No momento em que a corrida para a reeleição da presidente Dilma
Rousseff mostra-se mais acirrada, a campanha contará com reforço de
ministros petistas em sua reta final. O ministro Gilberto Carvalho
(Secretaria Geral da Presidência) vai entrar de férias a partir de
segunda-feira com esse objetivo. Há expectativa que os ministros Ricardo
Berzoini (Relações Institucionais) e Miguel Rossetto (Desenvolvimento
Agrário) tirem licença a partir da próxima semana. Já o ministro Paulo
Bernardo (Comunicações) saiu de férias anteontem, por dez dias, e disse
que vai “ajudar um pouco” na campanha presidencial e na de sua mulher,
senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que disputa o governo do Paraná e está
em terceiro lugar nas pesquisas.
Apesar de Berzoini e Rossetto ainda não terem batido o martelo a
respeito da saída temporária do governo, já há salas preparadas para
eles no comitê eleitoral de Dilma em Brasília. A eventual licença dos
dois deve ser escalonada. O governo e a campanha não querem que eles e
Carvalho saiam ao mesmo tempo para não parecer desespero diante do
desempenho da candidata do PSB, Marina Silva, que ameaça a reeleição de
Dilma, segundo as pesquisas.
CONTATOS COM A IGREJA
A assessoria de imprensa da Secretaria de Relações Institucionais
disse não estar “nos planos do ministro se afastar” da pasta. Já o
Ministério do Desenvolvimento Agrário não confirmou a informação de que
Rossetto vá deixar a pasta para cuidar da eleição de Dilma. A decisão,
segundo interlocutores do ministro, deverá ser tomada na próxima semana.
Gilberto Carvalho vai reforçar os contatos com a Igreja Católica e
com os movimentos sociais, tarefa que desempenha no governo. Petista
hitórico, ele também vai se engajar na mobilização dos militantes do PT.
Ontem, o ministro participou de reunião com os movimentos sociais em
Cuiabá. Hoje, Gilberto estará em Campo Grande, com agenda semelhante.
O comando da campanha pressionava Gilberto a deixar o ministério e se
dedicar exclusivamente à campanha desde maio. Petistas davam como certo
que ele deixaria o governo logo após a Copa do Mundo, mas ele preferiu
permanecer no cargo. Seu argumento foi que poderia ajudar na campanha
depois do expediente e nos finais de semana.
Berzoini e Rossetto, mesmo ainda no cargo, já estão empenhados na
campanha. Berzoini costuma participar das reuniões de coordenação que
acontecem à noite, geralmente uma vez por semana, no Palácio da
Alvorada. Já Rossetto tem participado de reuniões de estratégia política
e avaliação do cenário eleitoral no comitê central. Outros ministros
também têm participado de encontros no comitê de Brasília, como fez na
noite de desta quinta-feira Tereza Campello (Desenvolvimento Social).
Eles também vêm participando das agendas casadas de Dilma, que viaja
pelo país dividindo-se entre eventos de campanha e de governo. O
ministro do Desenvolvimento Agrário é um habitué. Nesta
quinta-feira, Rossetto acompanhou a presidente nos compromissos em
Fortaleza, onde ela visitou unidades do programa habitacional Minha
Casa, Minha Vida. Hoje, o ministro deve ir com Dilma à Expointer
(exposição de animais e equipamentos agropecuários), em Esteio (RS).
Na semana passada, Rossetto estava com Dilma no ato organizado pela
Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), para
apresentação de 13 propostas da entidade para a agricultura familiar e a
reforma agrária. O ministro ficou no palco, juntamente com a presidente
e outros integrantes do governo.
BERZOINI ORGANIZARÁ AGENDAS
Ex-presidente do PT e responsável pela articulação política do
governo, Berzoini é esperado no comitê de Dilma para organizar a agenda
da presidente e articular a campanha nos estados. Os compromissos
eleitorais de Dilma têm sido definidos em cima da hora e são alterados
com frequência. Mas, segundo funcionários do Planalto, ele ainda não
teria sacramentado se irá se licenciar para dedicar-se exclusivamente à
reeleição de Dilma.
No Palácio do Planalto minimiza-se as evetnuais saídas. A versão
corrente é que antes mesmo do crescimento de Marina nas pesquisas já se
discutia a possibilidade de quadros experientes do governo reforçarem,
na reta final, a campanha. Mas é nítido o aumento da mobilização. Depois
que a candidata do PSB disparou nas pesquisas de intenção de voto, a
coordenação da campanha de Dilma convocou uma reunião com o segundo
escalão dos ministérios — secretários-executivos e secretários nacionais
— para pedir empenho na disputa por uma segundo mandato.
Segundo participantes, o tom do encontro, na semana passada, foi o de
que quem está dentro da máquina administrativa tem mais condições de
fazer o enfrentamento político, porque teria mais argumentos. A
orientação, de acordo com pessoas presentes, foi manter o debate
propositivo, defender o governo, ocupar espaço e rebater críticas.
Surpreendida com a disparada de Marina, a campanha de Dilma recebeu
com alívio as pesquisas Ibope e Datafolha divulgadas na noite de
anteontem. O temor era que a candidata do PSB ultrapassasse a presidente
já no primeiro turno. Integrantes da campanha petista também ficaram
satisfeitos com a redução da vantagem da ex-senadora no segundo turno. (O Globo)
7 comentários
Porque o TSE ignora que o uso da máquina pública é crime?
ReplyAH! Sim, quem preside essa casa de tolerância é um petista!
Que pena de nós brasileiros...
ReplyVer aquela fotografia do megastério da Dilma é de chorar.
Puta merda... como somos babacas...
PT colocou a cavalaria em campo, mais especialmente o pior deles, Gilberto Carvalho.
ReplyEles não estão nem aí se é crime eleitoral ou não, pois estão devidamente acobertados pelo Sr. Toffoli lá no TSE, como bem lembrou o Anônimo 07:30.
Vai prá cima deles Aécio Neves!
Chris 45/SP
Gilberto Carvalho e o PT têm contado com uma ajuda muito poderosa: da CNBB, sua aliada, ao que parece estaria aparelhada pelo PT, sendo uma das provas nunca se confrontarem, as opiniões em geral nunca divergirem e os altos hierárquicos, como D Leonardo dizer que o comuna Plinio Sampaio era um "católico exemplar na política" e D Raymundo Damasceno dizer que o comuna E Campos era um "católico exemplar", além do veto parcial como queria o PT ao PLC 003/2013, sobre aborto e em mais ocasiões, outros apoios ou não restrições.
ReplyDesde D Hélder é assim!
Talvez sem interferencia até melhore. Nunca vi tão grande bando de nulidades e ladrões.
ReplyReuniões de coordenação no Palácio da Alvorada não são crime não, seu tofolino dilma figa?
ReplyAí fica provada a incapacidade de Dilma para formar um ministério: a inutilidade de tantos ministros. Tanto a presidente quanto os ministros não fazem falta no governo, como podemos ver.f
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