Bolsa-Família sem fiscalização.

Do Estadão:

"Bom dia! Eu, Sueli Miranda de Carvalho Silva, venho, por meio destas linhas, agradecer os idealizadores do Bolsa-Família, os anos que fui beneficiada. Ajudou-me na mesa, o pão de cada dia. Agora, empregada estou e quero que outro sinta o mesmo prazer que eu, de todo mês ser beneficiada. Obrigado."Com essa cartinha, enviada à coordenação municipal do Programa Bolsa-Família em Belo Horizonte, a ajudante de serviços gerais Sueli Miranda, de 47 anos, pediu dias atrás seu desligamento. Mãe de quatro filhos, moradora do bairro Jaqueline, na periferia da capital mineira e com uma renda familiar mensal de R$ 200, há um ano e meio ela recebia R$ 122 de ajuda do programa de transferência de renda. Agora, recém-contratada por uma revenda de automóveis e "fichada", como ela diz, ao se referir ao registro em carteira profissional, acha que deve deixar a vaga para alguém mais precisado. A cartinha foi festejada na coordenação municipal do programa, que despachou uma cópia para Brasília, para a sede do Ministério do Desenvolvimento Social - o quartel-general do programa que atende 11,2 milhões de famílias, distribuídas por todos os municípios brasileiros. Lá, o caso de Sueli ajudou a engrossar uma estatística que soa como música aos ouvidos do ministro Patrus Ananias: recém-atualizada, ela mostra que desde a criação do programa, em 2004, um total de 60.165 famílias pediram voluntariamente seu desligamento ."Isso mostra que as pessoas pobres não estão se acomodando", diz o ministro. "Em todos esses casos, as famílias tomaram a iniciativa."
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Ao contrário do que o ministro afirma, é um escândalo que uma beneficiária tenha que pedir para sair do Bolsa-Família.Isto mostra a falta de fiscalização e acompanhamento no programa. 60.125 famílias é 0,5% das beneficiadas. Quantos por cento estão recebendo o benefício de forma irregular, comprovando que o programa também é uma imensa rede de compra de votos?

4 comentários

Coronel

Snif...snif...espera aí, deixa eu enxugar esta lágrima! Pronto já está!

Esta senhora, "ajudante de serviços gerais", escreve tão bem que até pareçe uma advogada do PT.

Snif...snif...comovo-me com facilidade!

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"Isso mostra que as pessoas pobres não estão se acomodando",

sim, sim, sim...

de 11 milhoes de beneficiados, eles pescam la uma cartinha (muito estranha por sinal) de uma dona que optou por deixar de receber o din-din e ja fazem disso uma estatistica...

coisa de petista patetico mesmo...

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Se o Serjão estivesse vivo,aquele istrupício, diria que a criação do bolsa-escola( era assim) não passava de masturbação sociólogica...
Não poupava nem o FhC,segundo Millor, aumentativo de PhD...

Ele sabia ser exato nas definições, chamar a coisa pelo nome da coisa hehehe.
¬¬
lia

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Snif, snif,
parecendo igual aquela cartinha que um morador do Morro do Alemão escreveu aos políticos, né não?

Época de eleição aparece de tudo!

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