O (mau) exemplo que vem da Europa.

"Nos dias  atuais, o cenário que se desenrola diante de nossos olhos é o mais dramático possível. Os países europeus, começando pela periferia da região, mas caminhando seguramente para o seu centro, estão paralisados por imensos deficit públicos, elevados níveis de endividamento, altas taxas de desemprego e baixo crescimento econômico.

Mas muito pior do que o quadro são as perspectivas. O grau de extração de impostos dos Estados europeus, em torno de 50% do PIB, em média, está certamente em seu limite. A competitividade das economias padece de custos sociais muito elevados. E as sociedades europeias não estão cultural e politicamente preparadas para uma reforma radical de suas vidas. É muito difícil enxergar através dessa cortina de incertezas e de impasses.

As lições desse drama, para nós brasileiros, deveriam ser muito claras para todos. A criação irrefletida de direitos cada vez mais onerosos, a serem debitados ao Estado, pode até proporcionar uma breve euforia. Mas o desfecho é inevitável -cedo ou tarde, a conta cairá sobre todos, em forma de crise fiscal, baixo crescimento e toda sorte de amargos remédios.

Só um Estado equilibrado e saudável economicamente pode garantir a segurança de todos os seus cidadãos. O equilíbrio fiscal não é um mandamento neoliberal, mas a única e verdadeira garantia do Estado de Bem-Estar Social."

Leia aqui, na íntegra, o artigo de *KÁTIA ABREU, 49, senadora (TO) e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), escreve aos sábados, a cada 14 dias,na Folha de São Paulo. 

17 comentários

Como se o império liberal dos EUA estivesse muito melhor!
A crise na metrópole não é só nas social-democracias europeias, mas também no representante máximo do liberalismo no mundo.
O que aconteceu é que os estados nacionais ansorveram as dívidas dos bancos privados, dívidas que eles simplesmente não eram capazes de suportar.

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Perfeita, limpa e clara!!!!

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Kátia Abreu, linda!

Um dia, essa gentlewoman ainda vai ser presidente do Brasil.

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"O equilíbrio fiscal não é um mandamento neoliberal, mas a única e verdadeira garantia do Estado de Bem-Estar Social". A senadora é social-democrata, só pode.

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Simon saúda movimentos espontâneos da sociedade contra corrupção

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) saudou em discurso no Plenário, nesta sexta-feira (2), os movimentos espontâneos da sociedade brasileira contra a corrupção. Ele registrou manifestações que estão sendo programadas para a próxima quarta-feira (7), Dia da Independência, em várias capitais.

Simon destacou o impacto das redes sociais nesses movimentos e comparou a realidade de hoje com o que aconteceu em 1964, quando, segundo ele, os militares usaram as emissoras de rádio e de televisão, os grandes jornais e a Igreja para demolir a democracia.

http://is.gd/P8ePj9

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Documento do PT propõe extinção do Senado

O texto-base da resolução política que o PT aprovará na etapa extraordinária do 4º Congresso Nacional do partido, que acontece entre sexta-feira e domingo em Brasília, defende a extinção do Senado Federal e a adoção do sistema unicameral no âmbito da reforma política. Além disso, o documento preliminar sugere 13 leis de iniciativa popular em temas polêmicos como reforma agrária e controle da mídia.

“A única legitimidade, no limite, defensável da existência do Senado brasileiro é a sua participação em decisões de caráter nitidamente federativo, função que poderia ser alternativamente cumprida por uma exigência de critérios especiais para aprovação de leis de nítido caráter federativo em um sistema unicameral”, diz o texto, ainda sujeito a revisões e acréscimos.

http://is.gd/Jusxxs

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Parabens Katia,
a politica mais sensata dos ultimos tempos.

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O problema é o Estado e no nosso, os indivíduos deixaram de ser os protagonistas para se tornarem as vítimas.
Se não fosse o PT, poderíamos agora estar na frente da China em desenvolvimento econômico com as poucas reformas que foram introduzidas antes deles restabelecerem a bagunça nas contas públicas.
Criou-se em oito anos do governo do Apedeuta contas para mais de cinco gerações vindouras.

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"A criação irrefletida de direitos cada vez mais onerosos, a serem debitados ao Estado..."

finalmente um politico com coragem suficiente para falar a maior de todas as verdades...

a verdade que esta no cerne de toda a questão...

a verdade que realmente quebrara o pais dentro de alguns anos...

essa farra de direitos de todo tipo, principalmente os que envolvem distribuição de grana -, obviamente quebra qualquer pais ou qualquer empresa...

os impostos altíssimos cobrados na Europa são, em grande parte, para sustentar a tao propalada "igualdade social" que a muitos causa inveja...

mas essa "igualdade social" tem um preço, e quem paga eh quem produz...

a Inglaterra eh um caso clássico e agudo do problema, com verdadeiras hordas de desocupados que recebem de casa a bolsas de todo tipo para nada fazer, a não ser gerar mais filhos para receber mais benefícios...

os distúrbios de Londres foram só um aperitivo do que pode acontecer quando um governo tenta começar a conter essa farra....

uma vez dado o dinheiro em forma de bolsa na mão do cidadão, não se tira mais...

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É por isso que gosto de Katia Abreu: clareza e inteligencia.

O socialismo é, em si, o mais capitalista dos sistemas: ele só sobrevive com a riqueza - dos outros.

O socialismo divide, e qualquer um sabe que pela divisão tendemos para zero.

O capitalismo busca multiplicar, criar riqueza. Per si tem mais condições de sobreviver. Mas o capitalismo predador também gera problemas. Não é perfeito.

