Para mexer na mesa da Rose do Lula, PF teve que ser acompanhada de oficial de alta patente do GSI. Isso que é prestígio.

Ministro da Justiça publica sua versão antes do depoimento na Câmara, para que todos saibam o que devem perguntar e para que ele não esqueça o que deve responder. A matéria abaixo é da Folha de São Paulo.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se dirigia ao aeroporto de Brasília no início da noite de 22 de novembro quando o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, telefonou. "Ministro, é melhor o senhor não viajar", disse o delegado. Em poucos minutos, o titular da pasta deu meia volta e seguiu para o Palácio do Planalto. Objetivo: informar à presidente Dilma Rousseff sobre uma grande operação policial em órgãos federais dentro e fora de Brasília. O relato foi feito pelo ministro e por membros da PF à Folha. É a primeira vez que Cardozo trata do tema em uma entrevista. 

Já no gabinete presidencial, o ministro decidiu seguir viagem ao Ceará para um encontro jurídico. Porém, combinou com a chefe de retornar ainda de madrugada. "Naquela noite, eu não dormi", contou. Por volta das 5h30 da manhã, Daiello chegou ao apartamento do ministro. Ao apresentar os detalhes da operação Porto Seguro, contou sobre um "elemento complicador": a existência de um mandado de busca e apreensão no escritório regional da Presidência da República em São Paulo. "O mandado era muito bem feito, específico para a mesa de Rosemary Noronha", relatou o ministro. 

Àquela altura, Cardozo já havia avisado o chefe de gabinete de Dilma, Giles Azevedo, sobre o "elemento complicador". Cerca de três horas depois, explicava a operação pessoalmente à presidente. Cardozo negou que a decisão de não pedir a quebra de sigilo telefônico de Rose, com quem o ex-presidente Lula tinha um relacionamento íntimo, tenha sido tomada pela PF para proteger o petista. "Tecnicamente o delegado entendeu que não tinha sentido pedir aquela interceptação. Ela não participa dos pareceres", argumentou, referindo-se ao esquema de encomenda de pareceres em órgãos do governo. 

O ministro afirmou ainda que a forma como soube da operação seguiu o padrão da PF e rebateu as críticas de que ficou "vendido" no caso, ou de que Dilma chegou a cogitar sua demissão por escassez de informações. "Não é verdade que eu estava tomando água de coco na praia nem que a presidente queria me exonerar, disse ele, acrescentando: "Na operação Monte Carlo [que prendeu Carlos Cachoeira], diziam que eu instrumentalizava a polícia contra a oposição. Ou eu tenho poder sobre a PF ou não tenho poder nenhum. Decidam." 

Cardozo vai falar sobre o caso hoje na Câmara. "Jamais tentaria ter controle político da PF. Isso é contra o Estado de Direito", diz o ministro, segundo quem "não faz sentido fazer triagem política de operações policiais". De acordo com ele, partiu do delegado Ricardo Hiroshi, responsável pela investigação, o pedido para que um agente do Gabinete de Segurança Institucional acompanhasse a operação. Isso fez com que a apreensão de computador e documentos no gabinete presidencial atrasasse, diz o ministro. Motivo: era preciso encontrar um oficial de alta patente para acompanhar a varredura.

11 comentários

Puxa !
Esbanjou photoshop ...
Que linda versão.
Deve ter saído da cabeça do seu antecessor preferido, aquele demônio .

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Esse Cardoso é outro safado, e não tem vergonha de demonstrar essa qualidade petista. É também incompetente como professor. É vergonhoso!

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A historinha é tão perfeitinha, tipo roteiro do 007, que exala mentira de longe.

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Sr Coronel:


A PF tinha 25 MILH]OES DE RAZÕES


Saudações

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Cardozo negou que a decisão de não pedir a quebra de sigilo telefônico de Rose, com quem o ex-presidente Lula tinha um relacionamento íntimo, tenha sido tomada pela PF para proteger o petista. "Tecnicamente o delegado entendeu que não tinha sentido pedir aquela interceptação. "

e tecnicamente o senhor deve achar que somos todos idiotas, né dotô Cardozo?

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Dá a impressão de uma atitude de respeito à Câmara e ao povo, mas é exatamente o avesso disso. A presença deste senhor lá na Câmara deve ser parte da operação abafa. O que será que ele tem a dizer sobre o assunto, além de nada????

Seria muito bom que a Presidenta desse sequência a operação faxina e o dispensasse. É um inepto!


Chris/SP


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Borras esse zé deve ter imaginado que a madame rose lhe telefonaria as 7hs, por isso não atendeu seu telefone, alias nem o da agovernANTA.
Duvido que não tenha telefonemas do bebum da rosimery com a mesma, que só vai ser colocado na mesa lá na frente e olhe lá!
A governANTA não vai trocar o porquinho porque é trocar um porquinho por um gambá e nessas alturas não dá para mexer muito, porque quanto mais mexe mais fede.
Primeiro veio o tenebroso coveiro (gc) com aquele papo de que as revelações não afetariam e não colariam no bebum de rosemery, agora com tempo para orquestrar uma saída fica mais fácil engendrar uma desculpa mesmo que seja esfarrapa.

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E a oposição? Calada...

Tree

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Imaginem só. A secretária de um ex-presidente toma conhecimento de que a Polícia Federal fará uma buscam em seus arquivos. Normalmente, não tendo nada a recear, decorreria tudo com a maior naturalidade. Entretanto, o acontecimento provocou uma correria nas hostes petralhas, provocando casos de insônia, plenamente justificados pelas descobertas feitas até agora. Eta turminha brava.

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A oposição representada por Álvaro Dias não se calou, não. Álvaro Dias foi para a tribuna e convocou os homens(políticos) de bem para uma CPI da Rose.Precisam de 27 assinaturas.

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Como uma PF pode fazer uma investigação tão profunda e importante sobre outra quadrilha petralha, SEM PEDIR QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO E PRINCIPALMENTE TELEFÔNICO dos investigados?
Aí tem o dedinho da Mulla e seus tentáculos.
Imoral!

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