Abaixo, notícia publicada no site da CGU:
A Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu, nesta terça-feira (16), o relatório de auditoria relativo à compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), pela Petrobras. O trabalho da Controladoria registra que a aquisição da refinaria foi realizada por um valor superior àquele considerado justo, se levado em conta o estado em que Pasadena se encontrava à época (a chamada “condição As Is”). A auditoria da CGU aponta que o valor pago a mais foi de US$ 659,4 milhões.
A compra da refinaria foi feita em duas fases: os primeiros 50%, em 2006, e os 50% remanescentes, em 2008. Em relação à primeira metade, o relatório da Controladoria concluiu que a aquisição foi amparada em Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE), feito pela estatal, que não considerou todas as premissas aplicáveis ao negócio; essas, se consideradas, resultariam na redução do valor máximo aceitável para a compra.
Ainda em relação aos 50% iniciais, a CGU identificou que a argumentação usada para a aceitação de um valor superestimado foi fundamentada na potencial rentabilidade do empreendimento e não no valor dos ativos no estado em que se encontravam. Outro ponto observado pela equipe da Controladoria foi que a Petrobras, na condição de compradora, deveria e poderia ter buscado, nas negociações, entre os diversos cenários montados pela consultoria (Muse Stancil), o que mais a favorecesse e não o pior deles, como ocorreu. Desse modo, favoreceu-se a empresa belga Astra Oil – então proprietária de Pasadena – em detrimento da Petrobras.
O Relatório da CGU registra que a avaliação feita pela Muse Stancil sequer foi informada no documento que deu suporte à decisão dos órgãos colegiados – Diretoria e Conselho de Administração (DIP INTER-DN 20/2006). Pelo contrário, o referido documento informou que a avaliação dos ativos fora feita pelo Citigroup, em sua Fairness Opinion, o que não foi confirmado pelas evidências apuradas pela equipe de auditoria.
O trabalho da CGU registra, também, que os instrumentos que formalizaram a aquisição da refinaria de Pasadena continham cláusulas contratuais, que, quando conjugadas ao direito de venda conferido à Astra (put option), tornavam a relação negocial desvantajosa para a estatal brasileira. O relatório aponta a existência de cláusulas contratuais favoráveis à Astra, sem compensar de forma justa a Petrobras, e sem dividir os riscos do negócio de forma equânime.
Essas cláusulas permitiram a utilização de um dispositivo contratual que forçou a compra dos 50% remanescentes das ações pela Petrobras, mesmo sem ter havido a necessária autorização do Conselho de Administração para essa segunda etapa da aquisição. Nesse particular, a equipe da CGU aponta o que pode ser forte indício de manobra para forçar a aquisição dos restantes 50%: o exercício do direito de impor sua decisão (right to override), exatamente no dia anterior (19/06/2008) àquele em que estava prevista reunião do Conselho (20/06/2008). Isso proporcionou à Astra exercer, em contrapartida, sua faculdade de obrigar a Petrobras a consumar aquela aquisição (put option).
Encaminhamentos
O relatório de auditoria foi encaminhado ontem (16) à Petrobras para que a estatal possa adotar as providências necessárias no sentido de buscar, judicial ou extrajudicialmente, o ressarcimento do dano de US$ 659,4 milhões apontado pela CGU. O relatório foi também enviado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, aberta no Congresso para apurar o caso.
Com base no relatório, o ministro-chefe da CGU, Jorge, Hage, determinou ainda a instauração imediata de processos administrativos sancionadores em desfavor de 22 pessoas, dentre os quais ex-dirigentes, empregados e ex-empregados da Petrobras, incluindo os já identificados pela Comissão Interna da Apuração (CIA) da estatal.
Entre os que podem, ao final dos processo, vir a ser responsabilizados, estão o ex-presidente José Sérgio Gabrielli e os ex-diretores Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Jorge Zelada. A constituição das Comissões Processantes, na Corregedoria da CGU, e as notificações dos responsáveis para acompanhar os processos devem ocorrer nos próximos dias.
A Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu, nesta terça-feira (16), o relatório de auditoria relativo à compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), pela Petrobras. O trabalho da Controladoria registra que a aquisição da refinaria foi realizada por um valor superior àquele considerado justo, se levado em conta o estado em que Pasadena se encontrava à época (a chamada “condição As Is”). A auditoria da CGU aponta que o valor pago a mais foi de US$ 659,4 milhões.
A compra da refinaria foi feita em duas fases: os primeiros 50%, em 2006, e os 50% remanescentes, em 2008. Em relação à primeira metade, o relatório da Controladoria concluiu que a aquisição foi amparada em Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE), feito pela estatal, que não considerou todas as premissas aplicáveis ao negócio; essas, se consideradas, resultariam na redução do valor máximo aceitável para a compra.
