Como presidente do Conselho de
Administração da Petrobrás, Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil do
governo Lula, aprovou em 2007 a aquisição de parte de uma refinaria no Japão. Diferentemente
do que ocorreu um ano antes, quando, segundo Dilma, o conselho decidiu comprar
a refinaria de Pasadena, nos EUA, usando informações incompletas, os
integrantes do colegiado da estatal foram avisados, no caso japonês, da
existência da cláusula Put Option, que obriga uma das partes da sociedade a
comprar a outra em caso de desentendimento.
Em texto assinado pela Secretaria
de Comunicação do Palácio do Planalto e encaminhado ontem ao Estado, Dilma
disse ter autorizado a compra da refinaria japonesa Nansei Sekiyu com base num
"resumo" elaborado pela diretoria internacional da Petrobrás, na
época comandada por Nestor Cerveró, no qual "está referida a existência de
cláusulas contratuais que materializaram o Put Option, bem como as informações
técnicas correspondentes".
No caso da refinaria de Pasadena, a presidente
havia informado ao Estado que o resumo que recebeu do mesmo Cerveró, demitido
ontem de um cargo de diretor na BR Distribuidora, era "falho" e
omitia condições do contrato como as cláusulas de Put Option e Marlim (que
garantia à sócia da Petrobrás um lucro mínimo independentemente da situação do
mercado).
Dilma disse na nota de terça que,
se soubesse das cláusulas, não apoiaria o negócio. As declarações da presidente
sobre Pasadena provocaram forte reação no meio político e empresarial. Sobre a refinaria Nansei Sekiyu,
em Okinawa, Dilma justificou que "a aquisição estava alinhada com a
estratégia geral da companhia (...) no que se referia ao incremento da
capacidade de refino de petróleo no exterior" e ressaltou que "a
refinaria detinha uma vantagem (...) por possuir um grande terminal de petróleo
e derivados".
Documentos internos da empresa,
aos quais o Estado teve acesso, mostram que o conselho, presidido por Dilma na
época, aprovou a compra de 87,5% do negócio no Japão. O ministro Guido Mantega
(Fazenda) também era integrante do conselho e avalizou a compra. Em entrevista
ao jornal Valor Econômico, o ex-presidente da Petrobrás José Sérgio Gabrielli
citou o contrato da refinaria de Okinawa como exemplo de que o Put Option era
comum nos contratos da empresa, colocando em dúvida a versão da presidente de
que foi surpreendida pela cláusula no caso Pasadena. O contrato do Japão não
continha a cláusula de Marlim.
Negócio. A compra da refinaria Nansei
foi aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobrás em novembro de 2007. O
negócio se assemelha à compra de Pasadena em pontos como o fato de a refinaria
japonesa, que custou US$ 71 milhões, não processar o óleo pesado produzido pelo
Brasil. Segundo pessoas envolvidas no negócio, a Petrobrás foi obrigada a fazer
investimento bilionário para adequá-la e reparar danos. Procurada, a estatal
não quis falar sobre a Nansei Sekiyu.
A Petrobrás chegou a anunciar que
tinha um comprador para a refinaria japonesa em 2013. No entanto, com a licença
de funcionamento da unidade vencida, o negócio não foi adiante. A petroleira
colocou a refinaria como um dos ativos de que pretende se desfazer para
reforçar o caixa e dar conta do plano que prevê investimentos de US$ 236,7
bilhões entre 2013 e 2017. A refinaria foi comprada de um
grupo japonês ligado à americana Exxon Mobil. A Petrobrás nunca detalhou
publicamente os investimentos feitos na instalação. (Estadão)
2 comentários
Coronel.
ReplyAte quando isso vai continuar, lula coloca a inepta, o pt!!! humm quer lula de volta, nosso povo aplaude e pede bis. Dinheiro rola esgoto abaixo, prende solta, atacam se defendendo, vergonha, essa que faz corar frades e coroinhas ninguém tem, antes eram milhões, agora são BILHÔES, daqui à pouco serão TRI. A copa vem ai quem sabe ela solucionara todos os nossos problemas, e matem todos os coelhos com uma só cajadada.
lula seria mais interessante q dilma.como o Brasil vai p o brejo,levaria ele junto,de vez.................
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