Churrasqueiro do Lula: delação premiada.

Se tem um fato que pode mostrar a pontinha do iceberg no mar de lama das ONGs, é a quebra de sigilo bancário de Jorge Lorenzetti, o homem do dossiê, da Unitrabalho, da ONG Rede 13. O churrasqueiro de Lula dá entrevista hoje, ao Diário Catarinense, mandando um recado para o governo e já pensando em delação premiada. O Senador Raimundo Colombo(DEM-SC) tem em mãos o fato que pode mudar o rumo das investigações. Ou melhor: fazer com que haja investigações. Leiam uma das respostas e aqui a entrevista, onde o aloprado insiste em dizer que o dossiê de 2006 era verdadeiro:

DC - Como o senhor recebeu a informação de que seu sigilo bancário foi quebrado pela CPI das ONGs?

Lorenzetti - O que me deixou chocado foi o fato da CPI das ONGs aprovar a quebra da minha movimentação financeira pelo Coaf. Fui coordenador de Relações Internacionais da Unitrabalho entre 2001 e 2005, mas nunca fui responsável, nem participei de qualquer gestão financeira da Unitrabalho. Não sei quantas contas bancárias ela tem, quanto que sai de dinheiro, quanto que entra. Não é a da ONG, mas é a minha movimentação financeira que eles vão investigar. De 1999 até junho de 2001, eu estava totalmente desligado, não era nem parte da Unitrabalho. Eles vão analisar minha movimentação daquela época. É um absurdo, mais uma injustiça, de uma série de injustiças que vem sendo cometidas contra minha pessoa. Meu medo é que essa movimentação a partir de 1999, que é normal e regular, que ela seja desvirtuada. Alguém pode dar uma versão de uma movimentação que não corresponde à verdade e eu nunca vou conseguir desmentir. Por isso, é que eu estou pedindo ao senador Raimundo Colombo (DEM, presidente da CPI) que a gente combine esse processo, estou à disposição para voltar lá, para prestar os esclarecimentos que forem necessários, mas que esses dados sejam tratados com responsabilidade. Porque se até agora não houve nenhuma coerência na minha relação com a CPI, eu tenho dúvida se vai haver nesse caso. Ficarei feliz e satisfeito se a minha movimentação financeira de sete anos não for desvirtuada, porque ficará provado que não tenho nada a temer. E que mesmo eu tendo participado de projetos envolvendo recursos financeiros, como a Escola-Sul da CUT, eu e a minha mulher vivemos do nosso salário.