O Brasil terá uma das maiores altas no número de
desempregados entre os países emergentes, informou um relatório
Organização Internacional do Trabalho divulgado nesta terça-feira.
Segundo a entidade, o número de desempregados no Brasil subirá de 7,7
milhões em 2015 (7,2%) para 8,4 milhões em 2016 (7,7%), chegando à
estabilidade em 2017.
O documento prevê um forte aumento do desemprego em 2016 e 2017,
principalmente nos países afetados pela desaceleração da China e pela
queda no preço das commodities, como o Brasil, afirma o relatório
“Emprego Mundial e Perspectiva Social”, apresentado em Genebra, segundo a
AFP.
O relatório aponta que o desemprego mundial afetava 197,1 milhões de
pessoas no ano passado, "cerca de um milhão a mais do que no ano
anterior, e 27 milhões a mais do que nos anos anteriores à crise de
2008”. A OIT estima que o número total de desempregados no mundo vai
ultrapassar 200 milhões pela primeira vez em 2017, acima do número do
ano passado e da projeção de 199,4 milhões para este ano.
“O número de desempregados em nível mundial aumentará em 2,3 milhões
em 2016, e em 2017 em 1,1 milhão. A maior parte desse crescimento
acontecerá nas economias emergentes" e os principais afetados serão
Brasil (mais 700 mil desocupados) e China (mais 800 mil), afirma a
entidade.
— O desemprego aumentou no ano passado e o que mais nos preocupa é
que isso continuará acontecendo nesse ano e em 2017 — disse o
diretor-geral da OIT, Guy Ryder, em coletiva de imprensa, segundo a
agência de notícias.
Na América Latina, as projeções da OIT estimam um aumento do número
de desempregados de 19,9 milhões em 2015 (6,5% da mão de obra ativa) a
21 milhões em 2016 (6,7%) e 21,2 milhões em 2017 (igual porcentagem). A
crise não só afeta o emprego de milhares de pessoas, como piora
seriamente as condições de trabalho, atingindo as classes médias e
aumentando a instabilidade social.
— A clara desaceleração das economias emergentes, combinada com a
forte queda dos preços das matérias-primas, tem um impacto considerável
no mundo do trabalho — disse Ryder, de acordo com a AFP.
Na sexta-feira passada, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) Contínua, do IBGE, mostrou que o desemprego subiu no trimestre
encerrado em outubro de 2015, chegando a 9%. Foi o resultado mais alto
da série iniciada em 2012. No mesmo período de 2014, o desemprego estava
em 6,6%. Já o rendimento real ficou em R$ 1.895 no período, 0,7% a
menos do que no trimestre encerrado em julho.(O Globo)
2 comentários
Enquanto isso... A propaganda felicitando todos que participaram do ENEM parece coisa da Coréia do Norte! Dizendo que o ENEM só pede para hã... O Enem da China???
ReplyMe lembrou aquela pesquisa que o Ditador King Ku fu Kong fez em 2013 que apontou que a Coréia do Norte era o 2º país mais feliz do mundo só perdia pra China!
Mas ontem vi pelo menos uma luz no fim do tunel. Nos bares e restaurantes pelo menos aqui no sul andam muito comentando sobre a Lava Jato e como o governo enganou o país.
E não são pessoas especiais são apenas o trabalhador normal do dia a dia...
Isso se a TV, Jornal Impresso e as Rádios não colocarem uma pá de cal em tudo....
Finalmente o brasileiro vai aprender e dar valor a seu emprego, antes valia o "QUERO QUE ME DEMITA", só para receber o FGTS mais a vergonhosa multa, de 40% sobre FGTS e correr para o seguro desemprego. Aliás a multa vergonhosa dos 40% continua, além dos 10%, multa sobre o FGTS não menos vergonhosa que o governo embolsa.
ReplyAté quando, esse vergonha vai continuar???