A crença é que o Banco Central não mira mais o centro da meta da
inflação e aceita uma alta de preços maior para não prejudicar o
crescimento. Controla fortemente o câmbio e, para completar, a equipe
econômica faz maquiagens nas contas públicas. Essa criatividade do
Ministério da Fazenda está na mira dos especialistas.
Para o
ex-presidente do BC Gustavo Loyola, o tripé está em baixa. O governo não
deixa claro qual é a meta de inflação que realmente persegue. Diz que
seus sucessores esperam chegar à meta “quando Deus der bom tempo”. Além
disso, segundo Loyola, o câmbio é usado como instrumento de
competitividade. Ele admite que nunca houve uma flutuação pura, ou seja,
o dólar nunca foi realmente livre. No entanto, ataca o intervencionismo
atual. E reprova a falta de transparência das contas públicas. O
economista resume o “novo mix de política econômica” a juro baixo e
câmbio alto:— Essa política não gera equilíbrio sustentável — diz
o economista. — Num ou noutro ano pode funcionar, mas em outros anos
pode trazer desequilíbrios como a inflação de volta.
Uma novidade
que incitou acusações mais diversas foi a proposta de alterar a Lei de
Responsabilidade Fiscal. O PT ousou tocar num dogma do governo anterior
aclamado pelos economistas. No apagar das luzes de 2012, a equipe
econômica driblou o Tribunal de Contas da União (TCU) e enviou projeto
ao Congresso para usar o que arrecadar a mais para dar benefícios
fiscais. O ministro da Fazenda interino, Nelson Barbosa, diz que foi só
um aperfeiçoamento. — É uma crítica de uma proposta que não foi lida, sinceramente.
Até
um dos gurus da equipe econômica, o professor da Unicamp Luiz Gonzaga
Belluzzo, concorda que o governo tem errado a mão em medidas na área
fiscal. Para ele, não era preciso tanto malabarismo. Seria mais honesto
admitir que, nos anos mais difíceis, não é possível cumprir a meta de
economia para pagar juros da dívida. O acadêmico considera que o país
tem uma boa situação fiscal e exorta os economistas que insistem em
discutir superávit primário e se esquecem de questões estruturais: as
críticas são exageradas, porque ninguém vai abandonar a política de
combate à inflação. —Tivemos um processo de desindustrialização e o foco das discussões, agora, tem de ser investimento — diz o economista. Belluzzo
argumenta que o Brasil perde oportunidades de embarcar em revoluções
tecnológicas. Com isso, o país dá adeus à chance de tomar mercado dos
protagonistas da economia mundial que estão em crise. E continua a
depender de produtos básicos.
De acordo com um dos mais ácidos
críticos do atual governo, o ex-diretor do BC Alexandre Schwartsman, não
há disposição de investir justamente pela falta de regras claras. A seu
ver, a atual equipe econômica não consegue fazer um diagnóstico claro e
tenta resolver o complexo problema da competitividade com pílulas de
incentivos. O economista traça um cenário dramático para os próximos
anos: pouco crescimento e inflação alta. Para ele, o maior pecado
petista no campo econômico foi não ter feito reformas como a tributária e
a trabalhista. — A gente surfou na onda do crescimento mundial e,
quando começamos a crescer, nos esquecemos das reformas — constata
Schwartsman. — E produtividade não é uma coisa que se resolve de um ano
para o outro. — É uma década perdida, já usando um chavão. Até
regredimos. As agências reguladoras se tornaram feudos de partidos
políticos — completa Loyola.
O economista Carlos Lessa,
ex-presidente do BNDES no governo Lula demitido do cargo em 2004,
concorda que reformas poderiam ser feitas e que as perspectivas poderiam
ser melhores daqui para frente. Segundo ele, o modelo de crescimento
brasileiro baseado no consumo se esgotou, porque as famílias se
superendividaram para financiar bens, como automóveis, e isso não veio
acompanhado de melhorias na infraestrutura. Ao mesmo tempo, admite que
esse consumo pujante está dentro da principal mudança vista com o PT no
poder: a distribuição de renda. Com a política de valorização do salário
mínimo e com o Bolsa Família, 28 milhões de brasileiros saíram da
pobreza absoluta, e 36 milhões entraram na classe média. — Essa foi, disparada, a melhor política.
Nestes dez anos, no cenário econômico
internacional, o Brasil ganhou notoriedade. O sistema bancário nacional
passou a ser invejado pela solidez. O país mostrou habilidade de dar
respostas rápidas quando a grande crise internacional estourou em 2008.
Construiu uma barreira contra a crise com a acumulação de reservas.
Pagou as dívidas com o Fundo Monetário Internacional e atraiu
investimentos recordes.
