Uma nova vertente analisa as movimentações de Chávez não pelo ângulo político, que seria apenas uma cortina de fumaça para algo muito maior que estaria ocorrendo na América Latina: um grande esquema de corrupção, liderado pelo venezuelano, unindo os governos populistas do continente, para lavagem de dinheiro desviado de empresas estatais ou recebido de propinas para facilitar grandes investimentos em infra-estrutura. Um esquema envolvendo narcotráfico, guerrilha, estatizações e, principalmente, ampla conexão e circulação ilegal de divisas entre países.
Não é de duvidar. Nunca os governos populistas da região desenvolveram tantos projetos comuns. Rodovias. Refinarias. Estradas. Educação. Até banco de fomento estão fundando. E a retórica é de unificação, solidariedade, quando, no fundo, transitam milhões de dólares em perdões de dívidas e em investimentos a fundo perdido.
Depois dos dólares em caixas de rum, o caso mais simbólico é el maletin con 800.000 dólares, apreendido em agosto passado com um venezuelano-americano, que iria financiar a campanha de Cristina Kirchner. O ocorrido colocou o FBI, definitivamente, em amplo trabalho de investigação, que começa a fechar o cerco sobre autoridades venezuelanas e argentinas. O dinheiro total desta operação seriam U$ 4 milhões, o avião venezuelano teria feito uma escala em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, para, só depois, descer no Aeroparque, em Buenos Aires, onde ocorreu a aprensão.
Já existem fortes indícios de que este dinheiro que circula livremente pelo bolivarianoduto da corrupção populista financia no varejo, pelas mãos do seu operador, Hugo Chávez, as Mães da Praça de Maio, grupos argentinos radicais de esquerda, militares e funcionários corruptos.
Além disso, existem outros fatos estarrecedores, tais como:
- Ricardo Fernández Barrueco, um conhecido testa-de-ferro da família Chávez, abriu dezenas de contas no exterior, tanto no Caribe quando na Europa, em paraísos fiscais. O Grupo Proarepa, que ele dirige, seria, de fato, de Hugo Chávez.
- O banco privado suiço Vontobel, que opera sem licença em Caracas, é o depositário de grandes somas de dinheiro provenientes de altos oficiais militares. Em nenhum lugar o banco informa que tem filial na Venezuela.
- Especialistas financeiros venezuelanos, radicados em Miami, estão buscando comprar um banco suiço para Chávez.
- Existe um informe não confirmado de que Chávez comprou um banco no Líbano, que mantém vínculos financeiros com o Hezbollah.
Por tudo isso, não é de estranhar que o futuro Banco del Sur venha a ter a sua sede exatamente em Caracas, Venezuela.
Leia aqui um dossiê completo sobre todas as suspeitas que, certamente, o FBI está investigando.
A Argentina e a Venezuela estão tratando do assunto do maletin con 800.000 dólares como um assunto de estado. Eles sabem, melhor do que ninguém, que efetivamente é. Os Estados Unidos da América também.
4 comentários
Quentissimo!!!
ReplyEste Banco del Sur, é so uma arapuca para estes governos corruptos financiarem campanhas e até o terrorismo na America Latrina, é só aguardar!!
ReplyCOLLOR 2010
BAH!!!, COM DIRIA A VELHINHA DO CHICO ANIZIO, O BLOG ESTÁ CRESCENDO EM RITMO ALUCINANTE, O SUPORTE MUITO BEM REALIZADO, ESTÁ MESMO MERECENDO ELOGIOS, TE MANDEI MEU E-MAIL PARA ENVIAR-LHE UMA FOTO, NÃO RECEBI RESPOSTA AINDA
ReplyCOLLOR 2010.
Eu já tinha essa desconfiança há tempos. O tal Banco do Sul servirá, certamente, para gerar financiamentos que acabarão em caixinhas dos populistas da região. Imaginem só, se aqui no Brasil os petista já fazem a festa, como deve ser um financiamento destes na Venezuela.
ReplyJá dá para traçar o caminho: 1 - Os cofres públicos brasileiros abastecem o tal Banco do Sul; 2 - Chávez toma financiamentos para a Venezuela; 3 - Parte da grana volta em jatinhos e caixas de rum para o Brasil e os cofres do PT.
A idéia é fazer estas operações cruzadas para dificultar o rastreamento e a fiscalização. O lance das agências publicitárias, que sucedeu o das empreiteiras de obras e do lixo na preferência dos corruptos, é muito óbvio. Afinal, a ligação da fonte ao canal de escoamento é explícita. Agora os petistas estão sofisticando o esquema, criando caminhos internacionais. Se der problema, admite-se veladamente que era uma contribuição voluntária de amigos Chávez, e a imprensa petista trata de criar o clima de "pecadinho desimportante". E a coisa vai para debaixo do tapete, como aconteceu no episódio das caixas de rum. Mas e a origem do dinheiro? Cofres públicos brasileiros, só que sem carimbo fica difícil provar... E os advogados petistas (menção honrosa ao Sr Bastos...) estarão de prontidão para salvar a quadrilha!
Mantenha a guarda de sentinela, Coronel! E parabéns pelo Blog!