Nosso apoio irrestrito ao povo colombiano.

Se um seqüestro relâmpago de algumas horas já representa um drama psicológico sem proporções para uma família, imaginemos pessoas arrancadas dos seus lares por terroristas com uniformes militares, portando armas de grosso calibre, que arrastam as suas vítimas e as fazem sumir durante anos na selva, sem enviar nenhuma “prova de vida”. Pessoas que passam a ser usadas como moeda de troca, como mulas para transporte de drogas ou como escudo humano.

Os seqüestros são a grande estratégia do movimento terrorista denominado FARC, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, que já tirou a vida de milhares de civis desarmados, em 43 anos de clandestinidade. O seqüestro, este ato covarde, é a principal arma usada pelos narcoterroristas, mais poderosa que um AR-15 ou que as minas terrestres, mais letal que metralhadoras e granadas, pois arrasa com a alma de um pobre povo.

Portanto,não venham com esta expressão cínica, esta “troca humanitária”.

O tema não é humano, pois é desumano quem seqüestra, mata e assassina como os guerrilheiros das FARC. O tema é político e deve despertar, na comunidade internacional, uma nova consciência para esta violação inominável dos direitos humanos, para esta tortura a que são submetidos inocentes, que demonstra cabalmente a real natureza deste movimento terrorista. Um movimento que suplicia. Um movimento que tortura. Um movimento que mata. Um movimento que deve ser responsabilizado pelo crime mais hediondo que pode existir: o seqüestro.

Não aceitemos esta algema política que os bandidos do Foro de São Paulo tentam colocar nos pulsos do Governo colombiano. E que o Governo colombiano não aceite a armadilha de que deve pagar qualquer preço por uma vida humana, quando sabe que mais de 700 inocentes continuam morrendo no meio da selva. Vidas humanas não são matéria-prima de troca. Vidas humanas estão acima de qualquer ideologia. E por favor, bandidos: um refém não é um guerrilheiro. Um refém é alguém que foi preso à força, desarmado, em tocaias planejadas, por grupos armados. Um guerrilheiro não, um guerrilheiro é alguém que foi pego quando tinha uma arma na mão, quando estava vestindo um uniforme, quando estava infringindo a constituição de um país democrático, em plena luta armada. Os seqüestrados são completamente inocentes, os bandidos das FARC são totalmente culpados. E assim seriam nas selvas colombianas no século XXI ou nas savanas africanas no século XIX. São apenas bandidos, assassino, sanguinários, covardes armados até os dentes.

Não condenemos a Colômbia à derrota, como este governo brasileiro engajado no socialismo, que presta aval a esta "troca humanitária”. Onde estão os representantes do Peru? Do Chile? Do México? Não estão lá, porque são países sérios, que não se prestam a esta palhaçada comandada por um aloprado bolivariano . Não vamos condenar a Colômbia, onde não existe um só cidadão que, direta ou indiretamente, não foi afetado, no seu dia-a-dia , por este bando de assassinos covardes. Não vamos , aqui à distância, dar valor ao “intercâmbio humanitário”, pois estaremos conferindo valor ao seqüestro hediondo, que está na origem de tudo. Não vamos deixar um ditador que, alguns dias atrás, tentava golpear a democracia do seu país, assumir a condução do destino de vidas humanas, montando esta operação midiática carregada de más intenções.

Esta “troca humanitária” não tem nada de humanitária. Não resolve. Não soluciona. Vão continuar os seqüestros, as mortes, os assassinatos. Não é um passo rumo à paz, pois qual paz é possível quando o que move as FARC é a busca de um sistema sórdido para um país livre, baseado no comunismo jurássico que move as suas fileiras. Os bandidos vão depor as armas? Vão voltar à vida democrática e se submeter às urnas? Ou contam em ser assimilados pela sociedade colombiana como um poder paralelo, mergulhando a nação num banho de sangue?

Esta “troca humanitária” é uma lança cravada no coração do Governo colombiano. Tudo começou com uma troca “justa”. Chávez prometia 60 reféns se Uribe libertasse 500 guerrilheiros. Mas o que é isso, fanfarrão vagabundo? Vale mais um bandido armado até os dentes, preso em batalha, do que uma professora, um funcionário público, um comerciante, seqüestrado na calada da noite? E quem falará pelos mais de 700 inocentes que vão continuar apodrecendo nas selvas, depois que os jornalistas forem embora?

Vamos, nós, a opinião pública internacional, evitar que este golpe contra a Colômbia prospere, manifestando a nossa indignação contra este verdadeiro complô contra a democracia colombiana. Fora, Chávez! Fora, Kirchner! Fora, Lula! Fora, Evo! A Colômbia merece respeito ao sofrimento do seu povo.