileiro, corre nas suas veias o sangue do empresário de sucesso, diga-se de passagem.