12 de abril será maior que 15 de março: 400 cidades já aderiram contra 250 da manifestação anterior.

(Valor) Menos de um mês depois de marcharem divididos país afora entre bandeiras do combate à corrupção, do "Fora PT" e da defesa da intervenção militar, grupos da sociedade civil prometem voltar às ruas no domingo unidos em torno do mesmo pedido: o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os organizadores da segunda manifestação contra o governo ampliaram o número de cidades em que farão atos, mas ainda têm dúvidas se conseguirão uma adesão popular igual ou maior à que tiveram em 15 de março.

O grupo "Vem Pra Rua", que planeja protestos contra o governo em quase 400 cidades, decidiu aderir à bandeira do impeachment da presidente. Na manifestação anterior, o movimento evitou defender a saída de Dilma do cargo e focou na defesa do combate à corrupção no governo federal. Clique aqui e confira os locais no blog do Augusto Nunes.

O líder do grupo, o empresário Rogério Chequer, reclama que o governo não apresentou mudanças concretas depois dos protestos do mês passado, que levaram uma multidão às ruas, e afirma que há bases jurídicas para levar adiante o processo de impeachment. Para Chequer, os parlamentares precisam agir diante das manifestações. "O impeachment não é um processo só jurídico, mas também político. O Congresso deveria ouvir o clamor das ruas, pela magnitude que tiveram os protestos", diz.

Temas em debate no Congresso, como a ampliação da terceirização, que deve atingir em cheio os direitos trabalhistas e que foi votada nesta semana pela Câmara, deverão passar ao largo dos discursos do grupo. "Isso não faz parte das prioridades nacionais", afirma o porta-voz do Vem Pra Rua. "O Brasil tem problemas de sobra e não temos tempo nem recursos para fazer tantos debates. Temos que priorizar a democracia e a estabilidade em nível federal", diz.

Chequer afirma que o grupo ampliou a participação de 241 para 392 cidades em relação ao protesto de março, mas aposta em um "público parecido" numericamente com o de março. O líder do Vem Pra Rua diz que mais importante do que o número de participantes é a "capilaridade" dos atos contra Dilma. "Teremos mais manifestações no Norte e no Nordeste". O grupo diz ter gastos da ordem de R$ 20 mil, bancados por "voluntários e simpatizantes". As camisetas vendidas pelo movimento passaram de R$ 25 para R$ 30.

O "Movimento Brasil Livre", que afirma ter confirmações de atos em cerca de 160 cidades, manterá a defesa do impeachment e diz ter recebido a adesão de outros grupos com a mesma bandeira. Para o advogado Rubens Alberto Nunes, representante do grupo, a saída de Dilma da Presidência é "o objetivo único" dos atos. "O governo está receoso e tem sentido temor das manifestações", afirma.

O movimento diz que dobrou o número de cidades em que fará manifestações e afirma que levará uma espécie de palco para a avenida Paulista, que deve concentrar o maior número de manifestantes no domingo, e também estima gastos da ordem de R$ 20 mil. A Polícia Militar de São Paulo fechará no fim da manhã a avenida inteira para o ato.

Em comum, os dois maiores grupos organizadores das manifestações de domingo tentam manter-se distantes dos movimentos que pregam a intervenção militar e a volta da ditadura, como o Revoltados Online e o SOS Forças Armadas, que chegaram a desfilar com torturador em cima de carro aberto na avenida Paulista, em São Paulo.

O Vem Pra Rua e o Movimento Brasil Livre afirmam também que não deixarão políticos subirem nos carros de som, para evitar a partidarização dos atos. Na manifestação passada, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SD) levou um carro de som à avenida Paulista mas foi vaiado. Lideranças do PSDB, como o presidente do partido, senador Aécio Neves (MG), ainda estudam se vão participar das manifestações.

Depois dos atos de 15 de março, a popularidade da presidente atingiu sua pior marca. Três dias depois do ato de março, Dilma tentou melhorar a imagem de seu governo, com o lançamento de pacote de medidas de combate à corrupção. No entanto, duas semanas depois dos protestos, apenas 12% afirmaram que o governo é "ótimo ou bom" e 64% avaliaram como "ruim ou péssimo", segundo pesquisa Ibope divulgada no dia 1º. Na pesquisa anterior, de dezembro, 40% aprovavam o governo e 27% desaprovavam. No levantamento do início deste mês, 74% disseram não confiar na presidente.

