Farinha pouca, meu pirão primeiro.

As eleições de 2014 estão sendo orientadas pelos projetos regionais. Governadores buscando reeleição ou fazer a sucessão darão a tônica da campanha. Palanques duplos e até triplos são vistos com naturalidade pelos partidos. Esta é a grande dificuldade do PSDB para se rearranjar como oposição, no momento em que todos só pensam apenas na própria situação. Abaixo, matéria da Folha de São Paulo.
 
Com dificuldades para formar alianças com outros partidos, o senador Aécio Neves, potencial candidato do PSDB à Presidência no ano que vem, terá que se empenhar também para segurar palanques tucanos pelo país. Atualmente o PSDB governa oito Estados, mas cinco desses palanques podem ruir ou acabar divididos --entre eles os dos dois maiores colégios eleitorais do país, São Paulo e Minas Gerais.
 
O mineiro já conversou com aliados locais e terá na formação de candidaturas regionais uma de suas principais missões após sua esperada eleição como presidente nacional da legenda, no final do mês. "Ele vai pilotar isso pessoalmente. Mas os Estados já governados pelo PSDB são as alavancas maiores do projeto nacional", diz o presidente do PSDB-MG, deputado federal Marcus Pestana, que rechaça dificuldades com os aliados tucanos.
 
Em São Paulo, há problemas em vista porque o governador Geraldo Alckmin (PSDB) trabalha para manter em seu governo o PSB de Eduardo Campos, que deve ser adversário de Aécio. O temor é que Alckmin não se empenhe na candidatura do mineiro para não atrapalhar seu projeto de reeleição.
 
O palanque está bambo também em Minas, terra natal de Aécio, onde um dos cotados para concorrer é o vice-governador Alberto Pinto Coelho, do PP, partido que integra a base do governo Dilma Rousseff (PT). A sigla ficou neutra nas eleições de 2010, mas seu novo presidente, o senador Ciro Nogueira, já defendeu apoio à petista no ano que vem. Porém, como a maioria dos pré-candidatos pepistas é mais ligada aos tucanos do que ao PT, aliados de Aécio dizem não esperar problemas.
 
Em outros três Estados, os candidatos dos governadores tucanos são de outras siglas ou podem migrar para novas legendas e apoiar Campos. O governador de Roraima, José de Anchieta Júnior (PSDB), atualmente apoia seu vice Chico Rodrigues, recém-filiado ao PSB do governador pernambucano. Embora aliados de Anchieta afirmem que a mudança não causa preocupação, já que a candidatura do pernambucano ainda não está definida, Rodrigues já decidiu seu lado. "Eu sou do PSB. Se o Eduardo Campos for candidato, então ele será meu candidato", afirma Rodrigues.
 
Já o titular de Alagoas, Teotonio Vilela, tem como principal nome para sua sucessão o vice Thomaz Nonô (DEM), cotado para migrar para o PSB. Nonô diz que ainda aguarda uma conversa com Campos para definir seu destino. Mas mesmo que não mude de sigla, o DEM, tradicional aliado dos tucanos, já deu sinais de que pode apoiar Campos. A candidatura do pernambucano também virou um fantasma para Aécio no Tocantins, onde o governador Siqueira Campos (PSDB) planeja eleger seu filho, Eduardo Siqueira Campos (PSDB), que também está sendo sondado pelo PSB.
 
O secretário-geral do PSDB, deputado federal Rodrigo de Castro, afirma que o partido trabalha com a perspectiva de ter oito governadores apoiando o mineiro. "Os governadores apoiam Aécio e têm falado que irão deixar um palanque favorável", afirma.

5 comentários


Não há o que temer, o eleitor, na sua maioria, vota em pessoas, e separa seu voto para cada cargo de Presidente a deputado federal, não é falta de palanque que atrapalha.

O mais importante é ter o discurso certo, e carisma.....o primeiro espero que Aécio consiga construir, o segundo ele tem de sobra.

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sinceramente, cel, o que eu quero mesmo é ver esta corja toda de políticos longe do poder. destes parlamentares que se salva somente Jair Bolsonaro, de resto só interesse pessoal. já tá na hora de por esta turma pra correr.

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Aecio vai esperimentar o próprio veneno! Infelizmente.

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O eleitor não está e nem quer estar ligado a políticos.O seu voto é soberano.O que esses Petralhas fizeram com o País é a maior tragédia da história.Basta o Aécio saber explorar tudo isso de forma competente,que tira essa quadrilha do poder pra sempre.

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O Aécio para viabilizar precisa arregaçar as mangas, viajar mais, dar mais declarações polemicas e atacar o Governo do PT sem dó nem piedade. Precisa dar uma de Collor nos anos 89/90. Discurso comportado não funciona. Precisa dar uma de Jair Bolsonaro.

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