A votação do veto da presidente Dilma Rousseff a artigo do
projeto que regulamenta regras de repasse ao Fundo de Participação dos
Estados (FPE) já foi marcada para o início de agosto, assim que os
parlamentares voltarem do recesso, e será um novo round do embate entre o
governo petista e o PMDB.
Dirigentes do partido, incluindo o presidente da Câmara, Henrique
Eduardo Alves (RN), e o líder da bancada na Casa, Eduardo Cunha (RJ),
usaram as redes sociais para dar o tom de enfrentamento com o Palácio do
Planalto.Alves avisou que a insatisfação generalizada com o veto indica que os
parlamentares devem impor sua vontade perante a "caneta" da presidente e
derrubar o veto. "Há uma tendência forte que sim (para derrubada)",
avaliou o peemedebista.
No Twitter, Alves fez questão de registrar publicamente que o assunto
ganhará destaque no Congresso. "Presidente Dilma veta partes
importantes do projeto aprovado, pelo Congresso, do FPE. Decisão volta
ao Parlamento. Hora de diálogo. Executivo e Legislativo", publicou. Embora a derrubada de vetos seja apreciada em sessão conjunta do
Congresso, Henrique Alves incluiu o assunto entre os destaques da pauta
da Câmara do próximo mês, junto com o projeto que trata do uso dos
recursos dos royalties para educação e saúde e o novo Código de Processo
Civil.
Ao Estado, Alves afirmou ontem que adotará "posição
de equilíbrio" na discussão sobre o FPE e disse que se oferecerá para
mediar o impasse entre governo e Parlamento. "Nessa matéria ponderaria
diálogo importante com o Executivo."
Na última semana, a presidente sancionou a nova lei de redistribuição
de recursos do FPE e vetou a parte do texto que obrigava o governo
federal a suprir o fundo com recursos que deixariam de entrar no caixa
de municípios e Estados todas as vezes que a União fizesse políticas de
desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Como o IPI
vem sendo utilizado para estimular setores da economia, a arrecadação
diminui e, por consequência, o repasse também.
"A União tinha e tem todo o direito de desonerar e a gente apoia essa
política. Só que deveria fazer a desoneração dentro da sua capacidade
de renúncia de arrecadação e não na parte de Estados e municípios",
defendeu o líder do PMDB também no Twitter.
Adaptação. Cunha, que já havia passado a semana
condenando o veto de Dilma, voltou à carga na rede social neste final de
semana. Disse que Estados e municípios "não têm mais para onde
correrem". Disse, ainda, que a derrubada do veto "não causará qualquer
prejuízo na arrecadação da União". "Basta adaptarem as desonerações."
Segundo o líder do PMDB, o objetivo dos parlamentares não é
prejudicar o Orçamento da União. "Na realidade o que se quer é que cada
um pague a sua conta", justificou. Chamado nos bastidores de "principal
líder da oposição", Cunha disse que a postura do PMDB será de coerência e
não de confronto com o Planalto. "Não tem qualquer conotação de
rebeldia. E não é nada contra o governo, apenas um entendimento de uma
bancada que tem o maior número de prefeitos do País."
Regra nova. Vetos presidenciais voltarão a ser
apreciados sistematicamente no Congresso a partir de agosto. Os
parlamentares aprovaram neste mês uma resolução que estabelece a
apreciação, a cada 30 dias, dos vetos ocorridos a partir de 1.º de julho
de 2013. Além da questão dos vetos, outros temas já geraram embates entre
lideranças do PMDB e a articulação política do governo neste ano. Um dos
pontos mais polêmicos foi a votação da Medida Provisória dos Portos.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também virou
protagonista do confronto ao se recusar a apreciar duas MPs (a que
reduzia as tarifas de luz e a que desonerava os setores varejista e da
construção civil) por falta de prazo, o que provocou atrito direto com a
ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT).
O PMDB também não se entende com o governo sobre o plebiscito para
reforma política e a redução do número de ministérios. Ao jornal Zero
Hora, o vice-presidente da República, Michel Temer, disse considerar
"razoável" diminuir as 39 pastas no governo Dilma. Cunha já coletou
assinaturas para iniciar a tramitação de uma proposta que extingue 14
ministérios.(Estadão)
6 comentários
Coronel, desculpe-me por estar "fora do tom", mas precisamos mostrar essa ao sofrido povo de banânia http://negaacre.blogspot.com.br/2013/02/mulher-ganha-88-mil-reais-por-dia-para.html
ReplyDilma está pior que pau de galinheiro, totalmente ca%$#@ga*%$&*da!
ReplyÉ o fim da "Erra PT" no Brasil. Graças a Deus.
Como disse em 2010, só o pmdb pode frear o pt. E viva os coronéis da nossa vasta e profunda republica.
ReplyCel
ReplyQue o Pt seja ferrado, amém.
Esther
de quebra acabem com o presidencialismo, caros congressistas!
Replyninguém precisa de um pavão metido a sabe-tudo sentado em uma cadeira dando canetadas eleitoreiras e marqueteiras...
vamos levar toda a discussão do país para o Congresso...
eh la que estão os nossos representantes....
parlamentarismo, ja!
Coronel,
Replyespero que confronte de verdade. Só acredito vendo.