(Estadão) O ministro Gilmar Mendes determinou nesta segunda-feira que o
Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) reabra uma
investigação para apurar se o governador de Minas, Fernando Pimentel
(PT) e seu vice, Antônio Andrade (PMDB-MG) cometeram abuso de autoridade
e de poder econômico durante as eleições de 2014.
O ministro deu despacho favorável a um recurso de
autoria da coligação pela qual Pimenta Neves (PSDB) concorreu ao governo
mineiro no ano passado. Anteriormente, o TRE-MG havia rejeitado o
pedido de investigação apresentado pela coligação opositora a Pimentel.
Em seu despacho, Gilmar disse que a decisão do Tribunal foi
"precipitada" ao dizer que com certeza não houve nenhum ilícito
eleitoral. "Na prática, a Corte Regional não cuidou em reconstruir a
verdade, como propugna a doutrina mais abalizada, mas sim em
simplesmente presumi-la", escreveu o ministro em sua decisão.
No pedido de investigação apresentado pela coligação liderada
pelo PSDB, Pimentel e Andrade são acusados de terem se beneficiado da
estrutura do governo federal, antes mesmo do início da campanha
eleitoral, para se promoverem como candidatos. Para tal, a coligação
aponta a participação dos então pré-candidatos em oito eventos oficiais
do governo federal que contaram com a participação da presidente da
República, Dilma Rousseff, em sete municípios mineiros.
São apontados
eventos realizados entre fevereiro e abril do ano passado no qual foram
entregues benefícios de programas sociais, como o Minha Casa Minha Vida e
o Pronatec que, segundo o PSDB, ultrapassam R$ 200 milhões. Tanto
Pimentel quanto Andrade foram ministros do primeiro governo Dilma. Sendo
o primeiro ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e
o segundo, ministro da Agricultura.
Com a decisão, o TRE-MG terá de refazer o acórdão que rejeitou
o pedido da coligação liderada pelo PSDB e reavaliar o caso. A
Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) acabou vencida, pois tinha dado
parecer contrário ao recurso.
Ainda no despacho, Gilmar Mendes pondera que sua decisão é
liminar e não decide sobre o mérito da ação "até mesmo pela ausência de
elementos probatórios a confirmar o que narrado na exordial - observo
que, ao menos em tese, as condutas narradas não se distanciam da
configuração do abuso de poder político", escreveu o ministro.
5 comentários
Coronel
ReplySegundo parágrafo: candidato de Aécio Neves em MG, não seria Pimenta da Veiga, ao invés de Pimenta Neves. Ou a colocação foi proposital???
Que reabram o processo e apurem as falcatruas petralhas em Minas.
Chris/SP
Como explicar que o anastácia e o aécio branca de neves perderam fragorosamente para o pinoquio pimentel?
ReplySerá que pimentel nos olhos dos dois é refresco?
Deus e grande. A justiça será feita. Temvde apurar tambem a questão envolvendo os Correios na campanha. Muita lama.
ReplyE no país da Alice, impunidade zero para os políticos... e o povo tarda à acordar.
ReplyO nome do candidato do PSDB em Minas é do ex dep.,ex ministro de comunicação de FHC,ex prefeito de BH,e várias vz. dep. federal João Pimenta da Veiga.que sempre teve e terá o meu voto .
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