Prévias tucanas: o que os postulantes a prefeito pensam sobre aliança com PSD.

O Estadão entrevistou os quatro candidatos tucanos a serem candidatos à prefeitura de São Paulo. Segue uma síntese do que eles pensam sobre uma aliança com o PSD, do atual prefeito Gilberto Kassab:
..................................................................................
Andrea Matarazzo, secretário estadual de Cultura:

Mas o sr. não acha que seria melhor esperar uma definição no quadro de alianças?
Independentemente do resultado (das prévias), o partido sempre vai estar aberto a discutir as coligações até o momento da convenção. Defendo uma aliança ampla. Esta é uma decisão partidária, é preciso ver qual o interesse do partido. Neste momento, está se discutindo a questão das prévias.
O governador demonstrou internamente que pretende fazer uma aliança com o PSD.
Então seguirei a linha dele.
Inclusive negociando a cabeça de chapa?
Estamos discutindo nesse momento as prévias para definir o candidato do PSDB. Depois disso é outra conversa. A aliança depende do partido. Estou colocando minha candidatura porque acho que tenho ideias que precisam ser priorizadas e colocadas na pauta. A melhor forma de fazer isso é sendo candidato a prefeito. Estou discutindo com o partido. Não cabem posições individuais quando se está em um processo de prévias. É importante uma aliança ampla e boa para você ganhar a eleição e para poder administrar a cidade sem muito conflito.
Sem o PSD, do prefeito atual, é possível para o PSDB chegar ao 2º turno?
O PSDB irá para o 2.º turno pelo perfil do eleitor paulistano e pelo conhecimento que tem das gestões, além da popularidade do governador. Modéstia à parte, como acho que vou ganhar a prévia, acho que o candidato do PSDB será mais identificado com a cidade.
Mas em 2008, quando Kassab e PSDB foram separados para a eleição, o tucano ficou em 3º.
A situação em 2008 foi um pouco atípica. O candidato do PSDB ficou em 3.º, mas a gestão do PSDB ganhou a eleição.
Como avalia a gestão Kassab?
Está fazendo bastante coisa. Mas dá para fazer muito mais.
................................................................................
Bruno Covas, secretário estadual do Meio-Ambiente:

O PSDB será obrigado a se aliar ao PSD na eleição do ano que vem? A reeleição do governador, em 2014, pode estar em jogo?
Faz parte do sistema eleitoral brasileiro a existência de coligações. Elas são necessárias para ampliar o campo político de uma candidatura. É natural que possamos conversar com outros partidos sobre essa possibilidade, mas isso não significa obrigatoriedade em relação a este ou aquele partido.
Se houver aliança, a cabeça de chapa estará na negociação? Ou o PSDB deve ter candidato próprio?
O PSDB tem bons nomes, credibilidade e força em São Paulo para ter candidato próprio.
Como o sr. avalia a gestão Kassab? Se for nomeado candidato, estaria disposto a defendê-la, em eventual aliança com o PSD?
Há pontos positivos como a Lei Cidade Limpa e o programa Mãe Paulistana, mas o prefeito poderia ter se dedicado menos às questões partidárias.
...............................................................................
José Aníbal, secretário estadual de Energia:

O sr. acha que o PSDB será obrigado a se aliar ao PSD?
Não vamos restringir ao PSD. O PSDB tem que fazer uma política de alianças ampla na capital. O PT já declarou que seu alvo é derrotar o PSDB e está construindo suas alianças para isso. Nós vamos construir as nossas. O DEM, do qual o PSD se originou, tem participação no governo Alckmin.
Mas o DEM já sugeriu que não quer estar na mesma aliança do PSD e anunciou apoio ao Gabriel Chalita (PMDB)...
Nós temos um histórico em relação ao DEM. Queremos estar com o DEM nas eleições municipais. Em relação ao PSD, se for possível convergirmos para uma aliança, vamos trabalhar nessa direção.
A negociação por alianças deve envolver a cabeça de chapa?
Seria absolutamente impróprio admitir negociação sobre cabeça de chapa, quando ainda nem definimos candidato.
.................................................................................
Rucardo Trípoli, deputado federal do PSDB

