O presidente do Supremo Tribunal Federal e relator do mensalão,
Joaquim Barbosa, defendeu ontem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva seja investigado pelo Ministério Público. Barbosa confirmou que
teve acesso às 13 páginas do depoimento prestado por Marcos Valério em
setembro à Procuradoria-Geral da República.
No depoimento, Valério
acusou Lula de receber recursos do esquema para pagar despesas pessoais
e de ter dado o "ok" para a tomada de empréstimos bancários
fraudulentos que constituíram a fachada financeira que bancou o mensalão. Barbosa afirmou que
conhecia o depoimento. "Tomei conhecimento oficioso, não oficial",
disse. O ministro preferiu não fazer juízo de valor sobre a gravidade
das denúncias feitas por Valério, mas disse que o Ministério Público
deve abrir uma investigação sobre os fatos. Ao ser perguntado se o
ex-presidente deveria ser investigado, afirmou: "Creio que sim".
Dias
depois de Valério prestar o novo depoimento, a íntegra foi remetida
para o Supremo. Mas Barbosa, relator do processo, devolveu o depoimento
para o Ministério Público. De acordo com integrantes da Corte, Barbosa e
o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, não quiseram misturar
as novas declarações com o julgamento da ação penal do mensalão. Por
isso, o depoimento não foi anexado ao processo.
Os ministros
Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello também defenderam uma nova
investigação sobre as declarações do empresário. "Isso aí, se
procedente, é muito grave", disse Marco Aurélio sobre a afirmação de
Valério de que dinheiro do mensalão pagou despesas pessoais de Lula.
Ambos
disseram que eventuais suspeitas contra o ex-presidente não podem ser
incluídas no processo que está em fase final de julgamento pelo STF. Mas
as investigações poderiam tramitar perante a Justiça Federal em um
inquérito autônomo ou ainda poderiam ser incluídas em outros
procedimentos já em andamento no Judiciário. "Sabemos que o que está
aqui (no STF) é um porcentual muito pouco significativo do que se fez",
afirmou Mendes. Para o ministro, um eventual inquérito para apurar
suspeitas contra Lula não tramitará no STF. "Ele não detém prerrogativa
de foro", disse.
Segundo os ministros, o depoimento de Valério não
afeta o processo em julgamento no Supremo, mas pode influenciar os
procedimentos abertos na Justiça Federal, como o que apura suspeitas de
irregularidades em empréstimos concedidos pelo BMG.
Para os
ministros, o fato de Valério ter dado a declaração lançando suspeitas
sobre Lula não garante ao empresário o benefício da delação premiada no
caso do mensalão. "Se tivesse feito isso lá no início, quando o
inquérito estava tramitando, aí ele poderia ser tido como delator",
disse Marco Aurélio. Considerado o operador do esquema, Valério foi
condenado a mais de 40 anos de prisão. (Estadão)
2 comentários
SE A JUSTIÇA BRASILEIRA TIVER 1/3 DE ÉTICA E MORAL, QUE TEM A JUSTIÇA PERUANA, JÁ TERIA COLOCADO O VAGABUNDO SINDICALISTA E LADRÃO NA CADEIA , TAL QUAL FEZ OS PERUANOS, COLOCARAM O FUJIMORI NA CADEIA, POR QUE LULLA NÃO, É UMA LADRÃO TAMBÉM , CADEIA PARA LULA, JÁ, CADEIA PARA LULA JÁ.
ReplyENQUANTO ISTO O SAFO DO HADDAD NÃO TEM COMO EXPLICAR AS SUAS DOAÇÕES, É TUDO CAIXA DOIS, CAIXA TRES ,DOLEIROS, PARAÍSOS FISCAIS ,ROSEMARI E LULLA VAIJAVAM PARA ESQUENTAR O DINHEIRO PEGO NA CASA DA MOEDA , AS VIAGENS DO LULLA SÃO PARA ESQUENTAR A BUFUNFA, NUNCA SE ROUBOU TANTONESTE PAIS, SOMENTE OS CEGOS DA JUSTIÇA ,COM DOIS OLHOS NÃO QUEREM ENXERGAR, TAMBÉM JÁ ESTÃO COMPRADOS PELO PT.
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