PT deixa Dilma pendurada no pincel.

(O Globo) A contrariedade das bancadas do PT na Câmara e no Senado com o ajuste fiscal do governo, mostrada nesta segunda-feira em levantamento feito pelo GLOBO, causou incômodo no Palácio do Planalto. A presidente Dilma Rousseff e os ministros da articulação política não tinham dimensão da resistência dos parlamentares petistas aos projetos que restringem a concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários. A dissidência levou ao adiamento de reunião que ocorreria na noite de ontem entre o ministro Joaquim Levy (Fazenda) e a bancada do PT na Câmara para discutir a votação das medidas.

— Achamos muito ruim. Mostra os problemas que a articulação política do governo enfrenta — disse um ministro, que confirmou que a suspensão do encontro de Levy com os deputados petistas ocorreu por causa da posição da bancada. — Não vamos jogar o ministro aos leões — disse.

EXPLICAÇÕES DESENCONTRADAS
Duas explicações oficiais foram divulgadas minutos antes do anúncio de que não haveria mais reunião. A primeira, que o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) não poderia acompanhar Levy ao encontro porque participaria do jantar de Dilma com o PMDB. A outra foi a de que a bancada se reuniria com o ministro Luís Inácio Adams (AGU) para tratar dos efeitos da Operação Lava-Jato na economia. A reunião dos parlamentares com Levy foi remarcada para amanhã.

De acordo com a enquete, dos 59 deputados e senadores (de um total de 70 parlamentares) ouvidos pelo GLOBO, 40 disseram não concordar com as medidas enviadas ao Congresso e apenas 18 concordaram. Um não quis se posicionar.

No Planalto, o levantamento foi visto com surpresa, já que deputados e senadores se reuniram várias vezes na semana passada com integrantes do governo para discutir as medidas e apresentar sugestões. Um ministro que participou dos encontros com os petistas contou que senadores e deputados apresentaram críticas pontuais, principalmente quanto ao seguro-desemprego e sobre a dificuldade de o governo explicar as medidas à sociedade. Relatou que ninguém se posicionou contra o ajuste fiscal por não concordar filosoficamente com as propostas. 

O ministro Pepe Vargas (Relações Institucionais) minimizou a insatisfação dos parlamentares. Disse que confia na bancada e que ela votará com o governo. Ontem à tarde, Pepe conversou com o presidente do PT, Rui Falcão, por telefone, e recebeu os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) e do PT, Sibá Machado (AC), para tratar das medidas provisórias com a medidas. — A bancada do PT sempre foi fiel e tenho certeza que neste momento ela ajudará o governo — afirmou Vargas. 

No esforço para diminuir as resistências as medidas, o ministro da Defesa, Jaques Wagner, alardeou ontem o discurso do governo de que as mudanças não vão acabar com direitos do trabalhador, e garantiu que o PT, apesar das resistências, acompanhará o governo. — É preciso esclarecer bem o que é o ajuste e o que é direito do trabalhador, e espero que isso comece a ser feito agora. O PT e todos os partidos da base têm que ser esclarecidos. No debate, todos vão externar suas opções. Mas se a corda é elástica demais, arrebenta. Uma vez a posição tomada, todos vão seguir — afirmou Wagner depois de proferir aula magna no Curso Superior de Defesa da Escola de Guerra Naval, no Rio. 

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), reagiu à demonstração de resistências do partido e afirmou que “é essencial” que a bancada do PT aprove as medidas. — Neste momento o PT não pode faltar com o apoio à presidenta Dilma. O ajuste é necessário exatamente para preservar as duras conquistas dos últimos 12 anos. No momento de profunda especulação política, de ataque total ao nosso governo, o PT tem que ser a âncora da sustentabilidade. 

O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), afirmou ontem que não comentaria o resultado da enquete, mas sustentou que cabe ao governo convencer os parlamentares e a sociedade da importância deste ajuste fiscal. — Cabe ao governo convencer os agentes políticos e a sociedade da necessidade do ajuste e que este ajuste, no futuro, trará benefícios à sociedade. 

O peemedebista Lúcio Vieira Lima (BA) afirma que este tipo de postura do PT dificulta muito a interlocução do governo com sua base aliada. — Não podemos ter o partido da presidente dizendo que é contra o ajuste. Como a presidenta vai chegar para os outros e dizer: meu partido é contra, mas quero a compreensão de vocês? Quem pariu Mateus que o embale — criticou o peemedebista. 

LINDBERGH COBRA PRESIDENTE
Numa demonstração do nível de rejeição que atinge o PT, o senador Lindbergh Farias (RJ) fez um duro discurso ontem, cobrando uma postura positiva da presidente quanto ao crescimento econômico e defendeu o Imposto sobre as Grandes Fortunas. — O primeiro chamado que faço é que a Dilma, coração valente (lema de campanha da presidente), se dirija à Nação, defenda o emprego, o crescimento econômico. Nós não vamos admitir que mexam no PAC, cortem investimentos — disparou Lindbergh.

9 comentários

assisti o discursinho do petista linderberg, seria até interessante se o imbecil não usasse como parâmetro de comparação....A ALEMANHA ! se fosse coerente, também cobraria da sua PRESIDANTA como faz a MERKEL, não leva familiares em aviões do governo (força aérea), quando sai de férias...

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É impressionante como o Palácio do Planalto virou um terreiro de malfeitos e desgraças.
Neste segundo mandato, ainda não ouvimos uma notícia boa se quer, o anúncio de uma providência se quer, que seja boa para o povo ou para o Brasil. Só desgraças, só conchavos espúrios, só bate bocas dos bandidos.
Além do descaramento de concessão de aumento para os bandidos(as) locupletados nessa casa de tolerância, a desfaçatez da proposta do contribuinte pagar passagens para os passeios das periguetes que vivem a sombra dos bandidos.
Para o contribuinte, pacotes de desgraças, para os bandidos e as mulheres de vida fácil, as benécies.

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Que PAC, sr. Lindembergh? o Pac e' um engodo. Nao ha' pac nenhum. O Brasil, nestes doze anos de pt, nao tem infra estrutura, os portos estao sucateados, as estradas sao precarias em boa parte, falta energia ao Brasil, a que PAC o sr. se refere...?

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Articulação política???

A anta está abandonada, não tem nenhuma articulação política, ninguém ajuda naquele antro.

Agora ela resolveu chamar Jacques Wagner, Ministro da Defesa, para ocupar o lugar do Mercadante??? Só se ela estiver pensando em colocar os tanques na rua, como bem disse RA.

Pede para sair Dilma!!!!



Chris/SP

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Coronel,
só falta o PSDB vim falar em oposição responsável.

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O povo não pode salvar os cristais quando a casa arder em chamas.

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Agora é tarde para saltar de banda, fingir que não tem nada com isso.
Assim como ajudaram a parir o criança agora tem a obrigação de embalar.
O Mateus é um filho feio mas tem pai viu, PT, PMDB e PP.

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Ê lindobrega, coração babaca!

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Até quando teremos de ver o bico de Dilma? A tendência é piorar.

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