A engenharia financeira criada pelo governo para socorrer as
distribuidoras e evitar a pressão inflacionária este ano vai gerar um impacto
entre R$ 21,2 bilhões e R$ 40,3 bilhões para as tarifas residenciais de energia
a partir de 2015. Esses valores equivalem a um aumento de 21,9% a 42,7% para as
tarifas, dependendo do cenário hidrológico ao longo deste ano. A estimativa é
da consultoria de energia PSR, que considera, em um cenário médio, o impacto de
R$ 32,4 bilhões, ou de 34,1% na tarifa, para os consumidores residenciais.
As contas da PSR incluem um valor de R$ 4,7 bilhões da Conta
de Desenvolvimento Energético (CDE) que o governo diz que irá repassar ao
consumidor ainda este ano, com um impacto previsto de 4,6% na tarifa média do
consumidor. Na avaliação da consultoria, existe uma possibilidade de o governo
não repassar o valor neste ano, devido ao efeito que o ajuste causará na
inflação.
A PSR, no entanto, também fez projeções considerando o
repasse anunciado dos R$ 4,7 bilhões já neste ano. Nesse caso, no cenário
hidrológico de referência, o impacto para o consumidor seria de R$ 27,7
bilhões. Esse montante significa um acréscimo de 30,2% nas tarifas residenciais
de energia em 2015, se for repassado integralmente.
Se a quantia for repassada parceladamente nos próximos cinco
anos, a partir de 2015, como o governo pretende, o acréscimo será de 7,3% ao
ano. A conta inclui uma estimativa de IPCA de 6% ao ano. Por isso, a soma das
parcelas é superior aos 30,2% considerados em um eventual repasse integral em
2015. (Valor Econômico)
1 comentários:
Isso que me preocupa. Se ela se reeleger que carregue na cabeça este aumento absurdo, mas se for outro o presidente e o aumento for inevitável ignorante povo brasileiro brasileiro vai jogar a culpa nas costas dele, infernizar seu governo e ficar pedindo #voltalula. Quem viver verá.
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