Mesmo com todo esse respeito conquistado e
com números que atestam a evolução econômica, o Ministro da Fazenda,
Guido Mantega, está sob uma saraivada de críticas. Sua demissão foi
pedida até pela imprensa internacional. As previsões dos economistas
para a economia brasileira caem na mesma velocidade da queda da
credibilidade do ministro. (Fonte: O Globo)
10 comentários
Desde 2002 alerto para esta linha economica petralha. Quebram o pais pelo poder.
Replyso agora?
Replyja deveriam olhar desconfiados faz tempos, desde quando surgiu aquela balela de que 32 milhões de pessoas foram tiradas da pobreza...
os números do petismo são altamente estranhos...
essas pessoas vivem num eterno limbo, penduradas no dinheiro do governo...
isso nao eh progresso...
tire-se a grana das bolsas e imediatamente todas voltam para a pobreza, curto e grosso...
Agora começaram as manobras para tentar manter as aparências, a conta vira em breve.
ReplyAí já terão saído do governo e colocarão a culpa nos outros, como sempre fizeram na vida.
Coronel, estuprar números, sempre para favorecê-los, é a grande caracteristica das ratazanas petistas.
ReplyBasta ver os números mais mentirosos do planeta que dão um índice de popularidade e aprovação, criminosamente falsos, dados tanto para o Beberrão de Rosemary quanto para Madame Satã.
Nosso pibinho na verdade foi apenas de 0,6%. O mundo inteiro sabe disso!
Haaaa! .... Pelo amor de Deus!!! Não dá mais pra segurar, explode coração!
ReplyEssa merda de PT FUDEU O BRASIL !
Será que além dessa corja não existe ninguem mais, nenhuma pessoa de bem, honesto em algum cargo público com poder para tirar esses bandidos do poder?
Coronel,
Replyo Mundo só olhou o Brasil com olhos empresariais na época do FHC. Antes não tínhamos o conhecimento instantâneo nem os controles e acompanhamentos que são obrigatórios em qualquer governo democrático e que queiram participar do livre comércio. FHC entregou e ajudou a eleger esses bandidos que aí estão. O Mercado não. Com o apoio dos empresários calhordas que não fazem parte do Mercado, que vivem sempre às custas do governo, querem aparentar que o Mercado está fazendo parte desta maracutaia. Sem critérios definidos e claros, não teremos investimentos sérios.Sim, teremos investimentos do BNDS para picaretas e bandidos dividindo o dinheiro liberado. O resultado dos investimentos durante esses 10 anos estão a vista. PIB medíocre, inflação batendo na porta e credibilidade zero. Não estamos pior face o sistema ser muito maior que a incompetência e desonestidade dessa corja.
Quem gosta de maquiagem são :
ReplyMULHER, ARTISTAS E PALHAÇOS.
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Maquiar a economia deixa "esqueletos" debaixo do tapete e aparecem como uma recessão ou alta do custo de vida, se tentar apagar FOGO COM GASOLINA temos a hiperinflação cada vez mais alta ou até acompanhada de grave depressão econômica , sem solução possível pois combater a inflação derruba o PIB em dois anos em 90% mantendo a inflação alta. Quando a economia fica MANTEGADA DEMAIS, é o fim da moeda nacional por alguns anos, até que estabilize o PIB e otimismo com a EURIZAÇÃO ou dolarização da moeda com "um real valendo um euro e totalmente conversível, circulando o real ( vale-euro ) ao lado dos reais não conversíveis com cotação de R$5,00 a C-R$ (real conversível) seria como a moeda cubana, CUC com o peso cubano convivendo.
Quando a constituição fosse mudada para impedir, pena de impeachment do presidente e congresso pela tentativa de esconder índices econômicos, corromper dados e tentar maquiar o orçamento, SERIAM CLÁUSULAS PÉTREAS e teto da dívida interna desconfortavelmente próximo do endividamento atual, isto iria impedir manobras para governar sem congresso, ultrapassar o limite de dívida sem o aval dos 81 senadores seria motivo para a demissão de ministro da fazenda e BC ipso facto e se o governante for culpado, RUA.
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ISTO RESOLVE PARA SEMPRE PROBLEMA DE INFLAÇÃO.
Maquiado não, Brasil BORRADO, RABISCADO, MANCHADO, CAGA %$##@@&^DO pelo PT.
ReplyForjam pesquisas, dossiês, índice de aprovação, percentual da execução de obras, lançam obras imaginárias, pedra inaugural que nunca mais saem disso, enganam os pobres com promessas que são apenas mentiras, inauguram esqueletos de prédios, ... agora até a economia é uma falceta na mão desse governo de merda.
ReplyO pior é que há 12 anos vemos essa tapeação e essa cambada nunca foi punida. O que acontece no ANTRO da justiça brasileira que não condegue fazer valer a lei?
O PT é o partido da enganação, incompetência, corrupção e de ladrões por profissão.
Os socialistas, como sempre, estão acabando com a economia deste país. Prisão pra estes vagabundos travestidos de parlamentares, já!!!
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