Não são apenas receitas abaixo do esperado que derrubam as contas do Tesouro
Nacional neste ano: a área econômica também cometeu erros de proporções inéditas
nas projeções de despesas. Na área social em particular, os programas de Previdência e amparo aos
trabalhadores tiveram seus gastos subestimados em mais de R$ 20 bilhões --ou
quase um ano de Bolsa Família.Tais benefícios têm pagamento obrigatório e montantes estimados no Orçamento.
As estimativas oficiais, atualizadas a cada bimestre, ainda estão longe dos
resultados observados no ano.
Contava-se, na lei orçamentária, com uma expressiva redução do deficit da
Previdência. O buraco, que precisa ser coberto pelo Tesouro, cairia dos R$ 40,8
bilhões de 2012 para R$ 33,2 bilhões. A previsão alimentou a tese oficial de que as três principais despesas
federais estariam em queda, repetida até o mês passado pela presidente Dilma
Rousseff (as outras são os juros da dívida e a folha de pessoal).
O deficit previdenciário, porém, está em alta desde o início do ano, e os
pagamentos de aposentadorias, pensões e auxílios têm crescido acima das
expectativas. Só até setembro, faltaram R$ 47,6 bilhões no caixa do INSS, um aumento de
espantosos 21,5% sobre o resultado do mesmo período em 2012. Os gastos cresceram a um ritmo de 13,1%, em vez dos 10,3% projetados
--aplicada sobre montantes que superam os R$ 300 bilhões anuais, a diferença é
grande.
A despeito dos sucessivos pacotes de desoneração tributária, as receitas da
Previdência não têm se comportado mal, com alta de 11,5%; o governo, no entanto,
contava com uma alta de 14,6%. Mesmo com o evidente descompasso com os resultados do ano, a projeção oficial
para o deficit só mereceu uma modesta revisão no mês de julho, quando foi
elevada para R$ 36,2 bilhões. Em setembro, o valor foi elevado em exatos R$ 12
milhões.
SEGURO-DESEMPREGO
A estimativa errada que mais tem movimentado a área econômica nos últimos
dias é a dos gastos com o seguro-desemprego, que crescem apesar de o mercado de
trabalho mostrar indicadores historicamente favoráveis. Acreditava-se que o seguro e o abono salarial, outro programa financiado pelo
FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), consumiriam R$ 40,3 bilhões no ano, pouco
acima dos R$ 38,9 bilhões do ano passado.
No período de 12 meses encerrado em setembro, os dois programas já haviam
desembolsado R$ 44 bilhões --naquele mês, a estimativa para o ano subiu para R$
41,8 bilhões; neste mês, como o governo já adiantou, a conta irá a cerca de R$
47 bilhões. O governo acredita pelo menos desde 2011 que há abusos na concessão do
benefício, mas nunca os gastos haviam se distanciado tanto das previsões. No ano
passado, foi preciso ampliar as verbas do seguro-desemprego em R$ 1 bilhão. (Folha de São Paulo)
7 comentários
por isto que a pelegada faz o diabo pra não perder eleição. Além de comprar todo mundo, ainda facilita a roubalheira. Haja dinheiro para os incompetente. Essa petralhada precisa sair o mais rápido do poder antes que fali o Brasil de vez.
ReplyCoronel,
Replysou professor universitário de uma IES federal e entre os pares se comenta muito um aumento de 28,86% dado em 1994 como resposta às políticas econômicas do período, que foi concedido em ultima instância judicialmente. Agora pense num rombo dessa magnitude em escala nacional.
A saída do governo será aumentar o apetite por impostos, escorchando a classe produtiva do país para manter o paraíso socialista tanto vendido.
Vem aí o rebaixamento da nota do Brasil no ranking internacional de liquidez. O Lula/Dilma não vão fazer nada além de continuar maquiando as contas e, internamente, vão procurar tapar o sol da inflação com a peneira. Isso é uma situação inevitável, já que a desorganização das contas nacionais é uma coisa que vem sendo tratada de forma sustentada pelo Lula e sua interina há muitos anos. Não fosse a agricultura, a coisa já teria estourando há muito tempo.