No sec. XXI impõe-se mudar um tema central do ser humano: quais são os meus deveres para com a sociedade, ao invés de quais são os meus direitos.

Quando os Estados assumiram que tem o direito de tributar os cidadãos, a economia e a riqueza a seu belprazer, os cidadãos se refugiaram no principio de que, assim sendo, então eu (nós) temos direitos.

E fica aquela coisa, ping-pong: o Estado tira e a sociedade quer mais direitos. No final é um nada, uma vez que os Estados são ineficientes para colocar serviços e garantir direitos aos cidadãos.

Uma discussão muito longa. Fica para outro dia.

Abr, BR

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Cel

Mau exemplo vem é da Justiça!

"Após quase meio século, ação mais antiga do STF deve enfim entrar em pauta"

O Globo 04Setembro2011

Levar mais de meio século para julgar uma ação, chego a conclusão que os ministros do STF não possuem notável saber jurídico.

Para os amigos as beneses das leis.
Para os inimigos os rigoress das leis.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/09/03/apos-quase-meio-seculo-acao-mais-antiga-do-stf-deve-enfim-entrar-em-pauta-925282667.asp#ixzz1Wyk1GJwm
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Átila

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Corone'. Este assunto ja deve ter sido discutido aqui no blog, mas vale a pena faze-lo novamente.
E' o caso da propaganda infundada do governo, especificamente a respeito do etanol. Nos ultimos dois anos o governo fez toda aquela propagando em torno da venda de carros novos.
Deu incentivo fiscal para que o povo comprasse o carro novo, como forma de driblar a crise e promover o desenvolvimento industrial.
Pura conversa para boi dormir. Propaganda em toda a sua essencia e definicao! O povao, agora de carro zero, pode dizer que nunca antes teve tamanha facilidade e prazer em tal aquisicao.
Pois bem, o que aconteceu neste ano? A crise do etanol. Devido a crescente demanda e a producao ineficiente do produto no pais, estamos tendo que importar etanol, acreditem, dos EUA! Naquele pais, o clima nao permite a producao de cana-de-acucar em escala comercial, entao os americanos, muito versateis, produzem etanol a partir do milho.
O milho por acaso, e' o que a agricultura de la' mais produz. E nao e' por acaso que, se repararmos em uma serie de alimentos indudtrializados que ingerimos hoje em dia, veremos que o milho e' o componente principal.
Mas de volta ao nosso governo. Populista ao extremo, se interessou no efeito imediato, que foi venda dos carros, sem levar em consideracao a producao de combustiveis para os mesmos. O resultado o povao agora sente no bolso, tendo que pagar uma verdadeira fortuna para usar seu carro novo.

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Cel,

A crise européia e, em certa medida a americana também, nada mais é do que a falência da social-democracia.
Por esta razão, o PSDB é uma canoa furada. E é melhor descermos desta embarcação antes do naufrágio.

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EIS AÍ UM EXEMPLO DE POVO QUE COBRA DE SEUS GOVERNANTES . E NÓS , VAMOS FAZER O QUE NO DIA 7 DE SETEMBRO ? E VEJAM QUE ESTE , LÁ EM SRAEL , A GLOBO DIVULGOU , MAS NÃO FALA UMA PALAVRA SOBRE O NOSSO PROTESTO EM 7 DE SETEMBRO O NO DIA 20 NO RJ...

LEIAM :
460 mil
Centenas de milhares vão às ruas de Israel por reformas econômicas
Publicada em 03/09/2011 às 19h28m
O Globo
Agências internacionais

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JERUSALÉM - Centenas de milhares de pessoas participaram na noite deste sábado do maior protesto da História de Israel. Segundo o "Jerusalem Post", cerca de 460 mil integraram a marcha, concentrada sobretudo em Tel Aviv, Jerusalém e Haifa, contra o aumento no custo de vida.

Em uma estimativa mais conservadora, a polícia afirmou que mais de 300 mil integraram os protestos

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A senadora parece, ao menos por esse artigo, estar retornando a coisas mais objetivas. Deveria, porém, ser mais enfática ao estabelecer os equívocos da política econômica do governo. Esta, está revelando-se ser um verdadeiro efeito bumerangue. Não é verdadeira a propaganda de que o Brasil estaria mais preparado para enfrentar os efeitos da crise internacional. Um forte componente da crise, é interno, representado pela derrubada dos marcos de austeridade fiscal. Assim, a crise tem componentes internos talvez até mais fortes que os externos.

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Como diz um amigo texano; LIXO EUROPEU, A CULPA DE TUDO ISSO É DO LIXO EUROPEU.


Barao de Itauna

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Cel,a regra, que mais do que contábil, é matemática, segundo a qual o custo deve sempre ser menor do que a receita é inescapável, não importa se pessoa física ou jurídica, de direito privado ou público. No mundo da pessoa física e da pessoa jurídica de direito privado a infringência dessa "lei natural" produz efeitos visíveis e quase imediatos, o que não ocorre com as pessoas jurídicas de direito público. O Estado, capaz de endividar-se indefinidamente e/ou fabricar papel moeda compromete irremediavelmente o seu futuro mas com pouca visibilidade para as sucessivas gerações que na maioria das vezes não percebem o que está ocorrendo. Como explicar o caso do Brasil, com tributação igual a 50% do PIB e ainda uma dívida pública gigantesca? Que uso teve esse dinheiro? Como se explica que o cidadão que luta para manter seu orçamento equilibrado, fique indiferente ao ver o Estado fazer o inverso em seu nome? Todos os países são deficitários, credores e devedores recíprocos e sempre devedores da sociedade. Como o drogado que vive entre a euforia e a depressão, esse modelo que subverte a matemática não se sustenta. Jayme Guedes

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