Ainda em relação aos 50% iniciais, a CGU identificou que a argumentação usada para a aceitação de um valor superestimado foi fundamentada na potencial rentabilidade do empreendimento e não no valor dos ativos no estado em que se encontravam. Outro ponto observado pela equipe da Controladoria foi que a Petrobras, na condição de compradora, deveria e poderia ter buscado, nas negociações, entre os diversos cenários montados pela consultoria (Muse Stancil), o que mais a favorecesse e não o pior deles, como ocorreu. Desse modo, favoreceu-se a empresa belga Astra Oil – então proprietária de Pasadena – em detrimento da Petrobras.
O Relatório da CGU registra que a avaliação feita pela Muse Stancil sequer foi informada no documento que deu suporte à decisão dos órgãos colegiados – Diretoria e Conselho de Administração (DIP INTER-DN 20/2006). Pelo contrário, o referido documento informou que a avaliação dos ativos fora feita pelo Citigroup, em sua Fairness Opinion, o que não foi confirmado pelas evidências apuradas pela equipe de auditoria.
O trabalho da CGU registra, também, que os instrumentos que formalizaram a aquisição da refinaria de Pasadena continham cláusulas contratuais, que, quando conjugadas ao direito de venda conferido à Astra (put option), tornavam a relação negocial desvantajosa para a estatal brasileira. O relatório aponta a existência de cláusulas contratuais favoráveis à Astra, sem compensar de forma justa a Petrobras, e sem dividir os riscos do negócio de forma equânime.
Essas cláusulas permitiram a utilização de um dispositivo contratual que forçou a compra dos 50% remanescentes das ações pela Petrobras, mesmo sem ter havido a necessária autorização do Conselho de Administração para essa segunda etapa da aquisição. Nesse particular, a equipe da CGU aponta o que pode ser forte indício de manobra para forçar a aquisição dos restantes 50%: o exercício do direito de impor sua decisão (right to override), exatamente no dia anterior (19/06/2008) àquele em que estava prevista reunião do Conselho (20/06/2008). Isso proporcionou à Astra exercer, em contrapartida, sua faculdade de obrigar a Petrobras a consumar aquela aquisição (put option).
Encaminhamentos
O relatório de auditoria foi encaminhado ontem (16) à Petrobras para que a estatal possa adotar as providências necessárias no sentido de buscar, judicial ou extrajudicialmente, o ressarcimento do dano de US$ 659,4 milhões apontado pela CGU. O relatório foi também enviado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, aberta no Congresso para apurar o caso.
Com base no relatório, o ministro-chefe da CGU, Jorge, Hage, determinou ainda a instauração imediata de processos administrativos sancionadores em desfavor de 22 pessoas, dentre os quais ex-dirigentes, empregados e ex-empregados da Petrobras, incluindo os já identificados pela Comissão Interna da Apuração (CIA) da estatal.
Entre os que podem, ao final dos processo, vir a ser responsabilizados, estão o ex-presidente José Sérgio Gabrielli e os ex-diretores Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Jorge Zelada. A constituição das Comissões Processantes, na Corregedoria da CGU, e as notificações dos responsáveis para acompanhar os processos devem ocorrer nos próximos dias.
15 comentários
O Sr. Jorge Hage, fala mas não age!
ReplySe agisse conforme os fatos, o nome de Dilma estaria incluído na lista. Afinal, ela era Presidente do Conselho da Adm. da PTroubrás, que deveria saber o que assina.
Chris/SP
Coronel,
Replya PresidAnta foi Ministra das Minas e Energia, depois foi Ministra da Casa Civil, era presidente do Conselho da Petrobrás e sabia de nada?????
No mínimo precisa ser indiciada por improbidade administrativa! Será este o nome?? Ou incapacidade pura? idiotia? Abestamento? Cegueria? Surdez????
Flor Lilás
Direto do Senado ou a mudança do discurso
ReplyMarco Maia altera relatório e apresenta 52 indiciamentos no caso Petrobras
Da Redação | 17/12/2014, 16h04 - ATUALIZADO EM 17/12/2014, 18h03 Tweetar
Edilson Rodrigues/Agência Senad
O relator da CPI Mista da Petrobras, deputado Marco Maia (PT-RS), acabou de apresentar aos parlamentares uma complementação de seu relatório, com esclarecimentos e correções. Entre as alterações, está o pedido de indiciamento de 52 pessoas e o reconhecimento de que a compra da refinaria de Pasadena, de fato, deu prejuízo à estatal.
Segundo Marco Maia, houve erros de interpretação quando seu relatório foi apresentado na semana passada. Além disso, ele lembrou que os investigados pela comissão já haviam sido formalmente indiciados e denunciados à Justiça. Por isso, para que não haja mais dúvidas, ele decidiu deixar claro em seu texto a indicação para indiciamento com a respectiva tipificação dos crimes cometidos por cada um.
Entre os indicados pela comissão de inquérito estão o doleiro Alberto Youssef e a contadora dele, Meire Poza; os ex-diretores Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, além de dezenas de dirigentes de empreiteiras. Nenhum político foi citado, nem o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Também não foi citada a presidente da companhia, Graça Foster.