ReplyAgora, com o rebaixamento da nota internacional, provavelmente teremos menos recursos externos para financiar a gastança pública com assistencialismo sem critério e nem freio. A imagem do buraco negro sugando dinheiro a rodos é bem a propósito e foi por aí que acabaram a Grécia, Espanha, Venezuela, Argentina e nós somos eles já no ano que vem.
Coronel,a divida publica federal vai ultrapassar o PIB em 2027.
ReplyE o pior na verdade será antes por que desde 2007 e não sei por que não é divulgado a divida pública em mãos do BC não é contabilizada, em dez 2012 era de 906 bilhões somado a divida publica em mãos do público 2000 bilhões fica em torno de 2900 bilhões.
E a oposição não fala nada a respeito.
O BURACO NEGRO É A CONCENTRAÇÃO INFINITA DE CORRUPÇÃO QUE ATRAI MAFIOSI e comprou a justiça, trocou o STF pelo Supremo Circo Federal ou SCF.
ReplyA verdade que ninguém pode contestar:
Reply“Vivemos em um país onde aquele que cresce e busca o crescimento dos outros é penalizado. Se trabalharmos arduamente para aumentar nossos rendimentos, nosso patrimônio, somos penalizados com aumento do imposto de renda.
Se diminuímos a taxa de desemprego, sendo notadamente hoje um país empregador, somos penalizados com multas descabidas, como a do FGTS. Já virou praxe. Quem acaba pagando a conta em nosso país é o setor que mais emprega e paga impostos.
Em 2001, foi editada a Lei Complementar instituindo adicional na alíquota do FGTS mensal paga sobre a remuneração mensal dos empregados, aumentando de 8 para 8,5% e um adicional na multa do FGTS nos casos de demissão sem justa causa, passando para 50%. A multa normal, destinada ao empregado, é de 40%.
O adicional de 10% foi instituído em 2001 para cobrir o rombo de R$ 42 bilhões no FGTS (para reembolsar os trabalhadores que foram lesados pelos planos mirabolantes do governo) aberto pela decisão da Justiça de aplicar correção integral durante os planos Verão, no governo Sarney (l989), e Collor 1 (1990).
E quem está desde então pagando a conta? O empregador. Ou seja, o governo transferiu para a sociedade empresarial organizada a conta gerada pela má administração da economia do país. Os balanços de 2006 já mostravam recuperação do FGTS, o que justificaria o fim da multa em 31 de dezembro de 2010.
De fato, o adicional mensal de 0,5% valeu por 60 meses. Porém, convenientemente, a lei de 2001 não fixou prazo para o término do adicional de 10% na multa do FGTS em caso de demissão sem justa causa.
Ora, o FGTS depositado mês a mês já é uma GARANTIA destinada ao empregado em caso de desemprego involuntário e não há justificativa para a multa de 40%, quanto mais para o adicional de 10% ainda em vigor. Ou seja, o empregador já paga duas vezes pelo “ATREVIMENTO” e ao mesmo tempo “direito” de demitir um empregado sem justa causa, sendo totalmente absurda a manutenção do adicional de 10% instituído em 2001.
Atualmente, há o Projeto de Lei Complementar 378/2006, de iniciativa do ex-senador Renato Casagrande, que prevê a fixação de prazo para findar a cobrança do adicional de 10% em 1º de junho de 2013. O projeto foi aprovado em 2012 pelo Senado e ainda terá de ser votado pelos deputados federais, esperamos que ainda este ano.
Enfim, o dilema inflacionário que originou este gravame no bolso dos empregadores já foi devida e custosamente pago até 2010, tornando-se a multa desnecessária com o crescimento da economia de nosso país. Agora, é esperarmos bom senso de nossos representantes junto à Câmara de Deputados, porque, falo por mim, como empresário, estou cansado de pagar a conta.”( artigo no Diário de Santa Maria, 2013, por Cezar Augusto Gehm)
Duas coisinhas que ninhguém esta vendo?? será??
ReplyIBGE e IPEA completamente tomado pela petralhada! dali só sai números favoráveis! Portanto dados de desemprego e inflação já tem dedo sujo governista!
Bolsa família diminui o desemprego!! porque, literalmente, beneficiários não estão procurando emprego!