O PSDB vai ser obrigado a se render à aliança com o PSD?
Acho que não. O PSDB é um partido consolidado há muitos anos. As alianças se dão não em função de nomes, mas de um programa. O partido pode trabalhar um programa, discutir alianças. Não pode vincular a escolha do candidato à aliança com esse ou aquele partido.
Mas a cabeça de chapa não é parte de qualquer negociação?
O PSDB elegeu duas vezes o presidente da República, cinco vezes o governador de São Paulo e uma vez o prefeito. Não pode ser vice de um partido que nasceu há pouco tempo. Não vejo problema em coligação, mas não tem como o PSDB não ser cabeça de chapa.
Mas a eleição de 2012 não pode ter impacto na candidatura à reeleição do governador Geraldo Alckmin, em 2014, como sugeriu Kassab em entrevista ao Estado?
Ajuda, mas não é fator determinante para escolher candidaturas agora, imaginando que isso teria impacto numa eleição (futura). A eleição de prefeito diz respeito à cidade. Depois, são outras articulações.
A eleição de 2012 deverá ter PT, PSDB, PMDB e PSD. Um 2º turno se resumirá a um petista e um defensor de Kassab?
A tendência é uma disputa entre o PSDB e o PT.
Mas não foi assim em 2008.
Em 2008 houve uma questão interna no PSDB que complicou a situação. Mas ele governa os oito maiores Estados e o PT controla o governo federal. É difícil não haver polarização entre os dois.
Mas Kassab já sinalizou que, se não se aliar ao PSDB no 1.o turno, não haverá acordo no 2.o...
As alianças vão se dar a partir do momento em que houver convenções. No segundo turno, é outra eleição.
Como avalia a gestão Kassab?
Acho que temos muitas secretarias e pouca infraestrutura nas subprefeituras. A subprefeitura tem que ser o centro de discussão dos problemas locais. As pessoas não aguentam mais ir às subprefeituras e serem remetidas para as secretarias.
No caso de uma aliança com o PSD, o sr. estaria disposto, se ganhar as prévias e for o candidato tucano, a defender a gestão atual durante a campanha?
Prefiro fazer uma campanha voltada para o futuro e acho que é preciso levar em consideração todas as gestões anteriores. Elas devem ter coisas boas que se possa aproveitar.

4 comentários

EH uma fria se aliar com o PSD, ele não tera tempo de tv.

Reply

Cel

Com este pensamento o PSDB PERDEU! Perdeu e vai continuar PERDENDO!

Lembrando:
1- Perdeu em 2002;
2- Perdeu em 2006;
3- Perdeu em 2010;
4- Já perdeu 2014.

Estão colhendo o que plantaram!

Átila,

Reply

Cel
Só voto no PSDB se o candidato for Andrea Matarazzo. Se não for, voto no PSD se o candidato for o Affif. Se for Meirelles não voto por causa de sua ligação c/ Lula. Seria, para mim, o mesmo que votar no PT.
Agora, se nenhuma dessas hipóteses acontecer serei obrigada a anular meu voto.
Esther

Reply

Melhor é não ir votar e nem fazer a justificação de ausência, multa nem pensar. Se votar é um direito e a vida o principal direito, então por analogia viver seria obrigatório para todos e justificar porque morreu ou seria a família processada por descumprir um direito do cidadão e sujeira a prisão ou multa.
VOTO TEM QUE SER FACULTATIVO E QUEM NÃO GOSTA DOS CANDIDATOS QUE NEM APAREÇA NA SEÇÃO ELEITORAL PARA IR JUSTIFICAR A AUSÊNCIA ELEITORAL.

Reply