A subserviência do Coaf.

É muito estranho que o Coaf, numa atitude subserviente, vá fazer reuniões e dar explicações a suspeitos de operações fraudulentas. Basta olhar o regimento do órgão para ver que ele não se reporta a desembargadores. A não ser que esteja em andamento uma grande operação abafa.

O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Ivan Sartori, vai receber a visita de representantes do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) na terça-feira para conversar sobre as movimentações financeiras atípicas operadas por juízes e servidores do tribunal entre 2000 e 2010. Segundo relatório do órgão, neste período, integrantes de todo o Judiciário movimentaram R$ 855,7 milhões de forma suspeitas. A maior parte das operações foram feitas por membros do TJ-SP, e no Rio de Janeiro, o TRT vai pedir ao CNJ nome de quem gastou R$ 282 milhões

O relatório serviu de base para uma investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) - que foi interrompida por uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF). - Já pedi para que o Coaf fosse lá no tribunal. Teremos uma conversa amanhã (terça-feira). Quero que fique tudo muito claro, para que saibamos o que está acontecendo. Eu acho que, por ora, nós não temos nada contra o Tribunal de Justiça de São Paulo - disse Sartori.

Nesta segunda-feira, Sartori foi recebido pela corregedora do CNJ, ministra Eliana Calmon. Segundo o desembargador, a visita foi marcada para que ele pudesse entregar o convite de sua posse em mãos. No entanto, ele aproveitou a oportunidade para falar sobre o tema polêmico. A conversa teve duas horas e meia de duração. - Ela foi bastante transparente e nós também. Não há o que esconder de ambos os lados - analisou. Segundo o desembargador, não há suspeita alguma contra o tribunal paulista. Ele também acredita que não houve quebra de sigilo ilegal, como acusam entidades representativas de juízes. - O relatório do Coaf não individualiza as pessoas. Portanto, ali não houve quebra de sigilo. Não sei se há outro documento - disse.

Sartori atribuiu a polêmica a uma falha de comunicação e à especulação da imprensa: - Não existe suspeita. O período é longo e o tribunal é grande. O que há entre o conselho e o Judiciário é falta de entendimento, agravado pela imprensa. É uma dissonância que a imprensa fomenta e a coisa se transforma em muito maior do que é. Para o presidente do tribunal, o CNJ deve ter o direito de investigar faltas cometidas por juízes apenas após a atuação da corregedoria local. No entanto, deve agir no caso de omissão. - Meu entendimento é pela subsidiariedade, porém, tem que haver colaboração. Se o tribunal não oferecer colaboração, aí sim o CNJ deve agir concorrentemente - opinou. (O Globo)

9 comentários

e não se expliquem só pra ver...

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Clara manobra para "ilhar" a Ministra Eliana Calmon.

Sem sombra de duvidas essa senhora recebeu ameacas veladas e estao todos procurando uma brecha, por menor que seja para desqualificar, difamar, esculhambar o trabalho dessa brilhante e HONESTA magistrada.

Os desembargadores pancudos e corruptos de maneira nenhuma vao largar o osso.

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a mão que embala o berço mod

O problema não é o TJ de SP, ou o PLANALTO mas são as moscas dentro dele.
O problema não são os ORGÃOS, mas o câncer que se apoderou deles.

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lulla vá tomar no SUS! mod

Não inventeram que no Brasil decisão de juiz não se discute...se cumpre...
(exceto se o meliante for do MST ou PTralha, aí pode cagar e andar).

Juiz não acha que é DEUS e desembargador tem certeza que É???
Essa racinha de pançudos sem vergonha não se acham acima das leis??? Inclusive têm dado declarações sobre esse "entendimento jurídico"?

Elles estão apenas "intimidando" a Senhora Ministra Eliana Calmon com claras ameaças feitas em "segredo de justiça"

E TEM MAIS!!!

Não há suspeita alguma contra Tribunal de SP... HÁ SIM, A MAIS ABSOLUTA CERTEZA DE QUE CORRE GRANA SOLTA NAQUELE ANTRO DE PANÇUDOS CORRUPTOS!!!!

... senão esta experiente senhora não teria "ABERTO FOGO" contra essa QUADRILHA DE BANDIDOS TOGADOS!

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Não aposto todas minhas fichas na senhora Eliana Calmon, pois ela é a favor da judicialização das leis brasileiras como forma de se fazer justiça.

A juíza corregedora disse isso no programa de entrevistas É Notícia, de Kennedy Alencar.

Nem digo que ela seja menos pior. Defendê-la com unhas e dentes é no mínimo temeroso.

Como alguém democrata pode defender a judicialização? É um equívoco, uma dicotomia, pois quem elege os juízes-reizinhos?

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Ao anônimo das 11:35

Vc acredita no que diz Kennedy Alencar?

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Mas voltando ao assunto....deram uma prensa "entre 4 paredes" na Ministra Calmon ?

Ela vai ceder r ?

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Com licença Coronel,
Quá, quá, quá!!!
Ou Coáf, Coáf, Coáf!!!!
O COAF afinou e está pedindo penico pros desembargadores corruptos. Só lhes resta agora perseguir barnabés do Executivo, que vendem suas casinhas e investem alguns milhares de reais em fundos de investimento. Os que investem milhões podem dormir sossegados e ficar em casa contando seus lucros, com a benção do falecido Coaf.
Tá tudo dominado, mano!!
PRÁ FRENTE BRAZIL, ZIL, ZIL!!!!
RUMO AO PODER TOTAL DA QUADRILHA!!!
E nóis sifu, de novo.

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Coronel, coronel...
Você acredita então na isenção e na imparcialidade da COAF? Acredita então na cegonha, no coelhinho da Páscoa, no boitatá... Essa informação vale ouro político!!!
Aqui, no Brasil? Acredita tambem na privacidade de nossas informações à Receita?

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"Senta que o Leão é manso !!!"

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