A
novela sobre os cortes nas despesas do Orçamento deste ano terá seu
último capítulo exibido hoje em Brasília. O governo federal anuncia hoje
um bloqueio próximo a R$ 10 bilhões nos gastos deste ano, embora até
ontem, técnicos do Ministério do Planejamento e do Tesouro Nacional
estivessem finalizando as contas. Ainda no domingo, setores do governo
defendiam um corte inferior, de um dígito, enquanto outros segmentos
desejavam um bloqueio de R$ 12 bilhões.
Hoje,
o relatório de reprogramação orçamentária será anunciado pelos
ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior.
Segundo apurou o Estado, o governo vai reduzir a 3% a previsão de
aumento do Produto Interno Bruto (PIB), o que deve diminuir a entrada de
recursos fiscais nos cofres da Receita Federal. No entanto, uma redução
significativa na arrecadação não está prevista no governo.
Além
de uma melhora na arrecadação de impostos e tributos no segundo
semestre, e nos últimos três meses do ano em especial, o governo deve
elevar a previsão de receitas oriundas das concessões. No Orçamento
deste ano, o governo esperava a entrada de R$ 15 bilhões com as
concessões ao setor privado. Mas
essa rubrica deve ser elevada a R$ 20 bilhões. Todo esse dinheiro
servirá para engordar a meta fiscal do governo. Apenas o bônus de
assinatura dos contratos com os vencedores do leilão do bloco de
petróleo do campo de Libra (SP), previsto para ocorrer em outubro, já
deve chegar a R$ 15 bilhões.
Um
mês antes, o governo vai privatizar os aeroportos de Galeão (RJ) e
Confins (MG), que incluem o pagamento de outorgas. O governo alterou as
regras do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) neste ano, de forma a
usar os recursos obtidos com as privatizações no superávit primário, e
não apenas com investimentos no setor.
Desonerações.
Mesmo assim, os técnicos admitem que o compromisso público do governo
de atingir a meta de poupar R$ 110,9 bilhões neste ano não deve ser
cumprido. Esta meta, equivalente a 2,3% do PIB, seria atingida com o
abatimento de R$ 45 bilhões em investimentos e desonerações. Como,
por lei, o governo pode descontar da meta deste ano até R$ 65,2
bilhões, muitos economistas envolvidos com a política fiscal avaliam que
o governo deveria admitir que fará todo o desconto legal da meta – e,
assim, economizar em 2013 apenas 1,8% do PIB.
Como
informou o Estado na semana passada, fontes graduadas da área econômica
chegaram a defender internamente que o corte fosse suspenso. Como os
indicadores de produção industrial, vendas no varejo e contratação de
mão de obra formal estão fracos desde o início do ano, e, ademais, o
Banco Central está elevando a taxa básica de juros, alguns setores do
governo avaliam que um corte adicional nas despesas seria "o último
prego no caixão do crescimento".
Em
entrevista publicada ontem, o presidente do Banco Central, Alexandre
Tombini, afirmou que o governo precisa ser claro quanto ao corte de
despesas do Orçamento. Ele também caracterizou como "expansionista" a
política fiscal.(Estadão)
7 comentários
Análise do José Roberto Toledo.
Reply''Apenas Marina consegue empatar com Dilma nas simulações de segundo turno pesquisadas pelo Ibope. No confronto dois a dois contra Aécio Neves (PSDB), a presidente leva 12 pontos de vantagem: 38% a 26%. A taxa de branco/nulo, porém, sobe de 19% para 24% nesse cenário, mostrando que parte dos eleitores que votariam em Marina preferem anular a votar no tucano.''
http://blogs.estadao.com.br/vox-publica/
Definitivamente estes caras são uns sem noção e pensam que conseguem enganar a todos sem fazer papel de ridículo. O mundo externo e interno após analisar toda a conjuntura brasileira já previu que o PIB em 2013 sobe bem menos que 2% e eles insistem em um crescimento de 3%.
ReplyCoronel,
ReplyO 2o.Sem. será negro!!
Se o Brasil ficar um pouquinho acima do PIB 2012 já estará no lucro.
O Mantega já tentou culpar os protestos pela queda da produção. "Último prego" é puro eufemismo petista!!!
JulioK
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=0ATPqvOGyf8
Replyabsurdo,coronel...
Flávia
Vejam esse vídeo.
Replyhttps://www.facebook.com/photo.php?v=10201558749639991
Coronel,
Replynão tem maquiagem que de jeito. O mercado nunca é enganado além de ser cruel, muito cruel.
com esta politica financeira da petralhada de centralizar a arrecadação e colocar os Estados e Municipios num Pedir com chapéo na mão, estão levando o país a uma seria crise. 0 gov. Central aumentou de tal maneira a sua politica de gastos visando a sua permanência no poder, que se enfiando numa saia justa. 0s seus gastos em sua maior parcela é social, sem retorno e sem beneficios para a parte produtiva e isto vai conduzir a cx. do governo a um desastre financeiro.
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