O que leva uma empresa como a Cisco, com faturamento anual de U$ 30 bilhões, que emprega 40.000 pessoas no mundo, considerada uma das mais brilhantes no segmento de alta tecnologia da informação, a envolver-se com o pagamento de propina em paisecos de terceiro mundo, que eles chamam, nas suas elegantes notas à imprensa, de emergentes, e que correspondem a menos de 10% das suas vendas globais? Ufa!
Se eu fosse um socialista mau caráter, de um paiseco de terceiro mundo, diria que é a pressão do império por maiores lucros, a globalização, o capitalismo selvagem, os executivos estressados em busca de bônus. Logicamente, esqueceria que do outro lado existe um companheiro corrupto, um socialista safado, uma ladrãozinho de galinhas, um pé-de-chinelo, um laranja para quem os fins justificam os meios.
A verdade é que o Brasil está, gradativamente, virando um antro de corrupção, fruto do crescente aparelhamento do estado, que instala militantes , cujo único compromisso é arrecadar para o partido ou pagar o dízimo, em funções estratégicas. De 2003 para cá, passada a lua de mel do "Lula lá", não teve um único dia, um só dia, em que o Brasil não foi sacudido por algum escândalo, via de regra envolvendo empresas estatais e o partido que elegeu o presidente. Trocaram o "Lula lá" pelo "óia nóis aqui de novo".
O ranking da Transparência Internacional, que lista os países mais corruptos, não deixa dúvidas. Durante o governo atual, numa conta que qualquer socialista desonesto entende, o Brasil vem ficando 10% mais corrupto a cada ano que passa. Aqueles 10% de sempre.
Não há dúvidas que, tanto no sentido tecnológico quanto figurado, eles montaram uma grande rede dentro das estatais. Eles são especialistas em convergência. Eles são cobras em arquitetura de rede. Eles são bambas em conectividade. Eles montaram uma rede de dar inveja a qualquer Cisco da vida, pela alta complexidade e funcionalidade: eles montaram a rede companheira de corrupção.
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