Com o resultado do IBC-Br de outubro
em mãos, um pouco pior do que o previsto, analistas do mercado
financeiro revisaram mais uma vez suas projeções para o Produto Interno
Bruto (PIB) de 2015 e 2016 para baixo. De acordo com o Relatório de
Mercado Focus divulgado pelo Banco Central, (na foto Tombini, presidente) perspectiva de retração da
atividade do ano que vem passou de 2,67% para 2,80%.
Para
2015, a previsão de contração do PIB saiu de 3,62% para 3,70%. No
Relatório Trimestral de Inflação de setembro, o BC revisou de -1,1% para
-2,7% sua estimativa para a retração econômica deste ano. Uma nova
edição desse documento será divulgada na quarta-feira.
Mesmo com a aproximação do fim do ano, a
mediana das projeções para o IPCA de 2016 subiu mais um degrau no
Relatório de Mercado Focus. Agora, a taxa está em 6,87% ante 6,80% da
semana passada. O Banco Central já avisou não focar mais 2016, mas, sim,
2017 em sua tarefa de levar a inflação para o centro da meta, de 4,5%.
No
caso de 2015, a mediana avançou de 10,61% para 10,70%, registrando a
14ª semana consecutiva em que há alta das estimativas para esta
variável. Para a inflação de curto prazo, a estimativa para dezembro
subiu de 0,90% para 0,98% de uma semana para outra. No caso de janeiro
do ano que vem, a taxa permaneceu em 0,84% de uma semana para outra.
Juro. O mercado financeiro saiu do muro e
agora projeta que a taxa básica de juros encerrará 2016 em 14,75% ao
ano. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom)
do ano, o colegiado manteve a Selic inalterada, mas com dois votos
dissidentes de alta (0,50 pp). Um próximo encontro está marcado para o
dia 20 de janeiro. Desde então, o discurso dos membros do Copom,
incluindo o do presidente Alexandre Tombini, se manteve mais duro em
relação ao combate ad inflação.
Dólar. A 10 dias para o fim de 2015, o
mercado financeiro mudou pouco sua estimativa para o comportamento do
câmbio. De acordo com o Relatório de Mercado Focus, a moeda deve chegar
em 31 de dezembro comercializada a R$ 3,90, como já previa na semana
passada. Um mês antes, a mediana das previsões estava em R$ 3,95. Para o
encerramento de 2016, a mediana das estimativas para o dólar seguiu em
R$ 4,20 pela oitava semana seguida. (Estadão)
2 comentários
Ponham esses percentuais previstos para 2016 em cima dos desastrados de 2015;aí o leitor pode ter uma idéia geral das perdas...
ReplySr.Antonio Rocha o pior que o povo não se liga nesses números! E quando alguém fala eles ainda acham que somos apocaliptísticos demais!Espero que eles estejam certos, porque no rumo que está indo não tem como fazer outra previsão.
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