É nítida a estratégia do PSB de atacar o PMDB pelo lado da ética, como se não comandasse o incompetente e corrupto Ministério da Integração Nacional, responsável pela Transposição do São Francisco, por exemplo. Abaixo, matéria do Valor Econômico.
O candidato do PSB a presidente da Câmara, Júlio Delgado
(MG), não conseguiu levar a disputa, como pretendia, ao segundo turno, mas
utilizou o tempo que lhe foi disposto na tribuna na apresentação de sua
candidatura para marcar a posição política de seu partido e pontuar suas
diferenças com o PMDB. Exatamente como planejara o presidente nacional do PSB,
governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos.
Delgado procurou destacar essas diferenças a partir da
avaliação de que seu principal adversário que acabou vitorioso, Henrique
Eduardo Alves (PMDB-RN), não teria condições de pautar uma agenda positiva ao
país, focada na economia e na rediscussão do pacto federativo, por ser alvo de
denúncias de irregularidades.
"A política internacional que se avizinha demonstra a
dificuldade que temos no exercício da retomada do crescimento. Que temos
compromissos, aqui nesta Casa, com uma pauta positiva, com uma pauta que
estabeleça marcos regulatórios, que possa estar voltada para a nova área
energética, voltada para os interesses dos municípios."
Disse ter uma proposta diferente da de Alves sobre o
tratamento a ser dado às emendas parlamentares. Enquanto o pemedebista defendeu
o orçamento impositivo, que obriga o governo a liberar recursos das emendas,
Delgado apresentou uma proposta mais dócil ao governo. Trata-se do
contingenciamento proporcional, pelo qual a restrição para liberar emendas
acompanha a restrição orçamentária de outros órgãos do governo.
Foi a deixa também para atacar Alves e o PMDB. "Não
tenho, e a maioria dos colegas não tem, um funcionário a executar as emendas
para serem realizadas pela própria empresa da qual o seu funcionário é chefe de
gabinete. Essa é a exceção, senhores deputados. Nós somos a regra", disse,
em referência à denúncia contra Alves de que ele favoreceu um agora
ex-funcionário no manejo de suas emendas parlamentares. "Queremos que
esses recursos cheguem de forma límpida, tranquila e transparente, para que os
nossos prefeitos possam ter uma luz, possam ter um recurso a mais, possam fazer
uma obra a mais", completou.
Depois mencionou, sem citar o nome, o vice-presidente Michel
Temer, presidente licenciado do PMDB. Ele citava a proposta de Alves de mudar o
funcionamento da TV Câmara. "Se o deputado Henrique leu o discurso do seu
colega candidato a presidente há quatro anos [Temer], também do PMDB. Eu o li.
E acho que o deputado Henrique também o leu porque aquilo que ele disse com
relação à TV Câmara foi exatamente o que foi dito pelo candidato à época e até
hoje está do mesmo jeito."
Também criticou a tentativa do PMDB de fazer de Alves um
candidato único na eleição de ontem. "Colocamos e nos apresentamos contra
aquela que era chamada de candidatura única. E a candidatura única não é a
candidatura que permite o debate. Ela inibe o debate. Ela proíbe que esta Casa
possa discutir justamente as propostas aqui, de uma forma ou de outra. "
1 comentários:
Sr Coronel:
ReplyÉtica é para homens não para ratos que vivem da miséria de seu povo.
Saudações
Ps já chega a reserva moral do nordeste estar nas maõs dos irmãos gomes,o povo nordestino não carece de mais:
sarney,lobão,gomes,alves,campos,calheiros, collor,silva,irmãos rebelo,celeiro da moral brasileira.
Saudações