Primeiro: alguém pode imaginar que um órgão como a ABIN decida comprar um equipamento sem saber para que ele serve, exatamente? É o caso da maleta Grampex que, segundo Nelson Jobim, ministro da Defesa, foi comprada pela central de arapongagem, aproveitando uma brecha numa concorrência do Exército. Vejam a que ponto chegamos em termos de mistificação: agora a ABIN chamou técnicos do exército para avaliar se a maleta Grampex faz ou não faz escutas, pois ela, o órgão responsável por "saber tudo"na área,"não sabe". No entanto, alguém que "todo mundo sabe quem é" assinou o pedido e autorizou a compra.
Segundo: representantes da maleta Grampex no Brasil afirmam que ela permite auditagem, ou seja, não é possível apagar os registros de interceptações feitas. Você acredita que estes senhores, que forneceram o equipamento para a ABIN, diriam algo diferente ou já criariam um àlibi para o seu cliente? É claro que eles não vão encontrar nenhum registro ou alguém duvida de outro final para a "auditagem"? Não encontrando nada registrado - viram, senhores! -, não houve grampo.
Por fim: ao declarar que "tem que ver se o equipamento permite, mediante a aquisição de outros equipamentos, fazer a escuta", o general Jorge Felix só tem duas saídas. E são saídas mesmo. Demissão por incompetência ou demissão por má gestão do dinheiro público, porque é inconcebível um gestor comprar um equipamento de U$ 500 mil e não saber ao menos para o que ele serve.
14 comentários
Pesquise a string "guardião" lá no nosso "marrom predileto" e verão que algumas peças, outrora TdaC, vão encaixando.
ReplyIDI ABIN — Com os relacionamentos desse governo com gente como Chavez e Omar Hassan al Bashir, a provável espionagem poderia ser considerada atitude de uma IDI ABIN.
ReplyEm assim sendo, Coronel, vamos passar a régua. Sem culpados e sem envolvimentos dos grampolândios.
ReplyPublique-se e arquive-se.
GRAMPOLOGIA
ReplyÉ O ESTUDO SISTEMÁTICO DAS COISAS (PUBLICAS|) ALHEIAS, QUE INTERESSAM
A TODOS PORÉM, EM DETERMINADAS SITUAÇÕES, NÃO INTERESSAM Á NINGUEM,
OBTIDOS ATRAVÉS DE MEIOS ELETRÔNICOS OU LINGUAIS, POR ESCRITO, MANUSCRITO, PROSCRITO E ATÉ POR MOSQUITOS, TEM AINDA A CAPACIDADE DE DAR JUIZO DE VALOR
A ALGO QUE NÃO TEM VALOR, PODENDO AINDA DESVALORIZAR ALGUEM QUE
TEM VALOR SEM DAR VALOR AO MEIO QUE DESVALORIZOU O OBJETO
DE VALORIZAÇÃO, POSSO DIZER AINDA QUE GRAMPOLOGIA, É UM MEIO ILEGAL, IMATERIAL E POSICIONA, TENDO EM VISTA SER IMPARCIAL, ATINGINDO TODAS AS CLASSES SOCIAIS, DESDE O PRESIDENTE NACIONAL ATÉ O CIDADÃO TRIVIAL
OU SEJA EU VOÇÊ E ETCETERA E TAL.
E TENHO DITO (NÃO PRECISA ME GRAMPEAR) HEHEHEHE
Coronel,
ReplyIncompetente, esse General já provou que é. Má gestão do dinheiro público, é algo ainda a ser provado. Mas poderia ser demitido também por ostentação de burrice.
Na verdade eles compraram o equipamento da concorrente, o Grampeator 13.0 Tabajara. Modelo de última geração.
ReplyViu no que dá encher cargos públicos de sindicallistas analfabetos, despreparados, incapazes porém espertíssimos em bandidagem.
ReplyMas também de que adianta ser tão preparados como os ministros do TRE, STF se não têm a menor serventia para o País?
Manera Coronel:
ReplyVai ver ele pensava que era um aplicador de botox ( pelo menos o X do final da palavra tem) com sustentação mecânica com grampos de estender roupa até que a resina seque...Aí poderia vender serviço prá Tia marta, Tia Ideli, Tia Marta, Tia Selis e por aí vai...
Coronel
ReplyMas o que podemos esperar de um indivíduo que já devia estar já aposentado?
Este general Jorge Felix, só tem mesmo uma saída:
PEDIR PARA SAIR. Só isso.
Incompetente, até dizer BASTA!
Que dê o lugar à nova geração competente, se é que existe neste Brasil.
Coronel,
ReplyCom certeza o Brasil será um país desenvolvido, pelo menos na área de Inteligência, olha só o exemplo do arapongas germânicos: pelo menos os alvos lá são estrangeiros, que bom que fosse assim aqui também, os nossos imbecis agentes de inteligência só defecam caca em cima da gente:
O escândalo sobre a monitoração dos e-mails entre jornalistas alemães e altos funcionários afegães desdobra suas conseqüências. Porém a delimitação do papel dos serviços secretos não é um problema exclusivo da Alemanha.