Pasadena
Marco Maia mudou o posicionamento sobre a compra da refinaria de Pasadena depois que a Controladoria-Geral da União (CGU) enviou à CPI Mista um relatório resultante de uma auditoria especial. Com isso, passou a admitir prejuízo de US$ 561 milhões nos cofres da Petrobras por causa da negociação da unidade industrial nos Estados Unidos. Segundo Marco Maia, o documento da CGU chegou nas mãos dele somente na noite desta terça-feira (16).
OSSIANI
CORONEL
ReplyPermita um paralelo.Gsnhou notoriedade na imprensa estes dias o caso de um serial killer na baixada fluminense.Confessou a autoria de 43 assassinatos.Iniciadas as investigações, aí pela oitava ou nona confirmação, já tinham suas conclusões.O que viesse depois seriam só agravantes.
É O CASO DO GOVERNO DILMA ROUSSEF.Seu governo é constituído de corrupção,fraudes,mentiras,inépcia....Qualquer denúncia doravante serve apenas de agravante.O juízo de valor já está feito.
Ah! tem dó, CGU! Se a figura do presidente do Conselho não responde por nada, vamos excluí-la da folha de pagamento.
ReplyComo uma paspalha dessa ainda está como presidente do Brasil.
ReplyO PT está aproveitando a incompetência da oposição e da justiça para roubar o que ainda sobra nos cofres.
Só num Brasil desfeito, acabado é que um absurdo desse acontece.
Tire o cargo desses ladrões, como pode bandidos continuarem fazendo leis, dando ordens na vida do Pais?
Todos os cargos ocupados por incompetentes, que usam o poder para cometer aberrações, criar leis para facilitar os próprios crimes, 37 ministros roubando antes do apagar das luzes e não existem ninguém com poder para impedir isso?
"A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) anunciou nessa segunda-feira (15) a utilização de uma ferramenta que vai mapear a ocorrência de crimes de ódio na internet. O software vai coletar dados e identificar redes que se reúnem para fazer ofensas a grupos de pessoas. A ferramenta será o pilar das atividades do Grupo de Trabalho contra Redes de Ódio na Internet, criado em novembro para monitorar e mapear crimes contra direitos humanos nas redes sociais."
Quem é o PT para acusar e punir alguém de alguma, se são os criminosos mais perigosos do Brasil?
Ei oposição, quanta incompetência. Acabe com essa quadrilha.
No lulanato comunista é assim mesmo:
Replybom negócio é aquele que dá prejuízo, e só não entende quem não quer este a$$ombro lógico novilinguístico.
Cuidado com as palavras!!!!
ReplySó agora ficamos sabendo que se dissermos a alguém “você não merece uma bala” estaremos, em sentido contrário, a dizer que todos os demais mereceriam, e, portanto, cometendo o delito de incitação ao crime de homicídio (ou seria de lesão corporal?? kkkkkkk).
É uma piada!!! kkkkkkkk
E o “homem da lógica” endossa isso!!! Outra piada!!! kkkkkkkkkkkkkk
É o mínimo que tem que ser feito, se essa gente não conseguiu administrar a Petrobrás e acabou com tudo, vão continuar no cargo para que? Se não souberam administrar, vão saber recuperar? Ha! Ha! Ha! Ha! Ha! Ha! É claro que se perguntar para qualquer petista, o safado vai dizer essa administração tem que continuar, assim como vão dizer que o PT deve continuar no poder para sempre.
ReplySai prá lá safados, vocês estão mais sujos do que pau de galinheiro, só estão aí ainda porque a derrubada do PT está acabando de ser montada, mais algumas peças e ADEUS TRAMBIQUEIROS
É o mínimo que tem que ser feito, se essa gente não conseguiu administrar a Petrobrás e acabou com tudo, vão continuar no cargo para que? Se não souberam administrar, vão saber recuperar? Ha! Ha! Ha! Ha! Ha! Ha! É claro que se perguntar para qualquer petista, o safado vai dizer essa administração tem que continuar, assim como vão dizer que o PT deve continuar no poder para sempre.
ReplySai prá lá safados, vocês estão mais sujos do que pau de galinheiro, só estão aí ainda porque a derrubada do PT está acabando de ser montada, mais algumas peças e ADEUS TRAMBIQUEIROS
Esse é o Aécio Neves! Acabou de aparecer no Jornal da Bandeirantes dizendo exatamente o que penso:
Reply- "Não tem nada que botar panos quentes". Isso sobre indiciar Dilma, Vaccari, Gleisi Hoffman e cambada toda.
Valeu mesmo Aécio!! Espero que passe também no JN. Vamos ver.
Mariana
Agora, quando forem comprar bezerros para engorda, paguem sempre o valor do boi gordo, superestimem, não aceitem as condições do bezerro.
ReplyÉ um grande negócio, para o vendedor!
Quem seria a laranja por trás da Astra Oil?
ReplyVenina Veneno
ReplyO mundo é pequeno
Demais pra nós duas
Em toda trama que eu arrumo
Só dá PT, só dá PT
Só dá PT!
Yeh! Yeh! Yeh! Yeh!
(Graça Foster)
Por aqui vão livrar mesmo. Só que ela vai responder judicialmente por ações que estão e estarão sendo implementadas em diversos países. Essa estória de não sabia é só por aqui
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