(Estado) O Tribunal de Contas da União (TCU)
responsabilizou nesta quarta-feira, 26, o ex-presidente da Petrobrás
José Sérgio Gabrielli e outros executivos da estatal por irregularidades
em obras na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, a
cargo de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato.
Como antecipou
o na terça-feira, auditorias da corte detectaram prejuízo de R$ 1,27 bilhão em oito contratos para modernizar a refinaria.
O
sobrepreço bilionário foi calculado a partir de dados levantados pelos
auditores da corte e do compartilhamento de informações da Lava Jato
pela Justiça Federal no Paraná. O valor das perdas pode ser bem maior
que o já apurado, pois a área técnica da corte analisou despesas de R$
3,8 bilhões, que correspondem a apenas uma parte do valor total aplicado
(R$ 10,7 bilhões).
Diante dos dados compartilhados, e do esquema de cartel e
corrupção já revelado na operação, o TCU pediu ao Ministério Público de
Contas, que atua junto à corte, que avalie se é pertinente reabrir
outras investigações sobre a Repar que haviam sido arquivadas sem
indicar irregularidades, pois podem ser detectados novos débitos.
Na sessão desta quarta, o tribunal decidiu abrir tomadas de
contas especiais (TCE) para apurar o valor exato do dano ao erário e
avaliar eventuais punições a dirigentes da estatal. Gabrielli alega que,
como presidente, não tinha funções executivas relativas aos contratos,
atuando apenas em tarefas e coordenação. Além dele, serão alvos desses
processos o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, um dos
presos da Lava Jato, e o ex-gerente-executivo da Diretoria de
Abastecimento Pedro Barusco, que atualmente cumpre prisão domiciliar,
após confessar participação nos desvios em regime e delação premiada.Nas
TCEs, o tribunal também avaliará sanções contra gerentes da estatal à
época das obras.
Quase todo o dano ao erário apurado é referente a três
contratos com o chamado “clube” de empreiteiras investigado na Lava
Jato. Nas obras a cargo da Camargo Corrêa e da Promon Engenharia
(Consórcio CCPR), o prejuízo foi de R$ 551 milhões. O contrato executado
pela MPE Montagens com a Mendes Júnior e a SOG Óleo e Gás (Consórcio
Interpar) tinha “gordura” de R$ 460 milhões. Já nos serviços a cargo de
Odebrecht, OAS e UTC (Consórcio Conpar), foi achado sobrepreço de R$ 184
milhões.
Para o TCU, a Diretoria Executiva da Petrobrás, presidida por
Gabrielli de 2005 a 2012, restringiu a competição em licitações como
“estratégia corporativa”, o que favoreceu as empreiteiras do chamado
“clube”. Elas foram contratadas por valores até 19% acima do
inicialmente estimado pela estatal. Depois disso, foram beneficiadas por
aditivos que aumentaram mais ainda o valor a ser pago.
“Considerando que esses procedimentos facilitaram sobremodo a
formação do cartel de empresas revelado pela ‘Lava Jato’, com
gravíssimas consequências morais e materiais para a empresa, julga-se
pertinente a atribuição de culpa não apenas ao presidente da companhia
da época (Gabrielli), mas também aos então diretores de Abastecimento,
Paulo Roberto Costa, e de Serviços, Renato Duque, e ao ex-gerente
executivo Pedro Barusco”, justificam os auditores.
6 comentários
E o José Eduardo Dutra? Por que estão acobertando este malandro?
ReplyQuando vão prender Gabrielli? Nunca. Petista está fora do radar da justiça.
Reply>>
ReplyNão só o Gabrielli. E o Lula quando vai em cana?
Enquanto não prenderem o Brahma, fica uma sensação de que não houve Justiça, já que o chefe dessa mafia toda continua impune.
<<
Foi este ladrão que o ex presidente luladrao falou que ele foi o melhor presidente da petrobras, só não falou que era melhor presidente que roubou e quebrou a petrobras.
ReplyTambém me pergunto:quando chegará a vez do Gabrielli???
ReplyFoi no tempo dele que ocorreram as maiores falcatruas.
ão pode predê-lo,pois deve se um "santo" corrupto!.
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