Dilma reuniu-se com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir os protestos e promoveu mudanças em seu ministério, para melhorar a comunicação e a articulação política, mas ainda teme perder o controle sobre a crise política que enfrenta. O governo federal acompanha com atenção a segunda rodada de protestos, mas aposta em uma mobilização menor do que em março. Nas redes sociais e na mídia, o ato de domingo não tem o apelo que teve em março.

16 comentários

CORONEL

Sou de opinião que os caminhoneiros deveriam ser incentivados , se já não são, a participar ativamente dos protestos.A atuação deles é contagiante,motivaora .

#FORA DILMA!!!!!

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muito boa a coluna do reynaldo azevedo hoje na folha ! OU O AÉCIO VEM PRA RUA NO DIA 12 DE ABRIL OU ESTARÁ MORTO, JUNTO COM O PT !

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ATENÇÂO : Temos que dar o respaldo as estes homens que estão lutando para passar o país a limpo . VIVA a PF , MPF e a JUSTIÇA FEDERAL . VEM PRA RUA . O Brasil precisa de você . Dia 12 .

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Coronel

Hoje li a coluna de RA na Folha "Trabalhadores sem partido, uni-vos!" e no final ele encerra dizendo:

"PT X PSDB. Que coisa velha! Também o PSDB terá de se REINVENTAR, e haverá de ser à direita, se não quiser ser banido, junto com o PT, do universo de referências desses que ora despertam."

Portanto, Aécio PRECISA estar nas ruas DIA 12/4 para honrar seus 51 milhões de votos de brasileiros indignados.


Chris/SP

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A situação está preta , mas a pergunta é : " O que eu posso fazer ? "
O governo acusou o golpe da 15 de março .
Indo para a rua , de novo , este governo vai ficar sabendo que não está livre e solto para fazer as bobagens que os esquerdistas querem ( controle da mídia , taxação de heranças , etc . ) , enquanto o Brasil precisa simplesmente de bom governo.
Sua importância é enorme . Para contar 4 milhões de participantes , é preciso contar um por um . E este um , que é você , não pode faltar.

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Não só irei no ato de 12 de Abril, como levarei comigo mais quatro pessoas que aderiram ao FORA DILMA! FORA PT!!!

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PIRACICABA DO "QUINZE 2 X CORINTHIANS 2" PRESENTE NO DIA 12!
FORA 13!
FORA DILMA! FORA LULA! FORA PT! FORA TEMER!

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Àqueles que tentam motivar o Sen Aécio Neves a estar na rua dia 12/04, vamos lembrar que uma das bandeiras do movimento cívico é a despartidarização política. No dia 15/03, no RJ, o Dep Federal Jair Bolsonaro foi impedido de subir num carro de som e até convencido a se retirar da Av. Atlântica em Copacabana pois estaria sendo admoestado por parte dos manifestantes. A pergunta que se faz é: a quem interessa expor o Sen Aécio Neves a 2 dias da mega manifestação?

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Procura-se sócio investidor para montar empresa de fantasias.
Detectado grande demanda por fantasias de ratos.
Interessado entrar em contato.

+Marcelo F

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Atenção, colegas de Cascavel, Oeste do PR: 15 horas de domingo, na frente da Matriz, nosso povo trabalhador vai protestar contra as ratazanas que roubam os frutos de nosso suor de de nossas mãos calejadas. Em especial, vamos gritar conta a incompetente que não sabe governar. E vamos cantar o Hino Nacional.

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Mesmo raciocinio de Alexandre, The Great; `inteligencia emocional acima da impulsividade''
FORA PETRALHAS!

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PIRACICABA PRESENTE!
E' CANA PROS CORRUPTOS! (AMARGA)

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Cel
Não dá mais tempo do Aécio ficar filosofando: "vou ou não vou na manifestação"? Ser ou não ser o futuro presidente do Brasil, eis a questão. Espero que ele vá. Numa passeata do ano passado o Serra foi convidado para subir no camnhão e falar. Por que não o Aécio? Ele é que vá para o chão, no meio do povão, sob pena de se queimar, o que será um pecado.
Esther

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Concordo com o Alexandre the Great!

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Precismos dar respaldo a lava jato e isso deve ser fio indo para a rua doming.

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