A inadimplência do consumidor já começa a dar sinais de aceleração. Na primeira quinzena deste mês, o número de créditos em geral com parcelas em atraso acima de 30 dias cresceu 13,8% na comparação com igual período de 2007, segundo pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O índice de novembro aumentou 1,1 ponto porcentual em relação ao de outubro (12,7%). Leia mais aqui.
2 comentários
Coronel,
ReplyA Globonews deu matéria mostrando que subiu muito a inadimplência de consumidores até 90 dias. Ou seja, antes da crise,jé havia gente que não conseguia pagar o que tinha comprado. Principalmente no setor de automóveis!
Mas não era óbvio que isso aconteceria? Estimulou-se o consumo desenfreado e sem lastro (poupança) das classes menos privilegiadas. Ora, sabemos que o povão, analfabeto ou semi, não se entende com contas de casa, juros bancários, nada disso. Também sabemos que ninguém tentou explicar. Lembremo-nos do consignado aos aposentados, que fez vítimas, no início. Por que? Porque não vinculava as parcelas a um percentual do rendimento. Assim, houve gente que comprometeu TODO o rendimento da aposentadoria em empréstimos. Existe isso no sistema de crédito? Não existia. Passou a existir.
No auê das compras (para estimular um crescimento que não teve base), não havia sequer cruzamento de dados de financiamentos já concedidos. Lembremo-nos de novo do "sem consulta ao Serasa e ao SPC", dos "sem entrada", do "sem garantias" e das 90 parcelinhas. Pois é. O povão saiu ás compras, fazendo crediários, um em cima do outro até que... descobriram, antes da crise mesmo, que se comprometeram mais do que poderiam. Esqueceram que um carro "bebe" gasolina, que paga IPVA, que tem que pagar seguro, que estacionar nunca é de graça. Talvez nunca nem tenham sido lembrados disso. A TV nova, a geladeira, o microondas, o sonzão, a máquina de lavar, a secadora, financiados em 80 parcelas, consomem...luz! E agora? Falta dinheiro para comer. E corta-se o pagamento da prestação.
Ora, se ainda tivéssemos a cultura de poupar, vá lá. Mas qual é a poupança do brasileiro comum? Nenhuma!
Movimentaram a economia com vendas a serem pagas em com a renda futura de 5 anos do tabalhador humilde. Antes tivessem reduzido os juros e estimulado o consumo responsável, com limite de crédito, informação cruzada e a curto/médio prazo. Pelo menos, o lojista poderia dizer que VENDEU mesmo, e não que entregou e não vai receber. Pois é disso que se trata.
E agora? Somente em novembro, os efeitos da marolinha chegam aqui, com demissões, férias coletivas, programas de demissão voluntária, aumento da inflação. Só a partir de agora é que vamos realmente sentir o tamanho do buraco. Até ontem, ele já era de considerável tamanho, era o nosso "subprimezinho". Com a crise e seus efeitos naturais, o subprimezinho se tranformará num buraco negro, que vai sugar muita gente.
O que eu diria? Diria que foi insensato, irresponsável, demagógico e de má fé, dar todo este estímulo. Porque quando estas pessoas humildes se complicarem mais ainda... não vão ter bóia de salvamento, não. O povo que se exploda.
O "presimente do povo" que incentivou a especulação, que iludiu os gananciosos com ganhos virtuais que agora estão sendo deletados, que induziu os mais pobres a consumir com um dinheiro que não possuiam, nada faz para aliviar o sofrimento dessas pessoas.
ReplyApós o fracasso desse governo, que é o mais capitalista e conservador do mundo, ao lado de seu amigo e sócio nessa desgraça, o presidente Bush, fortunas bilionárias estão sendo despejadas nos bolsos dos banqueiros e grandes empresários para lhes garantir seu capital.
Enquanto isso, o incompreendido e injustiçado governador José Serra cria um banco de apoio ao trabalhador inadimplente, com toda a assessoria necessária para orientar e renegociar suas dívidas, antes que fiquem com o nome sujo.
Essa é a verdadeira forma de governar de um político brilhante e competente, que se preocupa de verdade com as necessidades do povo e que exige qualidade na prestação de serviços como a população merece.
Peço a Deus que ilumine a alma de nosso povo para que não se iluda mais com discursos vazios e mentirosos e sejam gratos com quem realmente trabalha dia e noite pelo bem-estar e sucesso de seu povo.