As revelações sobre atos de espionagem cometidos pelo Serviço Federal alemão de Informações (BND) contra jornalistas reabriu o debate sobre o papel dos serviços secretos na democracia alemã.
O papel nefasto da Gestapo é especialmente delicado no país. A Gestapo (Geheime Staatspolizei) foi um dos pilares do regime nazista. E na extinta República Democrática Alemã, o Ministério de Segurança Nacional (Stasi) era apresentado como "o escudo e a espada do Estado" comunista.
Ainda que relevante, este pano de fundo histórico não deve levar a comparações. No caso da Gestapo e da Stasi (nota: Gestapo e Stasi eram o SNI/DOI-Codi dos alemães), tratou-se da utilização anômala de um poderoso instrumento estatal por parte de regimes totalitários. A República Federal da Alemanha, por outro lado, é uma democracia funcional.
Este, entretanto, é mais um motivo por que a atuação do BND (nota: BND é a ABIN dos alemães) causa tamanha preocupação ao atual governo: afinal de contas, trata-se de uma violação dos direitos humanos, no sentido mais clássico do termo. Não apenas isso: do ponto de vista institucional, constitui um intromissão do Estado no trabalho da imprensa, sobre a qual se apóia a liberdade de expressão de uma sociedade.
A própria chanceler federal Angela Merkel distanciou-se claramente dos métodos utilizados pelo BND para espionar os jornalistas da revista Der Spiegel que mantinham contatos com diversos setores da sociedade afegã.
Porta-vozes do governo declararam na sexta-feira (25/04/08) que os casos de espionagem "minaram a relação institucional de confiança" entre a Chancelaria Federal e os serviços secretos do país.
O assunto teve também repercussões internacionais. A correspondência interceptada pelo serviço secreto era entre os jornalistas e altos funcionários afegães, como o ministro da Indústria e Comércio Amin Farhang. Este declarou ao periódico Neue Osnabrücker Zeitung que ainda espera uma desculpa de Berlim por este fato. (nota: uma sindicância ou algo parecido não vale)
Farhang acrescentou que sua vida está em perigo. "Com a absurda suposição de que sou um agente duplo, puseram a mim e a minha família em grave risco. Amanhã poderiam matar-me a sangue frio em plena rua", queixou-se o funcionário.
O jornalista Ulrich Tilgner também foi vítima de espionagem estatal. A imagem dos serviços secretos alemães, encabeçados por Ernst Uhrlau, está gravemente abalada. Seus antecessores, como Bernd Schmidbauer, exigem mecanismos de controle mais eficientes para impedir que ocorram casos como o atual. Note-se, contudo, que durante sua gestão, Schmidbauer também foi criticado por empregar métodos pouco ortodoxos de investigação.
O Grêmio Parlamentar de Controle do Bundestag, que supervisiona o BND e outros órgãos alemães de segurança, realizou nesta quinta-feira uma reunião de emergência, onde "retirou a confiança" do Serviço de Informações. (nota: se a moda pegar por aqui, não sobra nada de nada).
Por enquanto, Uhrlau manterá o cargo (nota: cada um tem o felix que merece). Porém o caso dos correspondentes do Spiegel demonstra que os atuais controles são insuficientes (nota: por aqui existe a tal da CCAI do Congresso Nacional, que também não controla nada). Por isto se exige a criação de um organismo, com atribuições mais abrangentes, para fiscalizar de modo efetivo as atividades dos espiões alemães.
Enquanto na Alemanha começam a definir-se as conseqüências políticas deste caso, também em outras partes do mundo se faz necessário um debate sobre o papel que os serviços secretos devem representar, como parte de um Estado democrático de direito.
Neste ponto, o dilema alemão coincide com o de algumas nações latino-americanas, como México, Colômbia, Peru e Equador (nota: ops esqueceram do Brasil). Sabe-se que os espiões estão ativos na América Latina. Porém também aí a questão é como controlá-los, para que suas atividades não atentem contra a soberania de outros países, ou as instituições da democracia.
De: Enrique López Magallón (av)
Leia a notícia completa no site http://www.dw-world.de/dw/article/0,,3294804,00.html?maca=bra-rss-br-all-1030-rdf
Obs: As "notas" são de minha autoria.
É isso mesmo, o problema não é a ABIN, é a existência de um serviço estatal de espionagem e a falta da Guerra Fria, cadê os inimigos?
W Canaris Jr
"Demissão por incompetência ou demissão por má gestão do dinheiro público,"
ReplyAlguém consegue citar umzinho deste desgoverno que não se enquadre ao menos num dos casos?
Detalhe:
ReplyNÃO É ATRIBUIÇÃO DA ABIN PROCEDER QUALQUER INVESTIGAÇÃO POLICIAL. Oficialmente, é um órgão destinado à vigilância contra atos hostis às instituições, INCLUSIVE contra espionagem dos poderes.
Não é nenhuma surpresa que em Banânia as coisas sejam invertidas. Até os bandidos nas cadeias e penitenciárias tem mais direitos e privilégios que os cidadãos de bem que estão fora delas.
As tias do PT,huá,huá,huá!
ReplyCuidado com a GESTARSO.
Nome Próprio
Esse General não é burro, é bandido mesmo. Não basta sua demissão, cadeia nele.
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